Aprovados no CNU podem ganhar até duas vezes mais. Entenda!

Aprovados no concurso CNU 2024 tiveram aumento médio de 2,1x na renda. Veja como o seleção possibilita mobilidade e inclusão social.

Concursos Previstos
Autor:Repórter Folha
Publicado em:17/06/2025 às 17:56
Atualizado em:17/06/2025 às 17:56

O Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos Concursos”, tenta se consolidar como uma das principais portas de entrada para carreiras públicas no Brasil.


Entre os diversos atrativos do CNU, um fator que chama a atenção são os salário oferecidos para trabalhar no serviço público federal.


Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o CNU teve impacto positivo na renda dos aprovados, com salários até 2,1 vezes maiores do que os recebidos anteriormente no mercado de trabalho.


O estudo considerou um total de 6.719 candidatos, que tiveram diferentes desfechos no último CNU, conforme o cargo escolhido.


Do total, 64,9% foram aprovados dentro do número de vagas, 34,9% foram convocados para os cursos de formação e 0,2% seguiram para as provas didáticas.


Esses concorrentes disputaram posições em 173 cargos distintos, organizados em oito blocos temáticos — sete voltados para nível superior e um para nível médio.


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Aprovados ganham, em média, mais que o dobro do salário anterior

Ainda de acordo com o estudo, o CNU não só ampliou o acesso às vagas no serviço público, como também transformou a realidade financeira de milhares de brasileiros.


Para mulheres negras, pardas e indígenas, o aumento chega a 2,48 vezes, enquanto homens negros, pardos e indígenas registraram ganho de 2,35 vezes.


Com salários que variam entre R$4.008 e R$22.921, a diferença salarial pode representar uma possível mobilidade social para parte dos aprovados.


Segundo o Ipea, 71,8% dos candidatos afirmaram que terão rendimentos maiores após o ingresso no serviço público federal.

Um dos pilares do CNU é trabalhar na democratização do acesso geográfico ao serviço público. De acordo com o estudo, a última edição contou com representantes inscritos de 5.555 municípios brasileiros e teve aprovados de 908 cidades.


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A ideia da seleção é atuar como um instrumento de redistribuição de oportunidades, reduzindo as desigualdades de origem e abrindo caminhos reais para uma possível ascensão social.


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O papel das cotas e o avanço da representatividade

A nova Lei de Cotas, sancionada em junho de 2024, ampliou a reserva de vagas de 20% para 30% para pretos, pardos, indígenas e quilombolas nos concursos públicos.


A primeira edição do CNU aplicou as cotas, mas superou os percentuais mínimos: 33% dos aprovados pertencem a grupos cotistas, segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.


Deste modo, é possível que o CNU atenda cada vez mais o processo de representatividade no serviço público federal. Ou seja, um funcionalismo público que reflita, em sua composição, a diversidade da população brasileira.


Com os resultados da primeira edição do CNU, podemos dizer que a seleção pretende se configurar como uma política pública em si, voltada para a construção de um Estado mais justo, moderno e representativo.


Isso porque, ao oferecer acesso ampliado, salários atrativos e distribuição territorial, o modelo unificado busca inovar tanto na forma quanto no impacto.


Próximo CNU tem edital previsto para julho

Com a segunda edição já confirmada, com edital previsto para julho e provas objetivas para outubro, a expectativa fica por conta da ampliação do alcance, com mais vagas, maior diversidade de órgãos participantes e avanços na análise de dados para formulação de políticas de gestão de pessoas.


Como destacado pelo estudo do Ipea, a base de dados do concurso será fundamental para o monitoramento da efetividade da política e poderá orientar novas ações para promoção de igualdade racial, regional e de gênero no serviço público federal.

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