Presença feminina em carreiras de tecnologia cresceu em 2020

Pesquisa da Revelo mostra que a presença feminina no mercado de trabalho apresenta crescimento. Mas, número de mulheres em cargo de liderança ainda é baixo.

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Publicado em:01/10/2020 às 15:00
Atualizado em:01/10/2020 às 15:00

Um levantamento Revelo, empresa de tecnologia para a área de recursos humanos, mostra que a inserção feminina no mercado de trabalho brasileiro vem sofrendo transformações. Ainda que seja inferior à presença masculina, os avanços já podem ser percebidos em algumas áreas. 
 

enlightened A pesquisa da Revelo foi feita com base nas mais de 16 mil empresas e 1 milhão de candidatos cadastrados na plataforma. 


Em 2020, por exemplo, os números apontam 54% de presença feminina em Marketing Digital e, em Finanças, área predominantemente masculina, as mulheres já ocupam 48% das vagas.

No entanto, mesmo na carreira em que são maioria, as mulheres têm baixa representatividade em cargos de liderança: 43% que atuam com Marketing Digital estão em cargos de liderança, enquanto em Finanças, esse público é de 42%. 

Um outro dado que merece destaque é o aumento da contratação de mulheres em carreiras de tecnologia. Em 2017, elas respondiam por 10,9% das vagas, já em 2020, o número subiu para 12%. O percentual de convites para entrevistas destinados às candidatas mulheres também apresentou crescimento em todas as carreiras: entre 2017 e 2019, o volume passou de 12% para 17%. 

"Na Revelo acreditamos que o ponto de partida para vencer essa corrida são dados e pesquisas que demonstrem como o mercado se comporta hoje. Começamos a fazer lição dentro de casa e eu sou parte dela. Se todas as empresas se comprometerem com diversidade esse número deverá melhorar, caso contrário ele pode regredir", comenta Patrícia Carvalho, CMO da Revelo.

A  Head de Experiência e Diversidade & Inclusão da Zup, Bruna Lacerda, reforça a importância de entendermos que este problema estrutural na sociedade tem profundo impacto no mercado, e que apatia ou atuações tímidas por parte das empresas não vão gerar os resultados significativos que precisamos.

"Na Zup estamos estruturando iniciativas exclusivas para desenvolvimento de lideranças femininas e metas para contratação de mulheres. Acreditamos em um futuro de maior equidade", ressalta. 

A pesquisa também destaca um assunto que ainda pesa no mercado de trabalho: a disparidade salarial entre homens e mulheres. Em média, a pretensão salarial da mulher é 22% menor do que a dos homens.

As carreiras de Negócios e de Design são as que expõem a maior diferença entre candidatos e candidatas, 28% e 21% respectivamente. Entretanto, elas estão ficando mais exigentes. Em 2017, 62% aceitavam convites para vagas de salários abaixo da pretensão. Em 2019, esse número caiu para 54%.

Iniciativas já presentes no mercado de trabalho

No quadro de funcionários do Itaú as mulheres representam 59% dos seus colaboradores. Mas, apenas 13,2% ocupam cargos de diretoria. Por isso, a instituição criou o iEla, projeto que tem como objetivo promover mais mulheres à liderança por meio de uma mudança da cultura interna. 

Já o banco Goldman Sachs se comprometeu a não coordenar mais processo de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) de empresas que não tenham, ao menos, uma mulher no Conselho da empresa. 

"Não existe uma forma única e infalível de melhorar esse cenário. Algumas dicas que passo para meus parceiros são: fazer entrevistas às cegas, colocar metas de contratação e de ocupação em cargos de liderança e implementar treinamentos de vieses inconscientes", sugere Cris Kerr, Ceo e fundadora da CKZ Diversidade.

 

Mulheres no mercado de trabalho
Inserção feminina no mercado de trabalho vem crescendo 
(Foto: Divulgação)


O que + você precisa saber:

 

Startup abre vagas com preferência para contratação de mulheres

Se você é mulher e está em busca de uma recolocação profissional, o Repassa, startup de moda consciente, está com seis vagas abertas para a área de Tecnologia da Informação (TI), em São Paulo. A preferência é para a contratação de profissionais de sexo feminino. 

As oportunidades são para as funções de desenvolvedoras Backend Ruby ou Frontend React. Entre os pré-requisitos estão curso superior relacionado à TI, como Ciências da Computação, Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento; conhecimento em HTML, CSS, Javascript, Scrum ou Kanban e TDD (Test Driven Development), entre outros. 

Boa comunicação e engajamento com sustentabilidade e solidariedade - dois dos principais pilares do Repassa - são diferenciais.

"Essa iniciativa reforça o conjunto de ações que o Repassa tem adotado a favor da diversidade e inclusão. Hoje, no time, somos 66% mulheres e nossa expectativa é aumentar cada vez mais e gerar oportunidade principalmente para as áreas que são mais ocupadas por homens", conta Daniele Costa, head de RH do Repassa.

Além das vagas de tecnologia, a startup está com oportunidades para cargos de redator e BI. Para concorrer a qualquer uma das vagas abertas no Repassa, os interessados devem cadastrar o currículo e portfólio no site Gupy

 

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