Pedido de concurso Funai para 2022 já está em estudo, diz Fundação

Com 776 vagas temporárias autorizadas, a Fundação Nacional do Índio segue tentando o aval para um novo concurso Funai para efetivos.

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Publicado em:23/09/2021 às 10:50
Atualizado em:23/09/2021 às 10:50

A Fundação Nacional do Índio recebeu, nesta semana, aval para preencher 776 vagas temporárias. No entanto, o pedido de um novo concurso Funai para efetivos está entre os objetivos do órgão.

A informação foi dada à Folha Dirigida pela própria Fundação. Segundo a Funai, não há qualquer manifestação do Ministério da Economia em relação à autorização do concurso público até o momento.

"O ME informou que a demanda foi recepcionada em conjunto com todas as demais encaminhadas pelos órgãos que compõem o Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal e aguarda a definição do orçamento da União para a tomada de decisão em relação às demandas dos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional", disse a Funai.

Apesar do Ministério da Economia não ter sinalizado ainda a autorização para as vagas efetivas, a Funai informou que já "foram iniciadas as tratativas para um novo pedido de concurso público para 2022, caso não haja autorização" ainda este ano.

Concurso Funai para efetivos segue nos planos da Fundação (Foto: Divulgação)
Concurso Funai para efetivos segue nos
planos da Fundação (Foto: Divulgação)

Veja detalhes do pedido do concurso Funai

A Fundação Nacional do Índio planeja realizar um novo concurso Funai. Em resposta à Folha Dirigida, o órgão confirmou a intenção de ofertar 1.043 vagas de níveis médio, técnico e superior.

A solicitação enviada este ano, no entanto, precisa ser aprovada pelo Ministério da Economia. Caso isso ocorra, a seleção será regionalizada, com oferta de vagas em regiões específicas.

"Uma vez submetido ao Ministério da Economia, caso seja autorizado, esta nova solicitação para realização de concurso público tem previsão para ser realizado no primeiro semestre de 2022, em todo o país, com a oferta de vagas em formato regionalizado".

A Fundação também revelou os cargos solicitados ao Ministério da Economia para a realização do concurso, mas não o quantitativo exato para cada função. No caso das oportunidades de nível superior, foram solicitadas vagas para:

  • administrador;
  • antropólogo;
  • arquiteto;
  • arquivista;
  • assistente social;
  • bibliotecário;
  • contador;
  • economista;
  • enfermeiro;
  • engenheiro;
  • engenheiro Agrônomo;
  • engenheiro Florestal;
  • estatístico;
  • geógrafo;
  • indigenista especializado;
  • médico;
  • médico Veterinário;
  • odontólogo;
  • pesquisador;
  • psicólogo;
  • sociólogo;
  • técnico em assuntos educacionais;
  • técnico em comunicação social; e
  • zootecnista.

No nível intermediário, o pedido foi para os cargos de técnico em contabilidade, que exige diploma de curso técnico na função, e agente em indigenismo, que exige apenas o nível médio completo.

Para essas carreiras, segundo dados de junho de 2019, o ganho mensal chega a R$6.420,87 (nível superior) e a R$5.349,07 (médio).

Folha Cursos

Funai explica edital para temporários

Na última terça-feira, 21, o Ministério da Economia autorizou 776 vagas temporárias para a Funai. Em nota, a Fundação Nacional do Índio esclareceu à Folha Dirigida os motivos que levaram ao aval.

Segundo o órgão, a contratação temporária se dá no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, e para o adequado cumprimento da decisão cautelar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O processo seletivo será simplificado e terá validade até o dia 31 de dezembro deste ano. Desta forma, a Fundação afirma que o edital deve ser publicado nos próximos dias.

A iniciativa visa atender uma necessidade temporária de excepcional interesse público, com atuação em barreiras sanitárias (BS) e postos de controle de acesso (PCA) para prevenção da Covid-19 nas áreas indígenas, especialmente nas terras indígenas da Amazônia Legal, com vagas para os seguintes Estados:

  • Acre;
  • Amazonas;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Mato Grosso;
  • Pará;
  • Rondônia; e
  • Roraima.

"A Fundação esclarece ainda que essa atuação já vem acontecendo com as barreiras sanitárias e postos de controle de acesso no âmbito da ADPF 709, de modo que o incremento de recursos humanos configurará um corpo profissional maior e novas barreiras poderão ser implementadas", diz em nota.