Mais 2,8 milhões de brasileiros recebem auxílio emergencial nesta quarta, 27

Caixa concluiu pagamentos da 2ª parcela para quem não recebe Bolsa Família

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Publicado em:27/05/2020 às 04:25
Atualizado em:27/05/2020 às 04:25

Nesta quarta-feira, 27, a Caixa Econômica Federal efetua o pagamento do auxílio emergencial a 2,8 milhões de brasileiros. Será feito o crédito da primeiro parcela para os novos aprovados e da segunda parcela para beneficiários do Bolsa Família.

No novo lote da primeira parcela, recebem 700 mil trabalhadores nascidos em outubro. Já na segunda parcela, estão 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família, cujo NIS (Número de Identificação Social) termina em 8.

Na última terça-feira, 26, a Caixa concluiu os pagamentos da segunda parcela os trabalhadores que receberam a primeira parcela no mês passado e que não fazem parte do programa Bolsa Família.

Cadastros nos Correios iniciam em junho

As agências dos Correios passarão a realizar o cadastro para o auxílio emergencial a partir de junho. O início do cadastramento estava previsto para esta segunda-feira, 25, no entanto, as agências estão, neste momento, em processo de adaptação dos sistemas para a realização do serviço.

"A data de início do atendimento, as formas de acesso da população e demais procedimentos serão amplamente divulgados pelos canais oficiais da empresa", informa a estatal. 

Até o último sábado, 23, a Caixa Econômica Federal já havia creditado R$60 bilhões de auxílio emergencial, somadas a primeira e a segunda parcelas. O benefício já alcançou 55,1 milhões de brasileiros. A segunda parcela já foi paga a 30,4 milhões de informais. 

 

Auxílio Emergencial
2,8 milhões de pessoas recebem o auxílio nesta quarta, 27
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

 

Auxílio emergencial: Bolsonaro e Onyx preveem prorrogação

Tanto o presidente da República, Jair Bolsonaro, quanto o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmaram nos últimos dias que o auxílio emergencial pode ser prorrogado. No entanto, o valor deverá ser abaixo de R$600 (valor atual).

Na última sexta-feira, 22, Bolsonaro disse, em entrevista ao programa Pingos Nos Is da rádio Jovem Pan, que seria possível ter uma quarta e quinta parcela do auxílio "para ver se a economia pega". Atualmente, o benefício é pago pelo prazo de três meses.

"Conversei com o Paulo Guedes, que vamos ter que dar uma amortecida nisso daí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$600. Não sei quanto vai ser, R$300, R$400, e talvez tenha a quinta (parcela). Talvez seja R$200 ou R$300. Até para ver se a economia pega", disse o presidente.

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No último domingo, 26, o ministro Onyx Lorenzoni disse que uma possível ampliação do auxílio emergencial de R$600 "está em estudo". Ele, no entanto, não respondeu o valor que seria estendido à população.

Já no dia 19 de maio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial após as três parcelas previstas. Ele, porém, defende a redução gradual do valor do benefício e garante que o auxílio não deve ser permanente. 

Além disso, segundo o jornal O Globo, o ministro mencionou o valor de R$200 em uma reunião com empresários no dia 19. Durante o encontro, Paulo Guedes citou a necessidade de "suavizar a queda" do pagamento do auxílio.

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"Ele falou da possibilidade de pensar em uma fórmula de trabalhar essa saída, uma forma de sair dessa situação sem desproteger as pessoas, na medida em que a crise de saúde também vai diminuindo", disse uma fonte que participou da reunião.

Vale lembrar que o valor de R$200 foi proposto pela equipe econômica do governo na versão original do auxílio emergencial. No Congresso, no entanto, houve a ampliação do benefício para R$500 e, logo após, foi fechado um acordo com o presidente Jair Bolsonaro para elevar a ajuda a R$600.

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Segundo um interlocutor, Guedes teria dito que, se o auxílio fosse de R$200, daria para pagar por mais meses. O ministro também ressaltou que, na proposta inicial, eram esperados 30 milhões de beneficiários, no entanto, subiram o valor e o número de beneficiários (60 milhões).

Aprovado pela Câmara e pelo Senado, o auxílio emergencial de R$600 é uma renda básica que, atualmente, é paga pelo prazo de três meses para pessoas que ficaram sem rendimentos, como vendedores ambulantes, feirantes e outros trabalhadores informais.