Recrutamento com games engaja e melhora a experiência do candidato

Utilizando elementos dos jogos, a gamificação no recrutamento possibilita analisar as habilidades do candidato de uma forma mais dinâmica.

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Publicado em:07/10/2020 às 15:00
Atualizado em:07/10/2020 às 15:00

Dos virtuais aos de tabuleiros, os jogos entretém e divertem pessoas de todas as idades. Mas você sabia que é possível utilizar a mecânica de um jogo em outros ambientes como forma de engajar, motivar e, até mesmo, passar uma informação de forma mais assertiva?

A gamificação consiste em utilizar as técnicas presentes em um jogo para enriquecer contextos diversos. Também chamada de ludificação, essa técnica é muito utilizada por professores para melhorar o aprendizado dos seus alunos, por exemplo.

Mas esse método não se limita ao contexto escolar. Dentro de um ambiente corporativo, a gamificação pode ser uma grande aliada dos recrutadores e vem ganhando cada vez mais espaço nos RHs.

O jogo pode ser inserido desde as etapas iniciais do processo de seleção até no treinamento e desenvolvimento do novo funcionário. Além de deixar o recrutamento mais dinâmico, é uma forma de deixar o candidato mais confortável em um momento que ele sabe que está sendo avaliado.

Com os games é possível avaliar estratégia, tomada de decisão, comunicação assertiva, trabalho em equipe e diversas outras soft skills (habilidades comportamentais). E um ponto interessante: a gamificação pode ser feita até em seleções à distância. 

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Por conta da pandemia, os processos seletivos de muitas empresas passaram a ser inteiramente online. Com isso, a Expansão - companhia especializada em criar experiências de aprendizagem - criou o Valentes Mobile.

O game possibilita que recrutadores consigam analisar seus candidatos à distância, adaptando as avaliações presenciais ao modelo digital e, dessa forma, conseguindo observar se os profissionais atendem às habilidades exigidas para a vaga. 

“A utilização de games corporativos nos processos seletivos digitais é uma forma mais assertiva de encontrar talentos e apresentar a cultura e os valores da empresa. Durante o jogo, mesmo o candidato sabendo que está sendo avaliado, ele precisará se envolver e tomar decisões que darão mais detalhes do seu perfil. ”, destaca Marcelo Eira, proprietário da Expansão e criador do Game.

O Valentes Mobile utiliza realidade virtual e exige apenas o uso de um smartphone ou tablet conectado à internet. Além da aplicação em processos seletivos, o jogo pode ser usado para integração e engajamento de times virtuais.

 

Gamificação nos processos seletivos
Gamificação torna processo seletivo mais dinâmico
(Foto: Freepik)

 

Para além da seleção, gamificação também pode engajar colaboradores

Segundo Péricles Paixão, analista de Inovação e Transformação Digital na ICTS Protiviti, os jogos se tornam prazerosos por estarem ligados às motivações, como desafios, fantasias e curiosidades. 

O analista explica que os games podem ser utilizados também para engajar os profissionais, de forma a "alcançar melhores resultados e performance". Ele aponta o modelo de gamificação proposto pelos autores Werbach e Hunter, que se apoia em três pilares:

#1. Dinâmica - engloba os elementos mais abstratos como narrativa, emoções, restrições, progresso e relacionamento;

#2. Mecânica - se refere à motivação, como desafios, aleatoriedades, emoções, competições, cooperações, feedbacks, recompensas e vitórias;

#3. Componente - materializa a dinâmica por meio de missões, conquistas, medalhas, pontuações, níveis e rankings.

Muitos aplicativos já se utilizam da gamificação, como é o caso do Duolingo. Com mais de 100 milhões de downloads, o app de ensino de idiomas premia os usuários por cada etapa concluída e ainda possui um ranking que gera motivação para chegar ao topo.

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Dentro de uma empresa, essas ferramentas também podem ser utilizadas. O analista conta que é possível aplicar métodos e técnicas da gamificação para promover inovação interna:

"Utilizando incentivos e missões, as empresas podem experimentar novas formas de evoluir seus negócios gerando um engajamento constante entre os profissionais das áreas responsáveis por inovação", explica Paixão. 

O analista de Inovação afirma que "sempre vale a pena pensar fora da caixa". Por fim, ele frisa que a gamificação, por si só, não vai resolver todos os problemas de uma empresa, porém, se bem aplicada, pode gerar melhores resultados.