Como fazer networking? Curso online e gratuito da FECAP te ensina!

Com duração de 3 horas, o curso oferece certificado

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Publicado em:19/08/2020 às 05:00
Atualizado em:19/08/2020 às 05:00

Networking vai muito além de ter uma lista de bons contatos. É o que afirma Marcos Minoru Nakatsugawa, professor assistente (especialista) de graduação e pós-graduação na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).

De acordo com ele, muitas pessoas ainda confundem esse conceito com “fazer contato com alguém para pedir emprego” ou “obter vantagem profissional". Mas a ideia vai muito além e entendê-la pode ser transformador para as relações profissionais.

"Define-se networking como o uso proativo de uma rede de relacionamentos humanos, trabalhar uma rede de relacionamentos. O homem é um ser relacional, que nasce para se relacionar. Em torno disso é que o networking se constrói."

Para ficar mais claro esse conceito e o entendimento de como fazer networking, o professor divide a ideia em três pilares principais: altruísmo, reciprocidade e reputação.

♦ Altruísmo: esteja disponível a se relacionar e ajudar, praticando efetivamente o networking. Valorize o aspecto relacional do ser humano.

♦ Reciprocidade: uma mão lava a outra. Ajude e seja ajudado. Aceite conexões e responda a seus contatos.

♦ Reputação: ninguém faz relacionamento com uma pessoa que não tem reputação, algo que se constrói ao longo do tempo. No LinkedIn, apresente-se com uma foto profissional, forneça informações completas sobre seus históricos acadêmicos e profissionais, compartilhe conhecimento e experiências com sua rede.

Para quem quer aprender ainda mais sobre networking, no curso on-line gratuito do professor, "Networking: Mitos e Verdades em Gestão de Carreiras", o aluno tem a oportunidade de aprender as bases conceituais e práticas do assunto.

Lá, ele aborda a importância do networking e esclarece as principais dúvidas em relação ao que é se relacionar de modo correto, tanto do ponto de vista pessoal como profissional.

A carga horária é de 3 horas/aula e tem certificado de conclusão, se o aluno obtiver aproveitamento mínimo em uma prova on-line. As inscrições ocorrem no site da Fecap.

Notícias de empregos

Regra de ouro para quem está procurando emprego

Se você está fora do mercado e quer ser inserido, ou seja, se está procurando emprego, o  especialista chama a atenção para alguns pontos comportamentais importantes para não passar a mensagem errada.

A “regra de ouro” é: não se ofereça! Muito melhor do que isso, ele defende, é fazer com que as outras pessoas queiram pedir o seu currículo. Para isso, ele ensina uma técnica, que, basicamente, consiste em chegar aos poucos. 

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No LinkedIn, por exemplo, o perfil informa se você está empregado ou disponível para o mercado. Por isso, ao fazer uma conexão com alguém, a outra pessoa que recebe o convite pode pensar que há algum "interesse comercial". 

Procure caminhos mais discretos. Descubra afinidades com a pessoa, ele orienta. Veja se conhecem alguém em comum, se trabalharam na mesma empresa, estudaram no mesmo lugar. 

Depois disso, o profissional pode se apresentar para trocar experiências. E, ao final da conversa, naturalmente o papo caminhará para algo como: "Então, você está procurando uma colocação? Envie-me seu currículo."

O professor usa um exemplo: 

"Quando você vai a uma balada ou festa, não sai "distribuindo o currículo" (neste caso: dizendo que, por exemplo, beija bem ou enaltecendo seus atributos físicos). Você conversa com as pessoas, busca afinidades, coisas ou interesses em comum. Isso ocorre também no networking para trabalho."

Para Marcos, o brasileiro faz networking da forma errada, o que acaba reforçando o preconceito em relação ao assunto. A liberdade que se tem acaba gerando alguns excessos.

"Se alguém o(a) aceita no LinkedIn, você já se sente com liberdade de mandar currículo e pedir emprego."

Networking na pandemia pode ser feito por meio das redes sociais
Networking na pandemia pode ser feito por meio das redes sociais
(Foto: Reprodução)

‘Quem não é visto não é lembrado’

O ditado popular, diz o especialista, também pode ser aplicado na ideia de networking. Mas ele novamente chama a atenção para que ninguém passe dos limites. 

Marketing pessoal, ensina: não pode ser confundido com ‘aparência’, simplesmente. Usar essa ferramenta para mostrar habilidade ou coisas que o profissional na verdade não tem, por exemplo, é errado.

"O marketing é uma forma de divulgar um produto que tenha características e qualidades únicas ou evidenciar algo que diferencie aquele produto. O problema é fazer alarde sem ter qualidades."

Por outro lado, quem tem competências não só pode como deve usar o marketing para se mostrar ao mercado. Do contrário, pode cair na ‘invisibilidade’ diante do meio profissional e acaba também abrindo espaço para pessoas que não possuem conteúdo ou competência. Muitas até se projetam apenas por serem mais "marketeiras".

"Já vi pessoas terem muito conteúdo e perderem oportunidades por não gostarem de aparecer. Resistem tanto a fazer marketing pessoal que perdem oportunidades de mostrar seu bom trabalho e contribuir para as empresas, ao contrário de outras que chegam a prejudicar os negócios com sua incompetência."

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Como fazer Networking na pandemia?

Com as medidas de distanciamento social muitas pessoas podem achar que está mais difícil fazer networking. Mas, para o professor, não é verdade, existem inúmeras formas de fazer isso mesmo sem sair de casa. 

"As pessoas estão mais disponíveis em casa. Ficam conectadas a maior parte de seu tempo, o que facilita ver e responder a uma mensagem, por exemplo. Fazer networking se tornou mais prático, visto que não é preciso se deslocar, participar de reuniões ou eventos presenciais para conhecer e interagir com as pessoas. Fazer conexões no LinkedIn é algo que não necessita de contato pessoal. O segredo está em como nutrir essa rede de relacionamentos."

As redes sociais potencializam o networking e podem ser usadas de forma muito eficiente, desde que se respeite o propósito de cada uma delas. 

O LinkedIn, por exemplo, é a rede profissional por excelência, mas também dá para trabalhar a imagem profissional no Facebook ou no Instagram, dependendo de como essa divulgação é feita. 

Ele recomenda que a primeira conexão seja feita pelo LinkedIn e depois a pessoa pode avançar, sugerindo uma reunião virtual ou um café on-line. Por fim, o professor diz que é preciso tomar cuidado com a ansiedade. 

"Não se pode ser imediatista. É de bom tom conversar com suas conexões, perguntar se estão bem (o momento exige isso, a propósito), mandar artigos sobre assuntos de interesse. É um trabalho de formiguinha, uma semente que, em algum momento, vai dar flor."

Para quem quer aprender ainda mais sobre networking, no curso on-line gratuito do professor, "Networking: Mitos e Verdades em Gestão de Carreiras", o aluno tem a oportunidade de aprender as bases conceituais e práticas do assunto.