No 3º trimestre deste ano, o setor de franquias fluminense acelerou a recuperação e já se aproxima de nível anteriores à pandemia. A redução do faturamento no período foi apenas de 5%, inferior à média nacional, que foi de 6,9%.
Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Nesse período, o mercado de franquias no estado do Rio de Janeiro faturou cerca de R$ 4,1 bilhões.
Esse desempenho pode ser justificado por alguns fatores como a retomada econômica com a flexibilização do isolamento, o aumento das vendas por e-commerce e a melhora no índice de confiança do empresariado.
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Sendo o 2º estado brasileiro com maior número de redes, o Rio de Janeiro cresceu 3% no 3º trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Com isso, o mercado fluminense chegou a 866 marcas em operação, com expansão de 5% em unidades e o total de 11.825 pontos de venda. Segundo a pesquisa, os segmentos em destaque foram:
- Serviços e outros negócios (+43,4%);
- Saúde, beleza e bem-estar (+6%);
- Casa e construção (+3,6%).
De forma geral, o distanciamento social, responsável pela maior permanência das famílias em casa, acabou favorecendo esses segmentos. A maioria das redes fluminenses atua nos mercados de alimentação (31,8%), saúde, beleza e bem-estar (16,8%), e moda (13,1%).
"O estado está reagindo bem a esses sete meses de instabilidade. Graças a estrutura de rede com o trabalho colaborativo entre franqueador e franqueado, pela maior facilidade de negociação com fornecedores, isso demonstra mais uma vez a resiliência do setor. Os números refletem a força do mercado fluminense", afirma o presidente da Seccional Rio de Janeiro da ABF, Beto Filho.

(Foto: Pexels)
Retomada do mercado ainda é modesta, aponta Ipea
A expectativa é que a vacinação contra a Covid-19 resulte em uma melhora da economia e do mercado de trabalho. Isso deverá acontecer, mas a verdade é que, considerando uma variedade de fatores, esse crescimento ainda deve ser modesto em um primeiro momento.
É o que aponta a análise trimestral da conjuntura econômica do país, divulgada nessa segunda-feira, 21, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apesar de visíveis, os efeitos da recuperação ainda não são muito significativos.
Somado a isso, o instituto ainda avaliou que o número de casos de Covid-19 aumentando novamente representa um fator de risco para a continuidade desse processo de recuperação econômica.