Novo mercado vai impulsionar diferentes tipos de contratações
Emprego temporário e novas habilidades devem impulsionar novas contratações este ano e no pós-pandemia.
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Publicado em:08/09/2020 às 08:00
Atualizado em:08/09/2020 às 08:00
A crise do Coronavírus afeta 12,9 milhões de trabalhadores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pandemia impulsionou novas formas de contratações, além do crescimento dos empregos temporários.
Segundo a especialista em Recursos Humanos e CEO da Carpediem RH, Aliesh Costa, vagas com demandas não contínuas estarão entre as mais atraentes.
"Isso porque há posições decorrentes da substituição de colaboradores, ou mesmo, ligadas a nichos impulsionados pela pandemia", afirma.
Os segmentos que apresentam mais vagas, de acordo com ela são:
Varejo (farmácias, supermercados e atacadões);
Áreas da saúde (hospitais, clínicas e laboratórios);
Logística e de TI (e-commerce).
Aliesh acrescenta que, em tempos de instabilidade econômica, muitas organizações acabam optando pelos contratos por tempo determinado, para cumprir as demandas extras.
"A contratação de temporários permite uma previsão orçamentária mais flexível, que pode ser revista e alterada conforme o cenário, ajudando a empresa a se reestruturar financeiramente na fase de retomada", diz a consultora.
Ela ainda completa: "Com isso, os trabalhos temporários seguem crescendo e serão tendência para os próximos meses e no decorrer de 2021".
Para a especialista, os candidatos mais valorizados serão os que desenvolverem competências como flexibilidade, empatia e solidariedade.
A seguir, confira os novos modelos de trabalho, que foram intensificados pela pandemia da Covid-19:
► Contratos Temporários e Terceirizados
Como adiantado, a contratação de profissionais por tempo determinado é uma tendência para este ano e para 2021.
Uma vantagem de as empresas contratarem esse tipo de mão de obra é que, muitas vezes, os funcionários são recrutados por uma consultoria especializada de RH em terceirização, que assume toda a gestão. O que otimiza os custos.
"Com o quadro de funcionários reduzido em razão da instabilidade econômica causada pela pandemia, delegar o gerenciamento dessas contratações otimiza custos e prazos e a empresa pode focar em alavancar seu core business, enquanto a consultoria especializada se concentra na gestão dos contratos", diz Aliesh Costa.
► Home office em alta
Com a pandemia, diversas empresas adotaram o regime home office, em que os funcionários atuam remotamente de seus lares. O que diminui os gastos dos empregadores com transporte e alimentação.
O empregado, por sua vez, ganha qualidade de vida, mais tempo com a família ao invés de horas no trânsito, por exemplo. De acordo com a especialista em Recursos Humanos e CEO da Carpediem RH, Aliesh Costa, esse regime de trabalho deve continuar no pós-pandemia.
"O home office se mostrou possível e vantajoso para muitas empresas e colaboradores e, por isso, vai atrair cada vez mais atenções. O formato deve perdurar no futuro mercado de trabalho, mesmo após o término da crise do coronavírus ", conta.
A consultora também ressalta que a Covid-19 levou as organizações a refletirem sobre novos formatos de trabalho e seus impactos.
"Mudanças que estavam em curso, mas que levariam anos para serem implementadas, foram realizadas em poucos meses. E todos se surpreenderam com a rápida adaptação de ambos os lados, tanto dos colaboradores como das empresas", diz a CEO da Carpediem RH.
► Solidariedade e empatia são valores em alta
"Estamos vivendo uma grande mudança de paradigma, onde as relações sociais, os hábitos e a economia passaram por uma verdadeira revolução", explica Aliesh Costa.
A especialista ressalta: "daqui para frente, não haverá lugar para empresas sem foco no propósito. A empatia, a solidariedade e a responsabilidade social serão, mais do que nunca, demandas de toda a sociedade", ressalta.
"E se o trabalho em home office foi fortalecido a partir da necessidade da preservação das vidas, a gestão integrada com a tecnologia se encarrega de acompanhar a produtividade, capacitar as equipes e, ainda, gerenciar a execução de tarefas, por exemplo", conta.
► Competências do profissional no novo normal
Para o profissional, a agilidade no aprendizado, a empatia, o pensamento crítico, a inteligência emocional e a criatividade serão habilidades procuradas, segundo a especialista.
"A palavra-chave é a flexibilidade", conclui Aliesh Costa.