Bolsonaro volta a falar sobre concursos e reajuste de servidores

Presidente Jair Bolsonaro faz balanço sobre concursos públicos e sua gestão e garante reajuste salarial para servidores, se reeleito. Veja!

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Publicado em:21/10/2022 às 09:58
Atualizado em:21/10/2022 às 09:58

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou a falar sobre concursos públicos e reajuste salarial do funcionalismo. Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda na quinta-feira, 20, ele destacou que 'a máquina está inchada'. 

De acordo com Bolsonaro, não foi possível abrir muitos concursos em sua primeira gestão, apenas para áreas prioritárias, como a Segurança.

"Nós praticamente não abrimos concurso. Não é que nós não queremos e somos contra os concurseiros. É que está inchada a máquina. Pode chegar um ponto dela parar de funcionar. Então, abrimos concursos apenas para os essenciais, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal", disse o atual presidente.

Se reeleito, Bolsonaro também afirmou que concederá ganho real, acima da inflação, ao salário mínimo. O que também inclui o reajuste das remunerações dos servidores públicos. 

"O (ministro da Economia) Paulo Guedes anunciou o aumento real do salário mínimo e também para os servidores", relatou.

Na própria quinta, 20, o ministro Paulo Guedes anunciou que o governo estuda repassar a inflação aos salários e avalia maneiras de conceder aumento real em 2023.

"Por exemplo, inflação foi 5%. Você vai dar 6%, no mínimo, pode dar 7%, pode dar 8%. Vai ter aumento real, mais do que a inflação. Aumento real é mais do que a inflação. Está garantido. Declaração do Paulo Guedes", confirmou Bolsonaro durante o podcast.

Presidente Jair Bolsonaro durante discurso
Legenda

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2023, enviado pelo Governo Federal ao Congresso, traz a previsão de reajuste salarial e reestruturação de cargos e carreiras dos servidores do Executivo. O valor reservado para os eventuais aumentos é de R$ 11,6 bilhões.

Se forem considerados os servidores públicos de outros poderes, o valor sobe para R$ 14,2 bilhões.

Bolsonaro fala em 'evitar' concursos para proteger servidores

Em agosto, Bolsonaro já tinha citado que era necessário ter uma contenção no número de servidores. Ele falou em 'evitar' novos concursos para proteger os atuais servidores. "Sei que os jovens ficam chateados, querem concurso. Mas a máquina está no seu limite".

Durante evento da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) com candidatos à presidência, ele enfatizou: "servidor público não gera renda, está aí para colaborar com as políticas públicas". 

Em sua gestão, Jair Bolsonaro e sua equipe autorizaram concursos públicos, sobretudo para a área de Segurança, na Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

"Fizemos concurso para PF, PRF, existe curso em andamento e pretendemos ampliar o ano que vem", disse o atual presidente. 

Para renovar o quadro de servidores, Bolsonaro disse que o Congresso Nacional deve aprovar a Reforma Administrativa. A pauta, que pretende reestruturar o funcionalismo, está parada na Câmara dos Deputados desde 2021.

Depois de ser reeleito, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP AL), afirmou que o Congresso Nacional continuará liberal e reformista. Segundo ele, ainda este ano a Reforma Administrativa pode voltar a ser discutida no Plenário da Câmara. 

“Este ano, ainda dá para debater a Reforma Administrativa. A partir da próxima semana, a gente pode voltar ao andamento da (reforma) tributária e instalação de CPIs”, declarou o parlamentar, em entrevista à Globo News no dia 3 de outubro. 

O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, já tinha anunciado que as discussões sobre a Reforma poderiam ser retomadas após as eleições. Caso o presidente Jair Bolsonaro seja reeleito, é possível que o processo seja acelerado.