Bolsonaro nomeia Rolando Alexandre de Souza como novo diretor da PF

O presidente nomeou o novo diretor-geral da Polícia Federal. Ele será Rolando Alexandre de Souza, que substituirá Maurício Valeixo.

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Publicado em:04/05/2020 às 06:39
Atualizado em:04/05/2020 às 06:39

O presidente da República Jair Bolsonaro acaba de nomear Rolando Alexandre de Souza para ocupar o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

O decreto que anuncia a escolha do delegado foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 4. O documento está assinado, também, por André Mendonça, atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

Rolando é anunciado alguns dias após o Supremo Tribunal Federal revogar a nomeação de Alexandre Ramagem para ocupar o cargo de crefe da Polícia Federal. No mesmo dia, também em edição extra do DOU, Bolsonaro resolveu não recorrer e divulgou um decreto que tornava sem efeito a nomeação.

A escolha de Ramagem foi criticada e questionada principalmente por ser um amigo da família do presidente. O STF alegou em sua decisão que a escolha do presidente fere “aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público”.

No entanto, a escolha do delegado Rolando Alexandre de Souza não foge muito do caminho de Ramagem, uma vez que o novo diretor-geral era considerado o seu 'braço direito' no governo.

Rolando era secretário na Abin e ocupou cargos de chefia na PF

Antes de ser nomeado para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, Rolando era secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência, órgão onde Ramagem ocupa a função de diretor.

Rolando foi indicado para a função pelo próprio Alexandre Ramagem, a convite, assumindo o cargo em 2019. 

De 2018 a 2019, chegou a ser superintendente da Polícia Federal do Estado de Alagoa. Na PF, inclusive, já ocupou cargos de chefia.

Ele já chefiou o Serviço de repressão a desvio de recursos públicos, além de já ter chefiado a divisão de combate a crimes financeiros. Também já esteve à frente da superintendência de Rondônia.

Vale lembrar que a troca de comando na Polícia Federal foi o que originou a saída do ex-ministro Sergio Moro. Ele alega interferências do presidente nas investigações da corporação. Bolsonaro, por sua vez, nega todas as acusações.

(Foto: Agência AL)
Rolando Alexandre é delegado da PF e ocupará o cargo de diretor-geral
(Foto: Agência AL)

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Polícia Federal tem pedido de concurso em análise na Economia

Em meio a esse cenário de mudanças de cargos, a Polícia Federal seguirá na luta pela realização de concursos públicos. O objetivo é amenizar o grande déficit de pessoal na corporação.

No último ano, foram confirmados dois pedidos de concurso PF, que poderão ser realizados ainda em 2020. Juntos, eles somam mais de 800 vagas que depende de serem autorizados pelo Ministério da Economia. 

As chances são para as áreas policial (nível superior) e administrativa (níveis médio e superior). No entanto, essa demanda ainda poderá ser maior. A PF enviou um estudo do déficit de pessoal e espera por um aval com mais de 3 mil vagas.

Em março, o cronograma que foi enviado pela PF ao governo vazou e revelou algumas informações importantes.. Entre elas, que uma suposta autorização que poderá vir já em maio e a oferta em quatro cargos da área policial: escrivão, agente, delegado e papiloscopista.

Pedido de concurso PF 2020

Carreira Requisitos Remuneração 
Agente administrativo Nível médio completo R$4.710,76
Plano Especial de Cargos da PF   Nível superior em várias áreas  R$5.554,87
Agente policial Nível superior em qualquer + CNH   R$12.441,26

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