Como trabalhar na Visa: inovação e integração no dia a dia
Fit cultural e match com princípios de liderança são fundamentais para quem quer trabalhar na Visa
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Publicado em:24/11/2020 às 11:07
Atualizado em:24/11/2020 às 11:07
Ser a melhor forma de pagar em todos os lugares. Com essa missão, a Visa já está no mercado há mais de 60 anos, 33 deles no Brasil. Além disso, são mais de 20 mil funcionários ao redor do mundo e 184 brasileiros nos escritórios de São Paulo e Brasília. E você está prestes a descobrir como trabalhar na Visa e fazer parte desse time.
Ainda que seja uma veterana no negócio, a empresa tem conseguido se manter relevante em meio a tantas startups voltadas para o ramo de Finanças que surgiram nos últimos anos. Isso foi possível mantendo a inovação no seu DNA e contando com colaboradores com esse perfil.
Aliás, inovação é a palavra chave em todos os setores, incluindo o dia a dia e o tipo de funcionário que buscam, tudo isso sem perder o reconhecimento de anos no mercado.
Ouça o novo episódio do POD+ para saber como é trabalhar na Visa!
Em 2020, a empresa figurou o oitavo lugar do ranking geral do Great Places to Work e o primeiro lugar na categoria Serviços Financeiros e Seguros. A Visa também foi lembrada no Top of Mind da Folha de São Paulo e considerada uma das 50 companhias mais admiradas no mundo pela revista Forbes.
A diretora executiva de Recursos Humanos da Visa, Priscila Mônaco, conversou com Ricardo Marsili, o CEO da Folha Drigida, nesse episódio do POD+ sobre como a empresa continua a se manter relevante ano após ano, a aplicação da diversidade e da inovação no dia a dia e muitos outros assuntos.
Como trabalhar na Visa?
“Eu sou bastante suspeita quando falo da Visa, porque se tem uma coisa que sinto é orgulho”, destaca a diretora de RH, há oito anos na multinacional. Se a palavra chave é inovação, é porque os seus funcionários tem no seu DNA o diferente e a capacidade de buscar novas ideias, algo intrínseco à empresa.
Há mais de 30 anos no Brasil, a companhia tem todas as áreas em território nacional, com escritórios em São Paulo e Brasília. Algumas das áreas para trabalhar na Visa são:
Marketing
Comercial
Estabelecimentos comerciais
Áreas funcionais e de suporte
Inovação
Produtos e soluções
Consultorias e analytics
RH e Finanças
Tecnologia
Operações
Apesar da divisão por áreas, um grande diferencial da Visa é promover o trabalho em squads, ou seja, em grupos multifuncionais que envolvem pessoas de diferentes áreas para a entrega de determinados projetos. Todos os funcionários são capacitados para atuar na metodologia Scrum, o que contribui para o perfil inovador da empresa.
Com objetivo de conectar o mundo de forma confiável e segura, a Visa já começa essa conexão entre os seus próprios funcionários, de maneira a fazer com que todos interajam entre si, independentemente da área. As estruturas hierárquicas também são cada vez mais solúveis. O próprio presidente da empresa é uma pessoa muito acessível.
Algo que se mostrou essencial para que isso funcionasse foi o modelo de escritório open office. Todos ficam no mesmo andar e se veem no dia a dia, o que cria mais familiaridade com os rostos e pessoas da empresa.
Desafios da pandemia para a Visa
Uma das coisas que Priscila Mônaco mais sentiu falta na quarentena foi desse contato humano do dia a dia. Ela esteve entre os funcionários que optaram por retornar para o escritório de maneira presencial, ainda que a princípio nem todos os dias da semana e com capacidade reduzida para cerca de 30 funcionários.
Apesar da diretriz global da empresa de manter o trabalho remoto, foi realizada uma pesquisa com os funcionários entre o final de abril e início de maio para saber quem tinha vontade de retornar.
Com cerca de metade das pessoas optando pelo presencial, a empresa se juntou a uma equipe de epidemiologistas para tornar esse retorno o mais seguro possível. Os funcionários foram recebidos com um kit de máscaras, álcool em gel e garrafinhas para encher de água e evitar a circulação pelo escritório.
Desde o início da pandemia, em março, foi uma preocupação a adaptação das pessoas para o trabalha remoto, principalmente para uma empresa que visava tanto a interação, a integração dos funcionários e a saúde mental de cada um.
Essa preocupação genuína se refletiu em uma série de treinamentos para os gestores e funcionários de como lidar com o período. Em relação à saúde mental, foram promovidas palestras e aulas relacionadas a wellness, yoga, relaxamento, meditação e técnicas de gerenciamento de tempo, esta última essencial para evitar a estafa de ter que transformar a casa em ambiente de trabalho.
Sobre isso, logo no início os funcionários tiveram todo o suporte para levar os equipamentos para casa. Outra medida crucial foi promover também o diálogo quinzenal com psicólogos e psiquiatras, prática que já era comum na empresa, embora não com tanta frequência. O programa fez tanto sucesso que foi estendido para mais quatro meses do que estava planejado.
