O Censo dos Concursos 2025 destaca que o ano teve uma alta de 57% no volume dos editais e uma redução no número de vagas ofertadas - foram 302.729 vagas abertas, 43,4% a menos em relação a 2024.
Em paralelo a isso, o perfil do concurseiro mudou: hoje a maioria que estuda para concurso utiliza Inteligência Artificial na preparação (51,9
%), sobretudo para resumos e condensação de teoria. Além disso, esse estudante tem uma média de dois anos de tempo de preparação.
No cenário das bancas, a FGV é a banca mais difícil para os concurseiros, com taxa de acertos em 61% por parte dos estudantes.
Esses e vários outros dados sobre o mercado de concursos está no Censo dos Concursos Públicos 2025, uma pesquisa exclusiva do Qconcursos.
O estudo vai além de um relatório estatístico, consolidando-se como uma ferramenta essencial para os concurseiros, gestores públicos e imprensa, ao detalhar como milhões de brasileiros se preparam para as carreiras públicas.
A pesquisa foi elaborada com base em informações coletadas até 31 de outubro de 2025 e leva em consideração a base de dados do Qconcursos e a resposta de 13.128 concurseiros de todo o país.
Retrato fiel da jornada do concurseiro
A edição 2025 avança no compromisso de oferecer um retrato atualizado da preparação, explorando o ecossistema dos concursos sob a ótica da tecnologia, desigualdade e comportamento.
O Censo 2025 baseia sua análise em uma visão ampliada e contemporânea, combinando:
- Dados reais: milhões de dados de usuários da plataforma Qconcursos
- Pesquisas de comportamento: levantamentos nacionais de perfil, com a participação ativa de concurseiros.
- Indicadores inéditos: destaque para o esforço financeiro do candidato e o impacto da Inteligência Artificial (IA) na rotina de estudos.
O que o estudo revela: tendências e desafios
O estudo traz à tona as principais dinâmicas que moldam o universo dos concursos públicos no momento atual:
- Desigualdade e acesso: o Censo revela os impactos socioeconômicos da preparação, detalhando quanto custa ser concurseiro no Brasil em 2025 e expondo as barreiras de acesso e as disparidades de desempenho.
- Inclusão e diversidade: a pesquisa aprofunda os movimentos de inclusão, com dados detalhados sobre gênero, etnias, Pessoas com Deficiência (PCDs) e candidatos que solicitam condições especiais de prova.
- Transformação digital: são analisadas as tendências emergentes, com foco no uso crescente de Inteligência Artificial, novas modalidades de estudo e a evolução das bancas examinadoras.
- Competitividade: o estudo apresenta indicadores que permitem compreender a competitividade real das áreas e o futuro das carreiras públicas no país.
>> Acesse o Censo dos concursos públicos completo
Mais concursos, menos vagas e domínio municipal
Dentre os principais dados revelados pelo Censo está o número de concursos realizados em 2025. O ano é marcado por uma forte expansão no número de concursos públicos abertos no país, mas com uma drástica redução na oferta de vagas.
O levantamento aponta a abertura de 9.581 concursos públicos em 2025, um aumento expressivo de 57% em relação ao total registrado no ano anterior (2024).
Abril foi o mês que mais ofertou concursos, com 1.655. Entre os editais de destaque foram publicados: concurso PF Administrativo, TRT SP, PM SP (oficial), e TRF4.
Já em relação ao número de vagas abertas, fevereiro registrou o maior volume com 41.945 oportunidades.
Apesar dessa notável expansão no número de concursos, a quantidade total de vagas ofertadas sofreu um recuo significativo. Foram disponibilizadas 302.729 vagas, representando uma redução de 43,4% frente ao volume do ano anterior.
Vagas por concurso caem
O contraste entre a alta no volume de concursos e a queda no total de vagas é evidenciado pela média de oportunidades por edital. Em 2025, a média de vagas por concurso caiu para 31,6, um número muito inferior às 87,7 vagas por concurso observadas em 2024.
