O que Arthur Lira e Rodrigo Pacheco pensam sobre o auxílio emergencial?
Com a eleição dos novos presidentes da Câmara e Senado, saiba qual a opinião de cada um sobre a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial.
Autor:
Publicado em:02/02/2021 às 12:30
Atualizado em:02/02/2021 às 12:30
O deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) são os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente. Ambos foram eleitos em 1º turno, em votação secreta.
Na Câmara, Lira obteve 302 votos, mais do que o dobro de Baleia Rossi (MDB-SP), o segundo colocado na disputa que ficou com 145. Já no Senado, Pacheco recebeu57 votos contra 21 de Simone Tebet (MDB-MS).
Além de representar as Casas Legislativas pelos próximos dois anos, os parlamentares têm o poder de convocar e presidir sessões, e definir a lista do que será votado. Ou seja, eles podem acelerar ou atrasar uma proposta de interesse do Executivo.
Uma das pautas que está em discussão é a prorrogação do auxílio emergencial. Existem projetos de lei que visam estender o benefício — que foi encerrado em dezembro de 2020 — por mais alguns meses.
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco receberam apoio do presidente Jair Bolsonaro e, com a vitória deles, os olhares se voltam para a agenda do Legislativo. Na última quinta-feira, 28, Bolsonaro afirmou que a continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil.
Descubra a opinião de Lira e Pacheco sobre o auxílio emergencial
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Caso haja prorrogação, Arthur Lira defende que benefício seja redesenhado
Ao longo de sua campanha pela presidência da Câmara, Arthur Lira deu sinais contrários à prorrogação do benefício. Ele afirmou não ter como se comprometer com qualquer programa de transferência de renda, como a renovação do auxílio emergencial.
No entanto, caso haja um novo modelo de auxílio emergencial, Lira defende que este seja redesenhado para que consiga atender ao mercado financeiro e, para isso, o governo não poderá aumentar os gastos acima do que é possível pagar.
Para o parlamentar, se houver um novo auxílio, este deverá ser de, no máximo, seis meses, e com orçamento entre R$20 bilhões e R$50 bilhões, dentro do teto de gastos. Segundo ele, o benefício foi importante para manter a economia aquecida durante a pandemia.
O deputado projeta que o pagamento ficaria entre R$200 e R$300, porém disse que não chegou a conversar com o Bolsonaro sobre uma possível prorrogação. Além disso, ele acredita que nada pode ser discutido sem a aprovação de um novo orçamento.
Para assistir famílias, Rodrigo Pacheco defende conciliação matemática
Nesta segunda-feira, 1º, Rodrigo Pacheco afirmou, em entrevista à CNN, que vai buscar "uma conciliação matemática" entre o teto dos gastos públicos e a necessidade de ser ter uma medida de assistência social após o fim do auxílio emergencial.
"O que eu busco é uma conciliação matemática, com fundamentos econômicos e fundamentos sociais, juntamente com a equipe de governo do Ministério da Economia, para que possamos encontrar um caminho de assistir essas pessoas realmente necessitadas", disse.
Para ele, a solução pode ser uma reformulação do auxílio emergencial, que pode ser tanto "um programa de renda básica análogo", quanto um "incremento no Bolsa Família".