Auxílio emergencial deverá ser prorrogado no valor de R$300
Para a extensão do auxílio emergencial, a equipe econômica do governo chegou ao valor de R$300. Anúncio deverá ser feito nesta sexta, 28
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Publicado em:28/08/2020 às 10:27
Atualizado em:28/08/2020 às 10:27
A quinta parcela do auxílio emergencial já está sendo paga, mas esse será o último pagamento no valor de R$600. Apesar da confirmação, feita por Jair Bolsonaro, de que o benefício será estendido até dezembro, ainda não foi definido quanto será pago.
Paulo Guedes defendia que o auxílio fosse de R$200, mas Bolsonaro disse considerar esse valor baixo. Segundo informações do G1, a equipe econômica do governo chegou aos R$300, que foi o valor pedido pelo presidente.
A expectativa é que o anúncio da confirmação desse valor aconteça nesta sexta-feira, 28. Já o Renda Brasil - programa que substituirá o Bolsa-Família - ficará para um outro momento.
Acontece que a proposta feita por Guedes foi recusada pelo presidente. Em declaração na última quarta-feira, 26, Bolsonaro afirmou que as discussões sobre o programa estão suspensas até que o texto seja reajustado.
"Ontem [terça-feira, 25] discutimos a possível proposta do Renda Brasil ,e falei está suspenso. A proposta como apareceu para mim não será enviada ao parlamento. Não posso tirar de pobre para dar a paupérrimos", disse.
Auxílio emergencial deverá ser estendido em R$300
(Foto: Pixabay)
Com redução do auxílio, alguns profissionais terão renda inferior a antes da pandemia
Recentemente, o Datafolha havia mostrado que 46% dos brasileiros tiveram perda de renda durante a pandemia. Um dado interessante nessa pesquisa é que 9% disseram ter aumentado os ganhos, apesar da crise.
Uma das justificativas para esse aumento é o auxílio emergencial, principalmente em regiões que concentram maior número de pessoas em extrema pobreza (que possuem renda per capita de até R$145).
Com o auxílio emergencial, muitas dessas pessoas passaram a receber até R$1.200 - valor superior aos ganhos anteriores à pandemia. Além disso, o benefício também ajudou a compensar a perda de ganhos que muitos trabalhadores tiveram.
Por isso, com a redução do auxílio, as perdas serão ainda maiores para alguns profissionais. É o que aponta um estudo realizado pelo Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo o estudo, cabeleireiros e manicures podem ter queda de 17% na renda, comparado ao que recebiam antes da pandemia. Já para os taxistas e motoristas de aplicativo, é estimada a perda de 12%.
Entretanto, mesmo com a redução, alguns profissionais ainda receberão mais do que a renda usual, como é o caso dos agricultores, operadores de telemarketing, porteiros, zeladores e faxineiros.