- 2025: 31,6 vagas/concurso
- 2024: 87,7 vagas/concurso
Esse dado é crucial, pois indica uma tendência de mais concursos, porém menores, com uma oferta de vagas reduzida por processo seletivo, o que, na prática, eleva a disputa por cada posição.
Municípios assumem a liderança na quantidade de concursos
Outro destaque é a esfera que mais abriu concursos neste ano. Em 2025 a esfera municipal assumiu um papel dominante no cenário.
Pela primeira vez, mais da metade dos concursos realizados em 2025 pertence à esfera municipal, um aumento significativo quando comparado a 2024, quando os concursos de prefeituras representavam pouco mais de um terço do total.
Esse movimento sugere uma maior demanda por contratação nas prefeituras e uma possível reorganização administrativa em nível local, marcada pela abertura de pequenos certames, mas em grande quantidade.
Estados perdem espaço proporcional
Se por um lado os municípios avançaram, por outro os concursos estaduais perderam espaço na distribuição proporcional em 2025. No ano anterior, os estados registraram a maioria dos concursos; agora, embora continuem significativos, representam uma parcela menor do total.
Já quando se trata dos concursos na esfera federal o comportamento é mais constante nestes dois anos. Tanto em 2024, quanto em 2025, a esfera federal representa uma parcela menor do total, sem grandes variações, o que confirma a tendência de publicações menos frequentes e mais pontuais nesse nível de governo.
Sudeste lidera em volume, mas outras regiões crescem
O mapa dos concursos públicos no Brasil em 2025 apresenta uma notável desconcentração geográfica das oportunidades, alterando o cenário que predominou no ano anterior.
Embora o Sudeste continue liderando em número absoluto de concursos, o ritmo acelerado de crescimento em outras regiões redefiniu a distribuição nacional, com destaque para a ascensão do Sul.
Apesar de se manter como o principal polo de concursos do país, o Sudeste viu sua participação proporcional no total nacional diminuir de forma expressiva. Este fenômeno não reflete uma retração na região, mas sim um crescimento muito mais acelerado na abertura de vagas nas demais partes do Brasil.
Ascensão do Sul: a segunda região mais ativa
A mudança mais significativa de 2025 reside no Sul do país. A região praticamente dobrou sua participação em relação a 2024, saltando para o posto de segunda mais ativa.
Esse avanço é impulsionado por uma forte expansão de editais, especialmente nas esferas estadual e municipal, o que reorganiza o equilíbrio regional anteriormente consolidado.
O Nordeste também demonstrou dinamismo ao ampliar sua participação, embora de forma mais gradual e com um ritmo de crescimento mais estável do que o observado no Sul.
De maneira semelhante, o Centro-Oeste registrou mais concursos, ganhando representatividade no cenário nacional. O aumento é notável em municípios e órgãos regionais, sinalizando um fortalecimento do setor público na região, que se mantém em uma posição intermediária no ranking de oportunidades.
A única região a manter uma proporção próxima à de 2024 foi o Norte. Apesar de ter registrado um aumento no número absoluto de concursos, seu crescimento não foi suficiente para alterar sua fatia relativa no total de oportunidades nacionais.
Com estes dados, fica constatado uma forte tendência de descentralização na oferta de concursos públicos. O ritmo de expansão fora do Sudeste está mais forte, conferindo um papel crescente ao Sul, Centro-Oeste e Nordeste na geração de novas oportunidades de carreira no setor público.
Escolaridade e cargos com mais vagas em 2025
Neste ano de 2025, a maior parte dos concursos contou com vagas para quem tem o nível superior de escolaridade, mantendo uma relativa estabilidade em relação a 2024. O dado aponta uma tendência de exigência de maior qualificação.
Distribuição das vagas por escolaridade:
- Nível fundamental: representa 19,67% das oportunidades, registrando queda de 10,8% em relação ao ano anterior.
- Nível médio: corresponde a 33,82% das vagas, retração de 4,5% frente a 2024.
