Auxílio emergencial negado: Lorenzoni anuncia sistema de contestação
De acordo com ministro, sistema deve ser disponibilizado até fim da semana
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Publicado em:04/06/2020 às 05:00
Atualizado em:04/06/2020 às 05:00
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que o governo federal prepara uma nova ferramenta de contestação para pessoas que tiveram o auxílio emergencial negado. De acordo com ele, o novo sistema deve ser anunciado até o fim desta semana. As declarações foram feitas na segunda-feira, 1º.
A análise desses pedidos, segundo Lorenzoni, será feita por servidores especializados do ministério e não apenas pelo sistema de informações da Dataprev. Dessa forma, o ministro acredita ser possível tratar individualmente o problema de brasileiros que não conseguiram acesso ao benefício de R$600.
“A linha de contestação estará aberta para todo e qualquer cidadão e cidadã brasileiro. Aí não é mais máquina. Serão técnicos do ministério que vão trabalhar o caso a caso. Por isso, é mais complexo”, disse à GaúchaZH.
Conforme informou o ministro, de maneira gratuita, os Correios farão o envio de documentações que o cidadão precisar para reanálise. Lorenzoni ainda admitiu falhas no cruzamento de dados do sistema do benefício.
“A lógica que usamos foi atender o maior número de pessoas com a maior segurança possível. Mas, claro, há dificuldades que a gente tem de ir arrumando. Por isso criamos a esteira de contestação para tratar o caso a caso”, destacou o ministro.
Muitas pessoas se enquadram nos requisitos e não recebem o dinheiro por conta da base de dados desatualizada. Há também registros de falhas e fraudes no sistema. O filho do jornalista William Bonner, por exemplo, teve o CPF usado para fazer o cadastro e teve pedido aprovado.
Nesta quarta-feira, 3, o empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, veio à publico contar que foi cadastrado e aprovado no auxílio emergencial. “Alguém me passou a perna, pegou o dinheiro e sumiu. Realmente o cadastro foi feito, mas não recebi nada”, escreveu em suas redes sociais.
O auxílio emergencial foi criado pelo governo para beneficiar trabalhadores informais, autônomos, desempregos e microempreendedores individuais (MEIs) no período da pandemia pela Covid-19.
Segundo o Ministério da Cidadania, 59 milhões de brasileiros receberam o auxílio-emergencial em decorrência da crise econômica pelo Coronavírus. Até esta quarta-feira, 3, a estimativa é de que o quantitativo chegue a 64 milhões.
Quem ficar desemprego até 3 de julho pode pedir auxílio
Quem ficar desempregado até o dia 3 de julho terá direito a receber o auxílio emergencial de R$600. A confirmação foi feita pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em coletiva de imprensa na terça-feira, 2.
O profissional terá que concluir o pedido pelo aplicativo ou pelo site da Caixa até a data limite. Caso peça no dia 4 de julho, por exemplo, não terá a ajuda federal.
“Até o dia 3 de julho, a população pode realizar o cadastramento. Algumas pessoas estavam empregadas e não teriam o direito e podem, ao longo do tempo, passar a ter o direito”, afirmou Guimarães.
O auxílio emergencial de R$600 é uma das ações do governo federal para conter os impactos do Coronavírus. O valor é para trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs).
Para ter direito as três parcelas do benefício, é preciso ser maior de idade e atender aos critérios estabelecidos.
Como por exemplo, não ter emprego formal, não receber outro benefício do governo (com exceção do Bolsa Família), não ter renda familiar mensal maior que R$ 3.135,00 ou R$ 522,50 per capita (por pessoa).