Como as startups estão transformando o mercado de trabalho?
O CEO e sócio-fundador da BizCapital explica como as startups têm impactado o mercado ao permitirem mais inovação e novas formas de se fazer negócios.
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Publicado em:25/01/2021 às 16:30
Atualizado em:25/01/2021 às 16:30
Um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) afirma que, em 2020, o país tinha 12.700 startups. O que essas empresas empresas têm a oferecer ao mercado de trabalho?
Conhecida por ser uma empresa jovem com um modelo de negócios escalável, a startup oferece agilidade e facilidade aos consumidores em diversos segmentos.
"Startup é uma empresa jovem, criada para transformar um mercado. A principal diferença em relação às demais empresas presentes no mercado está na ideia de que uma startup está sendo construída do zero. Isto gera uma série de desafios para quem trabalha nesse tipo de organização. Por outro lado, permite mais inovação e a criação de novas formas de se fazer negócios", explica Francisco Ferreira, CEO e sócio-fundador da BizCapital.
Impacto das startups no dia a dia dos consumidores
Agilidade
Novas alternativas
Novas formas de fazer negócios
Facilidade
A BizCapital, por exemplo, é uma alternativa para que pequenos negócios possam ter conta digital e consigam empréstimos. "Antes do surgimento de empresas como a Biz, praticamente só existiam cinco bancos. Quem tinha empresa, não tinha muita opção. A chegada de startups aumenta a concorrência e traz mais alternativas para os consumidores", ressalta Ferreira.
Mas, afinal, quais são os requisitos para que uma empresa seja considerada uma startup? Talvez, esse seja uma questionamento muito comum para aqueles que não têm um conhecimento prévio do assunto.
Ferreira explica que não existe um requisito específico, já que o termo foi criado para denominar empresas de tecnologia que estavam nascendo e criando soluções disruptivas.
Startups trazem dinamismo e inovação para o mercado
Não podemos falar de startups sem antes citar a criação de soluções inovadoras e tecnológicas para diferentes problemas e demandas do mercado e dos consumidores.
"Acho que essas empresas estão sempre desafiando o mercado e a maneira como as coisas são feitas. Esse modelo acaba oxigenando o mercado de trabalho. Traz novas ideias e visões sobre como decisões são tomadas e os clientes são atendidos", diz.
Entretanto, o surgimento das startups não implica no enfraquecimento das empresas tradicionais já existentes no mercado. Na visão do CEO da BizCapital, o fato de existirem startups traz dinamismo e inovação para o mercado. Dessa forma, mesmo que algumas startups tomem o lugar de grandes empresas, haverá espaço para todas elas.
"Acredito que toda startup tem o objetivo de ser uma grande empresa. Não acho que sejam modelos excludentes. Muitas delas podem tomar o lugar de grandes empresas no futuro. Acho que teremos sempre companhias consolidadas e novos entrantes buscando espaço no mercado. Existem profissionais que se adaptam melhor em startups e outros que gostam mais de grandes empresas. Faz parte do funcionamento do mercado."
Mesmo que não haja uma competência específica para quem deseje trabalhar em uma startup, Ferreira cita a capacidade de adaptação e a flexibilidade como habilidades essenciais nesses profissionais. "As coisas evoluem muito rápido e o profissional precisa ser capaz de mudar junto com a empresa."
Já em relação à cultura organizacional dessas empresas inovadoras, o executivo explica que cada uma tem a sua cultura e que não existe fórmula para o sucesso. Entretanto, acredita que as empresas mais jovens conseguem inovar mais e trazer novidades para o mercado de trabalho.
"A cultura de trabalho remoto já era bem presente em muitas startups mesmo antes da pandemia. Com o crescimento desse mercado, veremos mais inovações e um mercado de trabalho cada vez mais preocupado com o bem-estar das pessoas", finaliza.