- Nível superior: alcança 46,51%, com crescimento de 9,3%.
Educação foi a área líder em 2025
A distribuição de vagas por cargo sofreu alterações expressivas em comparação a 2024, marcando uma virada para áreas consideradas prioritárias pelos governos.
A área da Educação liderou na quantidade de vagas ofertadas, com o cargo de professor na primeira posição, impulsionado por editais municipais e estaduais.
Funções relacionadas, como especialista em educação básica, pedagogo, educador infantil e técnico administrativo educacional, também estão entre as mais ofertadas, reforçando o movimento de fortalecimento das redes de ensino.
O outro destaque em relação ao volume de vagas foi a área de Segurança Pública. Cargos como policial penal, investigador, agente socioeducativo e guarda civil municipal aparecem com grande volume de vagas, principalmente em concursos estaduais. O dado reflete a necessidade de recomposição de efetivos e expansão das estruturas de segurança.
Já a área da Saúde perdeu o protagonismo da pesquisa anterior. Funções como técnico de enfermagem, médico e enfermeiro continuam relevantes, mas com menor destaque do que em 2024, quando a área da Saúde dominava a oferta.
A área de apoio administrativo mantém força e se faz presente com oferta de cargos como assistente técnico e assistente administrativo entre os mais demandados, garantindo suporte operacional às diferentes estruturas públicas.

Média salarial variou entre R$3 mil e 6 mil
Em 2025, as médias salariais dos concursos públicos apresentaram comportamentos distintos entre as esferas. Nos municípios, houve aumento moderado de 12,89%, indicando um movimento gradual de valorização.
Nos estados, a média caiu 9,20%, impactada pelo grande volume de vagas em Segurança Pública, geralmente com remunerações intermediárias.
Na esfera federal, a queda foi ainda mais expressiva, de 22,07%, devido ao maior peso de cargos técnicos e administrativos, substituindo as carreiras mais bem remuneradas que dominaram o ano anterior.
No conjunto, o ano aponta para uma redução das discrepâncias salariais entre as esferas, impulsionada pela mudança no perfil de cargos ofertados.
Os valores ficaram na média de R$3 mil a R$6 mil.

Perfil dos concurseiros em 2025
Maioria dos concurseiros têm até 29 anos de idade
Ao traçar o perfil do concurseiro brasileiro, o Censo registrou a faixa etária de 25 a 29 anos como dominante, seguida de perto pela faixa etária de 30 a 34 anos. Em terceiro lugar ficou a faixa etária de 35 a 39 anos.
Por outro lado, o menor quantitativo de concurseiros está entre os 55 e 59 anos.
Veja a representação % das 5 faixas etárias majoritárias apontadas pela pesquisa :
| Faixa etária | Porcentagem representativa de concurseiros |
| Entre 25 e 29 anos | 20,57% |
| Entre 30 e 34 anos | 19,87% |
| Entre 35 e 39 anos | 17,18% |
| Entre 40 e 44 anos | 12,28% |
| Entre 20 e 24 anos | 12,15% |
+ Veja os dados completos da faixa etária dos concurseiros em 2025
Mulheres predominam no estudo para concurso
Em relação ao gênero dos concurseiros, o Censo de 2025 registrou a predominância de mulheres. De acordo com os dados, 50,69% de quem estuda para concursos públicos são mulheres, enquanto os homens representam 42,4%.
A pesquisa também apontou que 0,38% são homens transgêneros e 0,37% mulheres transgêneros.
Os números apontam um leve aumento da participação feminina entre os concurseiros, com +5,7% do que no ano anterior.
Já a participação dos homens diminuiu de forma moderada, registrando uma variação negativa de cerca de –8%, correspondente a pouco mais de 4 em cada 10 candidatos.
Candidatos com nível superior são a maior parcela e estão empregados
O grau de escolaridade dos candidatos a concurso público registrou uma maior parcela com formação no ensino superior e pós-graduação. Conforme os números, 31% possuem nível superior completo e também 31% pós-graduação.
