Sem 2ª onda da Covid, auxílio não será prorrogado, aposta governo

Dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa na quinta-feira, 26, mostram que o Brasil registrou 37.672 novos casos de Covid-19.

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Publicado em:27/11/2020 às 11:49
Atualizado em:27/11/2020 às 11:49

As parcelas de extensão do auxílio emergencial acabam em dezembro e, para a equipe econômica do governo, uma nova rodada de pagamentos não é necessária. A decisão se baseia na avaliação de que o aumento do números de casos da Covid-19 não configura uma segunda onda da pandemia.

Além disso, a equipe econômica também aposta que, mesmo com sinais de aumento de contaminados em partes dos estados, a possibilidade de novas medidas duras de isolamento social é remota. 

De acordo com uma matéria publicada pelo O Globo nesta sexta-feira, 27, parte dessa avaliação é sustentada em uma análise de dados reunidos pela Secretaria de Política Econômica. Esses dados apontam que parte dos estados alcançaram a chamada "imunidade de rebanho". 

No entanto, segundo o Ministério da Economia, o monitoramento não é feito em parceria com o Ministério da Saúde, e sim com dados estatísticos. 

Segundo interlocutores do ministro da Economia, Paulo Guedes, a chance de que determinações de isolamento social sejam tomadas é considerada baixa. Ainda que governos locais anunciem medidas nessa direção, a expectativa é que a população não adote esse comportamento na prática.

A avaliação da equipe econômica não vale só para o auxílio emergencial, mas também para outras medidas adotadas durante a pandemia, como a ampliação de microcréditos. A análise da equipe econômica hoje é de que a oferta por esse tipo de crédito é muito maior que a demanda.

A lógica do time econômico é que seria necessário não só ocorrer um aumento de casos, mas também a repetição do que ocorreu em abril, quando empresas fecharam as portas em um esforço para conter a pandemia recém-declarada.

Segundo dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa na quinta-feira, 26, o Brasil registrou 37.672 novos casos de Covid-19 e 698 mortes causadas pela doença.

 

Auxílio emergencial
Segundo dados da última quinta, 26, Brasil registrou 37.672 novos
casos de Covid-19 (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)



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No 3º trimestre, desemprego bate recorde de 14,6% e atinge 14,1 milhões

No trimestre encerrado em setembro, o desemprego chegou a taxa recorde de 14,6%, atingindo 14,1 milhões de brasileiros, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua)

A pesquisa - divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - mostra que a taxa de desemprego teve aumento de 1,3 ponto percentual em comparação ao 2º trimestre deste ano (13,3%).

Em relação ao mesmo período do ano passado (11,8%), houve um aumento de 2,8 pontos percentuais. De acordo com o IBGE, "essa é a maior taxa registrada na série histórica", que foi iniciada em 2012.

Em três meses, cerca de 1,3 milhão de pessoas entraram na fila em busca de um trabalho no país. Para Adriana Beringuy, analista da pesquisa, o aumento nessa taxa também tem sinais da flexibilização das medidas de isolamento social.

“Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação”, afirma.

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