Cadastros do auxílio emergencial nos Correios iniciam em junho
Agências estão em processo de adaptação dos sistemas para a realização do serviço
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Publicado em:25/05/2020 às 14:00
Atualizado em:25/05/2020 às 14:00
As agências dos Correios passarão a realizar o cadastro para o auxílio emergencial do governo a partir de junho. O benefício no valor de R$600 e R$1.200 para mães solteiras é pago a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs), autônomos e desempregados na tentativa de amenizar os impactos do Coronavírus na renda familiar.
De acordo com a publicação dos Correios, o início do cadastramento estava previsto para esta segunda-feira, 25, no entanto, as agências estão, neste momento, em processo de adaptação dos sistemas para a realização do serviço.
"A data de início do atendimento, as formas de acesso da população e demais procedimentos serão amplamente divulgados pelos canais oficiais da empresa", informa a estatal.
Até o último sábado, 23, a Caixa Econômica Federal já havia creditado R$60 bilhões de auxílio emergencial, somadas a primeira e a segunda parcelas. O benefício já alcançou 55,1 milhões de brasileiros. A segunda parcela já foi paga a 30,4 milhões de informais.
7,8 milhões de brasileiros recebem nesta segunda, 25
A Caixa Econômica Federal credita nesta segunda-feira, 25, novos lotes do auxílio emergencial a 7,8 milhões de trabalhadores. Segundo o banco, serão pagos tanto a primeira parcela, quanto a segunda.
Recebem a primeira parcela: 700 milhões de trabalhadores nascidos em agosto, que estão no novo lote de aprovados; já a segunda parcela será paga a 5,2 milhões de informais nascidos em setembro e outubro e 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família.
Auxílio emergencial: Bolsonaro e Onyx preveem prorrogação
Tanto o presidente da República, Jair Bolsonaro, quanto o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmaram nos últimos dias que o auxílio emergencial pode ser prorrogado. No entanto, o valor deverá ser abaixo de R$600 (valor atual).
Na última sexta-feira, 22, Bolsonaro disse, em entrevista ao programa Pingos Nos Is da rádio Jovem Pan, que seria possível ter uma quarta e quinta parcela do auxílio "para ver se a economia pega". Atualmente, o benefício é pago pelo prazo de três meses.
"Conversei com o Paulo Guedes, que vamos ter que dar uma amortecida nisso daí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$600. Não sei quanto vai ser, R$300, R$400, e talvez tenha a quinta (parcela). Talvez seja R$200 ou R$300. Até para ver se a economia pega", disse o presidente.
No último domingo, 26, o ministro Onyx Lorenzoni disse que uma possível ampliação do auxílio emergencial de R$600 "está em estudo". Ele, no entanto, não respondeu o valor que seria estendido à população.
Já no dia 19 de maio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial após as três parcelas previstas. Ele, porém, defende a redução gradual do valor do benefício e garante que o auxílio não deve ser permanente.
Além disso, segundo o jornal O Globo, o ministro mencionou o valor de R$200 em uma reunião com empresários no dia 19. Durante o encontro, Paulo Guedes citou a necessidade de "suavizar a queda" do pagamento do auxílio.
"Ele falou da possibilidade de pensar em uma fórmula de trabalhar essa saída, uma forma de sair dessa situação sem desproteger as pessoas, na medida em que a crise de saúde também vai diminuindo", disse uma fonte que participou da reunião.
Vale lembrar que o valor de R$200 foi proposto pela equipe econômica do governo na versão original do auxílio emergencial. No Congresso, no entanto, houve a ampliação do benefício para R$500 e, logo após, foi fechado um acordo com o presidente Jair Bolsonaro para elevar a ajuda a R$600.
Segundo um interlocutor, Guedes teria dito que, se o auxílio fosse de R$200, daria para pagar por mais meses. O ministro também ressaltou que, na proposta inicial, eram esperados 30 milhões de beneficiários, no entanto, subiram o valor e o número de beneficiários (60 milhões).
Aprovado pela Câmara e pelo Senado, o auxílio emergencial de R$600 é uma renda básica que, atualmente, é paga pelo prazo de três meses para pessoas que ficaram sem rendimentos, como vendedores ambulantes, feirantes e outros trabalhadores informais.