Pessoas que ao menos iniciaram a graduação representam 82,55% dos concurseiros neste ano.
Os concurseiros com nível médio completo representam 15,14%. Já os com nível fundamental completo somam apenas 0,56% do total.
A pesquisa também revela o atual status ocupacional de quem estuda para concurso. Conforme os dados, 67,8 está empregada, enquanto 32,2% desempregada.
Outro dado que chama atenção é que metade dos concurseiros que responderam estarem empregados já atua em cargo público (50%), 36% informou estar em empresas privadas, 8% em emprego informal e 6% em negócio próprio.
Etnia dos concurseiros
Quando o assunto é etnia dos concurseiros a maior parcela se autodeclarou branca, seguida de perto por pardo. Veja as porcentagens registradas:
- Branco: 43,96%
- Pardo: 40,6%
- Negros:12,31%
Carreira dos sonhos dos concurseiros
A área Policial foi a campeã de interesse entre os concurseiros neste ano. De acordo com o Censo, houve um crescimento de +5,7%, em relação a 2024. Já a segunda área de maior interesse se manteve a Jurídica, porém em 2025 com uma queda de –11,3%, em relação ao ano passado.
O ranking de interesse entre as áreas ficou da seguinte forma:
- Policial
- Jurídica
- Administrativa
- Tribunais
- Educação
- Saúde
- Fiscal
- Militar
- Bancária
- Controle
Ao fazer um recorte entre homens e mulheres com a preferência de carreiras, há forte diferença entre as áreas escolhidas.
Para as mulheres, as áreas predominantes são Saúde (78% mulheres), Educação (70% mulheres), Tribunais (66% mulheres), área Administrativa (62% mulheres) e Jurídica (61% mulheres) .
Já para os homens, a carreira mais citada é a área Policial com 64% das respostas. As demais carreiras mais escolhidas são Militar (63% homens), Fiscal (59% homens), Bancária (57% homens) e Controle (53% homens).
Renda média dos candidatos é de 1 a 3 salários mínimos
Quando o assunto é a renda média dos concurseiros, grande parcela está na faixa até 3 salários mínimos.
Porém um dado que chama atenção, é o aumento expressivo (+28%) de famílias que informaram ganhar menos de 1 salário.
Os dados revelam um perfil de concurseiro mais popular, que mantém nos concursos a expectativa de aumento de renda e estabilidade.
Tempo de preparação e frequência de estudos
A média de tempo de preparação dos candidatos registrada em 2025 foi de 2 anos, indicando um estudo de médio prazo.
No entanto, a média de quem estuda há menos de 6 meses aumentou +17%, mostrando o interesse de novos candidatos neste ano.
Sobre a frequência de estudos, foi registrada uma rotina mais equilibrada e moderada. A maioria dos concurseiros respondeu estudar entre 3 e 5 vezes por semana.
O maior aumento foi registrado no grupo que estuda de 1 a 2 vezes por semana, com +38%, se comparado ao registrado em 2024.
Frequência de estudos entre os concurseiros:
- 45,67% de 3 a 5 vezes por semana
- 35,5% mais de 5 vezes por semana
- 13,76% 1 a 2 vezes por semana
- 5,07% menos de 1 vez por semana
Motivação para ingressar no serviço público
O fator decisivo para quem quer ingressar no serviço público continua sendo a estabilidade. O fator foi citado por 59,98 dos entrevistados neste ano.
Na sequência está a remuneração (28,32%) e em terceiro vocação, citado por (8,8%).
Diversidade, acessibilidade e representatividade racial
O Censo dos Concursos revelou uma maioria de candidatos negros, que englobam pessoas pretas e pardas, neste ano.
Entre os entrevistados 53% informou ser preto ou pardo, enquanto os demais grupos étnicos somam 46,47%.
Apesar de configurarem maioria nas pesquisas, há uma disparidade marcante em relação às condições econômicas.
Nas faixas de menor renda, a desigualdade fica explícita. 21,44% dos concurseiros informaram ganhar até um salário mínimo, contra 12,5% dos demais candidatos.
