Censo 2025: quase 58% dos candidatos recebem até um salário

Com quase 58% dos concurseiros recebendo até um salário mínimo, materiais gratuitos têm feito a diferença na preparação!

Censo dos Concursos
Autor:Mateus Melis
Publicado em:18/12/2025 às 10:00
Atualizado em:10/12/2025 às 09:51

O Censo dos Concursos 2025, produzido pelo Qconcursos Folha Dirigida, indica diversos aspectos dos concurseiros brasileiros, como o perfil socioeconômico dos que sonham em ingressar no serviço público.


De acordo com os dados levantados, a partir de uma pesquisa realizada com 13.128 concurseiros de todo o país, cerca de 58% recebem até um salário mínimo, ou seja, até R$1.518 mensais.


Para o levantamento, foram considerados não só os que informaram receber até um salário mínimo mensal, mas também aqueles que indicaram possuir de um a três salários mínimos, visto que, nesse grupo, há concurseiros que contam com um salário-base nacional.


Segmentando o público, 17,3% ganham menos de um salário mínimo, enquanto 40,6% ganham de um a três salários mínimos.


Entre os participantes da pesquisa, o menor percentual em relação ao ganho mensal é o de concurseiros que possuem mais de 11 salários mínimos (acima de R$16.698), com 3.53%.

Materiais gratuitos ainda fazem a diferença na preparação

Ao analisar os números e, sobretudo, o gasto que os candidatos têm anualmente com concursos, o Censo 2025 revela que 64,25% dos concurseiros gastam menos de 1 salário mínimo por ano (R$1.518). Ou seja, um gasto de cerca de R$126 por mês.


Do total de concurseiros, 28,45% informaram que investem entre 1 e 3 salários mínimos no ano, um valor entre R$1.518 e R$4.554.


O gasto anual entre 3 e 6 salários mínimos (R$4.554 a R$9.108) corresponde a 5,39% dos concurseiros, enquanto os gastos entre 6 e 11 salários mínimos ao ano (R$9.108 a R$16.698) e acima de 11 salários mínimos (mais de R$16.698) ficam em 1,32% e 0,6%, respectivamente.


Com isso, os dados reforçam a importância de materiais de estudo gratuitos ou de baixo custo na preparação dos concurseiros, visto que muitos candidatos não estão dispostos, ou não têm condições, de pagar a mais pelos estudos.


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Censo mostra sacrifícios de quem ganha até um salário mínimo

O impacto financeiro dos estudos para concursos varia conforma a renda do concurseiro.


Gastar o equivalente a R$126 por mês provoca, por exemplo, um impacto muito maior para quem ganha até R$1.518 do que para concurseiros que possuem renda acima de 11 salários (R$16.698).


Enquanto para quem ganha R$1.518 o gasto mensal de R$126 representa cerca de 8% do salário, para candidatos com orçamento de R$16.698 por mês, o percentual não chega a 0,80%.


Materiais gratuitos e de baixo custo, além de proporcionarem um menor gasto ao concurseiro, também podem ser instrumentos de mudança social para aqueles que ganham pouco.


Conforme demonstrado na pesquisa, 64,25% dos concurseiros gastam até um salário mínimo anual na preparação. Os dados, no entanto, reforçam que investimentos elevados são raros:

  • 1,32% destinam entre 6 e 11 salários mínimos ao ano (R$9.108 a R$ 16.698);
  • e só 0,6% ultrapassam 11 salários mínimos.

Apesar disso, o gasto médio anual chega a R$2.011, puxado para cima por esse pequeno grupo que investe mais.


No conjunto, os números reforçam que a limitação financeira ainda é uma barreira expressiva para grande parte dos brasileiros que busca a aprovação no serviço público.

Mito: quem ganha mais investe mais

O Censo 2025 mostra que a renda familiar tem impacto nos gastos com estudo, mas essa influência está longe de ser determinante.


Na prática, o que vemos é uma relação positiva, porém frágil, entre quanto a família ganha e quanto o concurseiro consegue investir na própria preparação.


Entre quem vive com até 1 salário mínimo, a limitação financeira é evidente: 80,18% gastam menos de 1 salário mínimo por ano com estudos.


Já entre aqueles com renda acima de 11 salários mínimos, essa proporção cai para 31,75%, e cresce consideravelmente o grupo que investe entre 3 e 6 salários mínimos anuais (17,91%) ou até mais de 11 salários mínimos (5,22%).


Mesmo assim, a renda não organiza esse comportamento de forma rígida. Entre famílias que ganham de 3 a 6 salários mínimos, por exemplo, ainda há 55,58% que gastam menos de 1 salário por ano, enquanto apenas 6,78% conseguem investir entre 3 e 6 salários — e 0,45%, mais do que isso.


Esse padrão misto revela algo importante: ter maior renda aumenta a chance de investir mais, mas não garante.


De forma semelhante, quem recebe menos costuma gastar pouco, mas não necessariamente, já que o comprometimento da renda é maior do que o esperado para sua faixa salarial.


No fim das contas, o que os dados mostram é que o gasto com estudos depende de vários fatores além da renda, como prioridade pessoal, acesso a materiais gratuitos, modelo de estudo escolhido, tempo disponível, percepção de necessidade de investimento, entre outros.


Assim, embora exista uma tendência de que rendas maiores elevam os gastos, essa relação é fraca, e o comportamento real dos concurseiros é bem mais diverso e complexo do que uma simples relação direta entre "ganhar mais" e "investir mais".

Quase 58% dos candidatos recebem até um salário

(Foto: Divulgação)

Renda tem maior influência em desempenho

O Censo 2025 destaca ainda que ter um maior investimento anual no estudo não significa, necessariamente, aprovação em concurso público.


De acordo com o levantamento, a renda familiar exerce maior influência sobre o desempenho do que o gasto anual com os estudos.


Ou seja, condições estruturais da vida do candidato impactam mais do que o valor investido em materiais para a preparação.


Os concurseiros que ganham até 1 salário mínimo registram média de 59,36%. Pessoas que se enquadram na faixa salarial entre 1 a 3 salários mínimos registram média de 62,88%.


O maior rendimento é o de quem tem renda entre 6 e 11 salários mínimos, com 67,88%. O percentual, no entanto, cai entre os que ganham mais de 11 salários mínimos, ficando em 67,62%.


Os números também revelam um problema social ao se observar cada um dos públicos dessas faixas salariais.


O número de pessoas pretas ou pardas é maior nas faixas salariais de até 1 salário mínimo (21,44%) e de 1 a 3 salários mínimos (44,26%), quando comparado com outros públicos (12,5% e 36,69%, respectivamente).


A realidade se inverte quando comparamos o número de pessoas de outros grupos nas faixas salariais maiores com o de pessoas pretas ou pardas.


Enquanto pessoas de outros públicos estão mais presentes nas faixas entre 3 e 6 salários mínimos, e acima, o quantitativo de pessoas pretas ou pardas é menor.

Como economizar na hora da preparação?

De acordo com os dados apresentados, materiais gratuitos ou de baixo custo podem ajudar os concurseiros a alcançarem uma preparação de excelência.


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