“A gente tem que ter essa preocupação com bem estar físico, psíquico… nós somos uma única coisa, se a cabeça não tiver funcionando bem, ninguém vai estar bem”, afirma Priscila Mônaco.
A Visa tem alguns princípios relacionados à liderança que se refletem sua cultura. São elas:
Liderança
Comunicação aberta e transparente
Capacitação e inspiração
Excelência com parceiros e clientes
Agir de forma decisiva
Colaboração e o respeito
O modelo open office (escritório aberto) contribui para que a cultura esteja refletida tanto interna quanto externamente. Isso faz com que o ambiente seja mais colaborativo e menos competitivo. Afinal, ainda que cada um e cada área tenha metas diferentes, todos estão ali com o mesmo propósito.
Bons benefícios, boas práticas de programas de retenção, desenvolvimento e atração também fazem com que o funcionário se sinta parte da equipe e bem recebido em sua chegada à Visa.
As oportunidades são sempre divulgadas no perfil do LinkedIn e na página de carreiras da Visa. Com vagas concorridíssimas - são cerca de mil pessoas para uma posição -, a empresa também tem um programa interno para seus próprios funcionários indicarem conhecidos.
Então, fique atento se você conhece alguém que trabalha na Visa! Caso a pessoa indicada seja contratada, o responsável pela indicação ganha uma bonificação financeira.
Além dos princípios de liderança, são avaliadas as competências e o fit cultural. Não há testes de habilidades além das entrevistas com os gestores, com exceção de entrevistas em inglês e, em alguns casos, espanhol.
Os candidatos também são entrevistados por pessoas de outras áreas, já pensando que deverá trabalhar no esquema da integração e com o intuito de evitar possíveis vieses que poderiam interferir na contratação se ele tivesse contato com pessoas de apenas uma área, por exemplo.
O processo de onboarding do novo colaborador começa muito antes do seu primeiro dia. Antes de ingressar, toda a empresa recebe um e-mail com sua foto, quem é e qual função vai desempenhar. Antes da pandemia, no dia 1 de trabalho, recebia logo na sua chegada um kit com todos os equipamentos eletrônicos, acessos e crachá que necessitaria para trabalhar.
Depois, seria apresentado a todos os funcionários em uma caminhada pelo escritório, para em seguida sentar com sua própria equipe e serem feitas as apresentações. Feito isso, o recém-chegado entra em contato com o RH para ajustar toda a sua documentação.
Dessa forma, onboarding acaba por envolver não apenas o Recursos Humanos, mas também áreas como Finanças, Corporate Services, Comunicação Interna, Compliance e a Equipe de Diversidade.
O recém-chegado também recebe o que eles chama de budy, um outro funcionário da empresa de uma área diferente da sua, disposto a tirar todas as suas dúvidas e o ajudar com processos internos em que pode a vir ter dúvidas.
Diversidade na Visa
A Visa tem três programas de mentoria distintos, dois deles com foco interno. Um deles, voltado para alavancar líderes mulheres, inclusive, foi lançado em abril, quando a empresa já estava funcionando no esquema de trabalho remoto.
Apesar do programa já estar desenhado, todo o projeto de lançamento teve que ser refeito para transformar eventos que seriam presenciais em chamadas de vídeo. Ele fez tanto sucesso que a ideia é exportar o projeto para outros países da América Latina.
Já na mentoria regular, o próprio mentorado pode escolher quem ele quer que seja o seu mentor. Ainda que tenham algumas regras, em geral, o processo é bem livre para que ambos possam adaptar a mentoria de acordo com as suas necessidades e com o que buscam.
“Se a gente deixa uma coisa com muitas regras perde a pessoalidade, o acordo que eles vão ter entre eles de combinar o jogo”, explica Priscila Mônaco.
O programa mais externo tem foco nas fintechs e em criar familiaridade com o ecossistema de inovação, crucial para o funcionamento de um negócio como a Visa e a constante reinvenção da empresa.
Em relação à diversidade, a empresa já se preocupa com isso em escala global há muitos anos, mas foi necessário pensar em programas que se adaptassem especificamente às necessidades do Brasil. A princípio, 25 colaboradores abraçaram a ideia, que foi muito bem acolhida pela liderança e hoje se divide em quatro frentes:
Gênero
Comunidade LGBTQIA+
Raça
Acessibilidade
Já foram realizadas mais de 40 atividades voltadas para a promoção da diversidade e educação interna como palestras, participação na parada gay, parceria com a ONU Mulheres e várias outras.
“É um trabalho de formiguinha, mas aos pouquinhos a gente vai tendo essa conscientização”, afirma Priscila Mônaco.
Dica final para a sua carreira
Como dica final, para quem deseja trabalhar na Visa ou em qualquer outra empresa, a diretora de RH aconselha “dedicar um tempo para olhar para dentro para analisar e compreender tudo aquilo que nos motiva”.
Busque entender o que você pretende com a sua carreira, afinal, apenas você pode entender qual jornada deseja seguir. "Invistam em conhecimento. Conhecimento nunca é demais e tudo que a gente aprende, ninguém tira da gente", finaliza.