Já na faixa de 1 a 3 salários mínimos as porcentagens ficaram em 44,26% candidatos negros e 36,69% demais candidatos.
Esses percentuais demonstram que 65,7% dos candidatos negros vivem com até 3 salários mínimos, diante de 49,2% entre os demais, demonstrando a vulnerabilidade econômica e o papel do concurso como uma via de mobilidade social.
Candidatos PCD e condições especiais de prova
Tratando de inclusão e medidas para apoio a candidatos em condições especiais para realizar a prova, o Censo registrou que apenas 8,74% dos candidatos fez algum pedido neste sentido.
A maioria foi para pessoas com deficiências, o que reforça a necessidade de acessibilidade adequada.
Quanto custa ser um concurseiro no Brasil
Quem decide estudar para concursos públicos no Brasil realiza um investimento de tempo, mas também financeiro. A pesquisa revela que, apesar de gastarem com preparação, a maioria estuda com investimentos baixos.
>>> 64% dos entrevistados gastam menos de um salário mínimo por ano (até R$1.518), o que equivale a R$126 por mês.
Os dados confirmam que o limite financeiro ainda é uma barreira para grande parte dos concurseiros que buscam ingressar no serviço público brasileiro.
Renda x gastos
Ao cruzar as informações de renda familiar e os gastos com os estudos, os dados de 2025 mostram uma limitação evidente com o investimento financeiro. 80% dos participantes do Censo que ganham até um salário mínimo gastam menos de um salário por ano com os estudos.
Já entre quem tem renda acima de 11 salários mínimos, essa proporção cai para 31,75%, e cresce consideravelmente o grupo que investe entre 3 e 6 salários mínimos anuais (17,91%) ou até mais de 11 salários mínimos (5,22%).
Inteligência artificial nos estudos para concurso
Em um ano de grande aumento do uso de Inteligência Artificial, os concurseiros não ficam de fora.
O Censo 2025 mostrou que 51% já faz uso de I.A em sua rotina, enquanto 48,06% ainda não utilizam.
Ao se tratar das ferramentas, a preferida dos concurseiros é o ChatGPT (51,94), seguido por Google Gemini (27,54%), Notebook LM (9,47%), Perplexity (4,01%) e Claude (0,82%).
Como os concurseiros usam I.A
O uso da Inteligência Artificial é feito de forma diversificada. Conforme dos dados do censo a I.A é aplicada da seguinte forma:
-> 18,41% para revisão e correção de exercícios
-> 17,46% para prática de questões
-> 12,62% para revisar questões específicas de banca
-> 12,24% para criação de mapas mentais
-> 7,38% para simular provas discursivas.
Disciplinas, provas e bancas
Português e Matemática seguem como disciplinas mais cobradas
Nas disciplinas que mais caem em provas de concursos públicos houve uma continuidade em relação a 2024.
Português e Matemática seguem liderando, mas algumas matérias ganham destaque, sinalizando tendências do mercado de concursos.
Além delas, Direito Administrativo e Noções de Informática são mais duas disciplinas de destaque, presentes em mais de 500 concursos públicos analisados no Censo 2025.
Neste ano, Direito Constitucional perdeu uma posição, ficando como a 5 disciplina mais cobrada, quando em 2024 foi a quarta.

Disciplinas mais decisivas e que mais reprovam
O Censo dos Concursos traz também dados relevantes sobre o desempenho dos concurseiros nas disciplinas.
As disciplinas mais desafiadoras aos concurseiros apresentam uma taxa de acertos variando de 56% a 67%.
As matérias com menor percentual de acertos foram:
- Direito Empresarial (Comercial) 56,8% de acertos
- Inglês (61,04%)
- Biologia (64,96%)
- Direito do Consumidor (66,23%)
- Enfermagem (66,6)
- Atualidades (67%)
- História (67%)
- Direito Previdenciário (67,03)
- Direito Tributário (67,06%)
- Geografia (67,09)
Desempenho por carreira
Fatores como maturidade de estudo, competitividade e foco teórico influenciam no desempenho dos candidatos, criando diferentes perfis e destacando carreiras.
