Auxílio emergencial: governo edita MP que prorroga benefício até dezembro

A medida provisória que prorroga o auxílio emergencial até o final do ano foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 3.

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Publicado em:03/09/2020 às 08:00
Atualizado em:03/09/2020 às 08:00

A medida provisória que prorroga o auxílio emergencial até o final do ano foi editada pelo governo e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 3. O benefício terá mais quatro parcelas de R$300. 

O texto prevê a cota dupla (R$600) para mulheres chefes de família monoparental. Além disso, os beneficiários não precisarão solicitar as novas parcelas, que seguirão sendo depositadas da maneira atual.

Cada ciclo de pagamentos possui duas datas: a primeira para depósito no Caixa Tem e a segunda para saques e transferências. De acordo com o texto da MP, não vão mais receber os beneficiários que conseguiram emprego formal ou receberam benefício previdenciário, seguro-desemprego ou transferência de renda federal.

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Além disso, os critérios adotados inicialmente permanecem. Portanto, não tem direito ao auxílio quem tem renda per capita superior a meio salário mínimo e renda familiar total acima de três salários.

Também estão vetados quem declarou IR no ano passado, ou seja: quem recebeu, em 2019, rendimentos tributáveis acima de R$28.559,70 e/ou rendimentos isentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superior a R$40 mil; e/ou quem possuía, no dia 31 de dezembro, posse de bens ou direitos a partir de R$300 mil.

Os dependentes dos declarantes do Imposto de Renda nas condições acima também não podem receber o auxílio. Além de moradores do exterior, pessoas que foram presas em regime fechado e menores de 18 anos, com exceção das mães adolescentes.

Outro ponto para o corte do benefício é caso haja indicativo de morte do beneficiário nas bases de dados do governo federal. Todos esses critérios serão verificados mensalmente.

 

Auxílio emergencial
Governo edita MP que prorroga auxílio emergencial até dezembro
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

 

Líderes governistas pretendem deixar MP 'caducar'

Pela lei que rege o auxílio emergencial, o Executivo teria o poder de prorrogar o benefício sem a validação do Legislativo, mas, para isso, seria necessário manter o valor original de R$600. Com a redução, foi necessária a edição da medida provisória. 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já havia sinalizado a Bolsonaro que a Casa vai aceitar o novo valor a ser proposto pelo governo. “Nós [os congressistas] temos responsabilidade”, afirmou.

No entanto, segundo informações do G1, para evitar um embate com a oposição por conta da discussão do novo valor, a ideia de líderes governistas é de não votar a medida, deixando o texto "caducar".

Acontece que, após publicada, a MP passa a valer imediatamente. Sem a votação, ela perde a validade em 120 dias. Como o pagamento vai até dezembro, seria possível realizar os depósitos das próximas parcelas antes do texto deixar de valer. 

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