Uma grande reportagem: desvendando o mundo dos concursos

Já pensou em tudo que envolve a trajetória de um candidato a concurso público até sua aprovação? Quanto custa estudar? Quanto tempo leva? Como fazer a preparação?

Nós da Folha Dirigida nos debruçamos nesses e outros questionamentos e preparamos um super conteúdo para te ajudar!

Foi confiada a nossa equipe de Jornalismo a realização da tarefa de mapear o mercado dos concursos públicos.

Ao longo de sete semanas, 14 jornalistas entrevistaram representantes de 13 dos principais cursos preparatórios do país. O resultado foi uma grande reportagem com 72 páginas de conteúdo e mais de 22 mil palavras.

O comandante dessa equipe, o editor-chefe Gustavo Portella, revela agora os segredos por trás deste projeto.

“Idealizar um projeto como esse foi prazeroso e ao mesmo tempo desafiador”.

Gustavo Portella confessa que a estratégia definida foi atacar a ponta, ou seja, ir onde estão os futuros servidores: nos cursos preparatórios. Para ele, tentar entender o perfil e as características do futuro servidor não era uma tarefa simples.

O maior desafio da grande reportagem 

Após definir que eram dos cursos que viriam as respostas para as perguntas que o mercado tinha, veio o desafio de elencar esses questionamentos. Afinal de contas o que o futuro servidor deseja saber?

“Foi um processo de análise dessas dúvidas, ouvindo pessoas da área. Aliás, quero fazer um agradecimento a cada um que respondeu a nossa reportagem e nos proporcionou um universo de informações”.

Com pauta definida, foi a vez de ir a campo. Conversar com os cursos.

As expectativas de toda a equipe diante de um projeto grandioso como esse eram enormes. Portella comenta que a expectativa principal era, sem dúvidas, atender o público da Folha Dirigida e que isso trouxe uma responsabilidade gigante e saudável

“Só a Folha Dirigida poderia tentar entender o mercado de concursos públicos. Trazer as respostas que eles precisavam para planejar o 2021 dos concursos olhando para trás e vendo como foi 2020. Acredito que conseguimos trazer essas respostas” 

Para o editor-chefe, a parte mais complicada do processo foi a organização das informações recebidas.13 cursos preparatórios das diversas partes do país responderam a equipe de jornalismo da Folha Dirigida online.

As respostas envolviam questões como valores, tempo de estudos e modelos pedagógicos de estudo.

“Recebemos respostas de todo tipo. Coube a nós organizá-las, interpretá-las e gerar dados por meio delas. Certamente esse foi o maior desafio”.

Tempo de estudo para concursos é o mesmo que o de uma graduação  

Analisando todo o material coletado, Gustavo Portella confessa que o tempo médio que os candidatos levam até conseguir a aprovação foi o que mais lhe surpreendeu.  

“Eu realmente achava que era menor. A pesquisa que fizemos revelou uma média de quatro anos, enquanto vemos muitas promessas por aí de que, em um ano, qualquer um passa em concurso público. Não é assim. Não mesmo”

Portella compara o tempo dedicado ao estudo para concurso público ao dedicado a uma graduação. Ele lembra que passar em concurso público é um processo, que pode durar um, quatro ou até 20 anos e que depende de vários fatores.

“Saber que a média para passar em concursos é exatamente o tempo que um aluno cursa uma faculdade me surpreendeu. Já pensou se os estudantes do nosso país saíssem do ensino médio e se dedicassem a um concurso público em vez de uma faculdade?”

Ele ainda salienta que a escolha busca pelo serviço público, ao invés da graduação, pode levar ao sucesso profissional mais rápido. E, desta forma, já com sucesso profissional, o candidato poderia investir em uma faculdade/especialização.

“A pesquisa traz essa reflexão. Somos programados para uma trajetória de vida profissional, passada pelos nossos pais, tios e avós, que só querem o nosso bem. Mas essa trajetória pode ser simplificada e com o sucesso profissional chegando mais cedo. Isso surpreendeu bastante”.

Por fim, Portella vê o saldo como muito positivo. E que o conteúdo pode fazer os futuros servidores refletirem. Sair da zona de conforto. Para ele não existe uma fórmula para passar em concurso público. Cada um faz a sua fórmula de acordo com a sua realidade dentre tantas no país.

“Saber como a maioria faz e o que pode se fazer também para melhorar e conquistar o seu objetivo é fantástico. Foi isso que fizemos e, creio, com louvor! E aqui fica o meu agradecimento a toda a equipe de Jornalismo. Sem eles não seria real esse projeto”.