Júnior, pleno e sênior: quais as diferenças entre as classificações?
Tempo de experiência e salários são levados em consideração
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Publicado em:14/05/2020 às 09:00
Atualizado em:31/07/2023 às 04:30
Júnior, pleno e sênior. Alguma vez você já se deparou com essas classificações em vagas de emprego e ficou com dúvidas? O primeiro passo é entender que esses termos têm relação com experiências e habilidades do profissional.
O salário também pode ser levado em consideração para essas nomenclaturas. Assim como explica Genis Fidelis, gerente da Michael Page e Page Personnel, players mundiais em recrutamento especializado.
Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, ele alerta que nem sempre as vagas de emprego são classificadas como júnior, pleno ou sênior. Um dos indicativos sobre o nível esperado para o profissional pode ser o salário oferecido.
“Para um candidato mais sênior, por exemplo, a empresa acaba aumentando o salário”, explica. Da mesma forma, Fidelis identifica que os valores mais baixos são pagos aos profissionais juniores.
Assim, a diferença entre os níveis esperados pelos recrutadores pode ser estabelecida em dois pilares:tempo de experiência e salário.
Vagas de emprego podem estar classificadas entre júnior, pleno
e sênior (Foto: Divulgação)
As empresas aplicam diferentes classificações conforme o tempo no mercado de trabalho que o candidato deve apresentar.
“Essas nomenclaturas variam de acordo com o tempo que profissional tem de experiência em cada área. E de como ele poderá progredir dentro da empresa”, revela Genis Fidelis.
O profissional júnior não requer muitos anos de experiência. Isso porque o cargo demanda menor complexidade de tarefas. Muitas vezes, os estagiários que apresentam bom desempenho acabam ocupando essa cadeira.
“O júnior exige certa experiência, não é um profissional cru. Depois da vaga de estágio é o primeiro nível. Eu vejo muito pouco espaço para analista júnior, porque hoje o estagiário acaba ocupando esse papel. Vejo mais vagas para analista pleno e analista sênior”, destaca o especialista.
Pleno e sênior exigem maior maturidade profissional
Depois do júnior, em tese, vem o profissional pleno. Ele apresenta uma maior complexidade de tarefas e pressupõe mais maturidade profissional. “No geral, não é o tempo de cadeira que determina, e, sim o nível de maturidade profissional”, pontua o gerente da Michael Page e Page Personnel.
Genis Fidelos (Foto: Arquivo pessoal)
Já o trabalhador sênior é aquele com muitos anos de experiência em seu currículo, com alta qualificação e maturidade. É o que está pronto para assumir cargos de liderança.
"Ele depois pode virar um coordenador, um gerente ou um diretor”, esclarece Ginis Fidelis.
Para subida de níveis profissionais, é possível realizar processos seletivos internos ou buscar funcionários com as competências esperadas no amplo mercado de trabalho. Tanto o júnior como o pleno, por exemplo, têm chances de subida.
“Ambos têm o mesmo espaço. Vamos fazer uma analogia com a escola. Não quer dizer que um profissional do primeiro ano do ensino médio tenha mais oportunidades que um do terceiro ano. Na verdade, ambos têm oportunidades, só tem níveis diferentes de escolaridade”, especificou.
Os salários pagos ao profissional júnior, pleno ou sênior variam conforme o porte da empresa. E o valor oferecido pode determinar o nível de qualificação esperado para a vaga.
“A depender da empresa, os salários são completamente diferentes. Não existe regra para isso”, alerta Genis Fidelis.
De acordo com a trajetória na empresa e o desempenho apresentado, os funcionários podem subir de nível.
“Um estagiário geralmente é promovido a analista júnior. Depois de um tempo, ele passa a analista pleno até ficar pronto para sair da cadeira de analista e virar um coordenador”, explica.
► Júnior: posto com menor complexidade de tarefas e que exige menor experiência profissional. Geralmente, não apresenta autonomia para tomadas de decisão;
► Pleno: nível que exige maior maturidade profissional até mesmo para tomada de decisão. Tem maior complexidade de tarefas;
► Sênior: cargo que pressupõe capacidade para assumir funções de liderança. Tem ampla complexidade de tarefas e requer muitos anos de experiência profissional.
Mercado requer profissionais cada vez mais qualificados
O gerente da Michael Page e Page Personnel, Genis Fidelis, também aponta que o mercado de trabalho exige profissionais cada vez mais qualificados. O que não indica apenas especializações acadêmicas. Mas, principalmente experiências.
Para isso, o especialista recomenda a busca por vagas que tenham a ver com os gostos pessoais.
“Quanto mais você se identifica com o negócio, mais realizações você tem, melhor você se torna naquela empresa e mais atrativo você fica para outras. Sei que para um profissional júnior é difícil ter essa visão. Porém, quanto mais você se sentir ligado com o projeto da empresa, melhor para sua carreira”, conclui.