Auxílio emergencial: Bolsonaro confirma mais 4 parcelas de R$300

O auxílio emergencial foi prorrogado até dezembro com mais quatro parcelas no valor de R$300. A confirmação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira, 1º. 

Bolsonaro voltou a dizer que R$600 (valor atual do benefício) é "muito para quem paga" e comparou os R$300 ao Bolsa Família - que tem pagamento médio de R$190. "O valor definido agora há pouco é superior a 50% do valor do médio" do programa criado no governo petista.

Antes de realizar o pronunciamento, o presidente ofereceu um café da manhã a líderes do Congresso, com objetivo de acertar os últimos ajustes para a extensão do auxílio. Cerca de 20 parlamentares foram convidados, desde aliados ao governo até alguns que compõem o chamado 'Centrão'.

Também participaram do encontro os ministros Paulo Guedes (Economia), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), e Walter Braga Netto (Casa Civil). 

Prorrogação do auxílio será feita por medida provisória

Pela lei que rege o auxílio emergencial, o Executivo teria o poder de prorrogar o benefício sem a validação do Legislativo, mas, para isso, seria necessário manter o valor original de R$600.

Para efetivar a prorrogação em R$300, o presidente vai enviar uma medida provisória ao Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já sinalizou a Bolsonaro que a Casa vai aceitar o novo valor a ser proposto pelo governo. “Nós [os congressistas] temos responsabilidade”, afirmou.

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O auxílio foi criado para durar três meses (abril, maio e junho). Inicialmente, a proposta feita por Guedes era de R$200, mas o Congresso pressionou um aumento para R$500 e, após aval do presidente, o valor acabou fechando em R$600.

Passadas as três parcelas previstas, o benefício foi prorrogado por mais dois meses, mantendo o valor de R$600. Chegando ao fim da quinta parcela, a equipe econômica do governo sugeriu a prorrogação no valor de R$200.

No entanto, Bolsonaro considerou o valor baixo e sugeriu que a prorrogação até o final do ano fosse de R$300. As cinco primeiras parcelas do benefício demandaram R$254,3 bilhões. Já essa extensão custará mais R$100 bilhões, sendo essa a medida mais cara do pacote anticrise do governo.