Segundo a pesquisa, o melhor desempenho em 2025 é entre os candidatos que estudam para carreiras da área de Controle.
As carreiras Fiscal e Bancária fecham o top 3, apresentando os maiores desempenhos dos candidatos.
No grupo intermediário, o desempenho permanece equilibrado entre Administrativa (64,56%), Educação (64,33%) e Jurídica (64,14%), possivelmente porque reúnem um grande volume de candidatos iniciantes, fator que tende a suavizar a média geral, mesmo com a presença de perfis mais experientes.
As carreiras Policial e Militar apresentaram as menores médias , o que também pode indicar concentração de candidatos em fase inicial de estudos.
Bancas mais escolhidas
As bancas organizadoras de concursos públicos formam um tópico importante do Censo, pois podem indicar tendências para a preparação.
Em 2025, a banca independente que liderou como escolhida para os concursos foi a Vunesp, seguida pela Legalle Concursos e o Ibam.
Já levando em consideração também as bancas próprias das instituições, o Top 3 foi:
- Etec
- Faetec
- Unesp
Ao analisar os dados do Censo referentes as bancas que mais realizaram concursos, no entanto, é preciso levar em consideração o alto volume de concursos de prefeituras e em áreas como Saúde e Educação presentes na base do Qconcursos. Já que estas bancas são reconhecidas por atuarem bastante nesses nichos.
Bancas tradicionais como Fundação Getulio Vargas (FGV) e Cebraspe também marcam presença no ranking, mantendo a atuação em concursos de grande porte.
Qual a banca de concurso foi mais difícil de 2025?
O levantamento apontou as bancas em que os candidatos têm mais dificuldades, registrando assim um menor desempenho.
Em 2025, a banca com menor desempenho entre os concurseiros foi a FGV, registrando 61,83%.
A Fundação Getulio Vargas foi a responsável por grandes concursos este ano, incluindo o Concurso Nacional Unificado e é reconhecida na comunidade concurseira como uma banca de alto grau de complexidade.
Suas provas são longas, interpretativas e de forte análise crítica, sobretudo nas
áreas Jurídica, Fiscal e Administrativa.
Outras bancas conhecidas, como o Instituto AOCP aparece na lista em 5º lugar, com 65,62%, enquanto a Fundação Carlos Chagas ficou em 6º lugar e o IBFC em 8º, com desempenho dos candidatos de 66,47%.
Banca preferida dos concurseiros
Perguntados sobre a banca organizadora preferida de 2025, os concurseiros indicaram um resultado bem dividido. A vencedora foi o Cebraspe com 26,59%, dividindo o pódio com a FGV e a Fundação Vunesp.
Os dados mostram que apesar da FGV ser a banca com maior grau de dificuldade, também está entre as preferidas de quem estuda para concurso.
Expectativa de concursos públicos para 2026
Para o professor do Qconcursos, Luiz Rezende, o ano de 2026 pode ser desafiador na abertura de concursos, por se tratar de um ano eleitoral, mas com boas expectativas em concursos grandes e muito esperados, como o concurso INSS e concurso Banco do Brasil.
temos grandes expectativas, começando pelo Banco do Brasil, cujo
concurso é uma necessidade apontada por todas as últimas diretorias.
"Espera-se cerca de 7 mil vagas ou mais para os dois cargos de nível médio: agente comercial e agente de TI. Além disso, já passou da hora de termos um novo concurso do INSS. Entendo que é a entidade da administração indireta que mais está sofrendo com a falta de pessoal e a necessidade urgente de reposição. Nas carreiras policiais, além das polícias civis de vários estados, há grande expectativa para o concurso da Polícia Rodoviária Federal, outro certame anunciado e que pode vir em 2026, tanto para a área policial quanto para a administrativa", diz.






















