Chief Happiness Officer: por mais felicidade nas empresas

Também chamado de gestor executivo de felicidade, esse profissional tem papel de promover o bem-estar entre os funcionários da empresa.

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Publicado em:26/10/2020 às 08:00
Atualizado em:26/10/2020 às 08:00

Estar em um ambiente de trabalho que proporciona felicidade é importante para os profissionais, mas também para as empresas. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, mostrou que funcionários felizes são 12% mais produtivos.

Um outro estudo da Universidade da Califórnia, nos EUA, concluiu que, com empregados satisfeitos, há aumento de 37% nas vendas e três vezes mais criatividade. Por isso, cada vez mais as empresas entendem que investir em felicidade não é um custo, mas sim um investimento. 

Essa responsabilidade muita das vezes está alocada na área de Recursos Humanos (RH), com ações de engajamento e promoção de qualidade de vida. Por se um ativo estratégico da empresa, esse trabalho também pode estar nas mãos de um profissional da alta gestão.

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Com isso, novas profissões surgem no mercado, como é o caso do Chief Happiness Officer (CHO) ou gestor executivo de felicidade, que está ganhando espaço em empresas públicas e privadas no Brasil.

A principal função desse profissional é criar condições nas quais os colaboradores encontrem o bem-estar, que é um dos fatores mais importantes para o desempenho individual e coletivo. 

 

O Chief Happiness Officer visa trazer mais felicidade para as empresas
(Foto: Freepik)

 

Existe formação para ser CHO?

No Brasil, o Instituto Feliciência foi pioneiro na formação de CHO. A instituição tem um curso que visa formar novos gerentes e garantir que eles sejam capazes de aplicar a metodologia dentro das organizações em que estão inseridos.

Criado em março de 2020, o curso prioriza transferir aos participantes conhecimento científico e metodologia validada para planejamento, implementação e consultoria em programas de promoção da felicidade e do bem-estar no trabalho.

"Para isso, reunimos quatro professores renomados no Brasil e em Portugal, com qualificação internacional e ampla experiência no desenvolvimento de programas corporativos de felicidade", ressalta Carla Furtado, fundadora do instituto.

Durante a formação, alguns temas são debatidos sobre gestão de pessoas e um deles é o combate aos transtornos mentais e comportamentais. No mundo, mais de 264 milhões de pessoas têm depressão, sendo, atualmente, a doença mais incapacitante da vida laboral.

Na economia global, a estimativa é que a depressão custe cerca de US$1 trilhão. De acordo com o instituto, além de se tratar de um problema de saúde público, o empregador também tem responsabilidade de zelar pela saúde de seus funcionários.

"Muitas empresas limitam-se a perguntar o quanto custa investir no bem-estar e na felicidade dos colaboradores. Nós preferimos perguntar quanto custará não fazê-lo", afirma Carla.

Outro transtorno que causa impacto no mercado de trabalho é o estresse. Nos EUA, segundo dados do American Institute for Stress, o prejuízo decorrente apenas do estresse advindo do trabalho atinge a casa dos US$300 bilhões por ano.

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Uma pesquisa realizada na clínica Med-Rio Check-up, no Rio de Janeiro, mostra que o estresse crônico representa o principal fator de risco para a saúde dos executivos. 

Nesse grupo, três em cada cinco homens e uma em cada três mulheres sofrem desse mal. Após a realização de mais de 30 mil check-ups em executivos de ambos os sexos, a clínica observou que:

  • 50% usam álcool regularmente (como relaxante pelo excesso de adrenalina produzida);
  • 26% têm insônia;
  • 25% apresentam alterações das gorduras sanguíneas;
  • 19% têm hipertensão arterial;
  • 16% sofrem de gastrite, entre outros males.

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CHO surge para driblar prejuízos e garantir saúde dos funcionários

O Chief Happiness Officer é o profissional que vai poder aplicar esses conhecimentos sobre felicidade no ambiente corporativo. "Uma coisa é o que dizem os livros, outra é a realidade altamente complexa das organizações - o melhor dos mundos é o encontro das duas", frisa a dirigente do instituto.

O curso conta com metodologia exclusiva do Instituto Feliciência, desenvolvida para a realidade das empresas brasileiras. Durante a imersão, serão estudados os seguintes temas:

  • Psicologia positiva aplicada às organizações;
  • Cultura positiva;
  • Liderança positiva;
  • Employee experience.

A formação é destinada a executivos e analistas de gestão de pessoas, business partners (BI), especialistas em psicologia positiva, especialista em employee experience, especialistas em customer experience e consultores que atuem com gestão de pessoas. 

Ao todo, a formação tem cinco dias de aulas com carga horária de 32 horas. A próxima turma terá início em 1º março de 2021 e vai até o dia 5 do mesmo mês. Os encontros acontecem das 13h às 19h.

Os interessados podem se inscrever no site da Instituto Feliciência. Até o dia 31 de dezembro, o curso poderá ser adquirido pelo valor de R$3.280,00. Após essa data, o preço passa a ser R$4.280,00.