Estudar atualidades para concursos públicos nunca foi apenas “ler notícias”. Trata-se de compreender o contexto político, econômico e social em que o Estado atua, e é exatamente isso que as bancas buscam quando inserem esse conteúdo nas provas.
Em dezembro, especialmente, o estudo ganha um peso estratégico: é o fechamento do ano, a consolidação de fatos relevantes e a base para questões interpretativas, interdisciplinares e analíticas.
Neste mês, alguns temas merecem atenção redobrada!
No cenário internacional, a intensificação das tensões entre Estados Unidos e Venezuela reacende debates sobre sanções econômicas, geopolítica na América Latina e o papel das grandes potências na região. É um prato cheio para questões que relacionam política externa, economia e organismos internacionais.
Outro ponto sensível é a nova postergação da assinatura do acordo Mercosul–União Europeia, que expõe dificuldades diplomáticas, entraves ambientais e interesses econômicos conflitantes. Esse tema costuma aparecer associado a comércio exterior, soberania, desenvolvimento sustentável e integração regional.
No noticiário nacional, a tentativa de fuga e posterior captura de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, reforça discussões sobre uso político de instituições, legalidade administrativa e responsabilização de agentes públicos — assunto recorrente em provas de atualidades, direito constitucional e administrativo.
No eixo Ásia-Pacífico, os testes militares da China próximos a Taiwan mantêm o alerta global sobre segurança internacional, equilíbrio de poder e possíveis impactos econômicos mundiais. Bancas gostam de explorar esse tipo de tensão como exemplo de disputas territoriais e geopolíticas contemporâneas.
Fechando o mês, a crise nos Correios e o anúncio de programas de demissão trazem à tona o debate sobre estatais, eficiência da administração pública, impacto social e políticas de reestruturação — temas extremamente alinhados ao universo dos concursos.
Os principais fatos de 2025
O ano de 2025 foi marcado por acontecimentos de grande repercussão. A realização da COP 30 em Belém (PA) colocou o Brasil no centro do debate ambiental global, reforçando o protagonismo do país nas discussões sobre clima, Amazônia e desenvolvimento sustentável.
No campo político-jurídico, a condenação e prisão de Jair Bolsonaro representou um marco institucional, com reflexos diretos em debates sobre democracia, responsabilização de lideranças e funcionamento das instituições.
A relação entre Brasil e Estados Unidos ganhou novos contornos com o tarifaço e as negociações entre Donald Trump e Lula, evidenciando tensões comerciais, diplomacia econômica e reposicionamento estratégico do Brasil no cenário internacional.
Na cultura, o cinema nacional brilhou com o filme “O Agente Secreto”, vencedor de dois prêmios no Festival de Cannes, reforçando a presença do Brasil em eventos culturais globais — tema que pode aparecer associado a soft power e identidade nacional.
Por fim, o cessar-fogo entre Israel e Hamas, com intermediação dos EUA, mostrou mais uma vez o papel das grandes potências nos conflitos internacionais e a complexidade das negociações no Oriente Médio.
Uma palavra final para 2026
Se 2025 foi intenso, 2026 será decisivo para quem estuda. Atualidades não são um conteúdo isolado: elas dialogam com todo o edital e diferenciam quem apenas memoriza de quem realmente entende o mundo em que o concurso está inserido.
Continue, mesmo quando parecer cansativo. Cada notícia compreendida hoje é uma questão a menos errada amanhã. O ano vira, mas o seu projeto de aprovação segue — mais maduro, mais estratégico e cada vez mais possível.
Luiz Rezende - professor de atualidades e especialista em concursos públicos













