Taxa de desocupação chega a 14,1% em outubro, segundo IBGE

Em outubro, a população desocupada do país chegou a 13,8 milhões de pessoas. É o recorde da série, com um aumento de 2,1% frente a setembro.

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Publicado em:01/12/2020 às 09:30
Atualizado em:01/12/2020 às 09:30

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira, 1º de dezembro, dados da PNAD Covid19. De acordo com o levantamento, em outubro de 2020, a população desocupada do país chegou a 13,8 milhões de pessoas. 

O número é considerado o recorde da série, com um aumento de 2,1% frente a setembro e de 35,9% desde o início da pesquisa, em maio. A taxa de desocupação passou de 14,0% para 14,1%, sendo a maior da série. 

A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 17,1%, sendo maior que a dos homens, que ficou em 11,7%. Por cor ou raça, a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (16,2%) do que para brancos (11,5%), isso representou um aumento de 0,1 ponto percentual na taxa entre pretos e pardos enquanto a taxa entre os brancos manteve-se inalterada pelo segundo mês consecutivo. 

A força de trabalho chegou a 97,9 milhões em outubro, com alta de 1,5% em relação a setembro e de 3,6% em frente a maio. O número de pessoas fora da força de trabalho chegou a 72,7 milhões, com redução de 1,9% frente a setembro e 3,5% em relação a maio. 

Desse total, 34,1% (24,8 milhões) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho e 19,9% (14,5 milhões) não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostaria de trabalhar. 

→  PNAD Covid19 nesta terça-feira, 1º de dezembro 

PNAD Covid19 referente ao mês de outubro
Em outubro, o país contabilizou 84,1 milhões de ocupados
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)


o que + você precisa saber: 


Nível de ocupação chega a 49,3% em outubro

Em maio, o nível de ocupação era de 49,7%, passando para 48,6% em setembro e chegando a 49,3% em outubro. Os números configuram uma trajetória em "U", com seu valor mínimo em julho (47,9%). 

Dos 84,1 milhões de ocupados, 4,7 milhões estavam afastados do trabalho e 2,3 milhões desses estavam afastados devido ao distanciamento social, representando quedas de 12,7% e 22,0% frente a setembro, respectivamente. Estes indicadores já acumulam quedas de 75,3% e 85,1%, respectivamente, desde o início da pandemia.

Em outubro, 4,1% das mulheres ocupadas estavam afastadas de seu trabalho por causa do distanciamento social (em setembro esse percentual era de 5,2%), enquanto para os homens esse percentual ficou em 1,8% em outubro (2,5% em setembro).

O estado do Amapá, na região Norte do país, apresentou a maior proporção (9,2%) de pessoas ocupadas afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social. 

Em 24 unidades da federação houve quedas no percentual de pessoas ocupadas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, frente a setembro. Houve estabilidade nas demais.

Já na contabilização por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (23,7% para aqueles de 14 a 29 anos de idade) e, por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,8%).

A PNAD Covid19 também aponta que, entre os 4,7 milhões de trabalhadores afastados do trabalho que tinham na semana de referência, 900 mil, ou 19,2%, estavam sem a remuneração do trabalho. 

A diferença entre o número de horas habitualmente e efetivamente trabalhadas está diminuindo: o número médio de horas habituais foi de 40 horas por semana, contra 35,7 horas efetivas.

As regiões Norte e Nordeste foram, novamente, as com os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio emergencial: 58,4% e 56,9%, respectivamente. Os cinco estados com os maiores percentuais foram:

  • Amapá (68,6%);
  • Pará (62,2%);
  • Maranhão (61,4%),
  • Alagoas (60,3%); e
  • Acre (59,6%).

 

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