Como se tornar uma empresa ‘Great Place To Work’? Confira!
Gerente de Recursos Humanos da Kinghost, presente no GPTW 2020, explica o que é preciso para entrar no ranking de melhores empresas para trabalhar.
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Publicado em:18/11/2020 às 17:30
Atualizado em:18/11/2020 às 17:30
Ser reconhecida pelos funcionários como um bom lugar para se trabalhar é um dos propósitos de muitas empresas. Anualmente, a Great Place to Work (GPTW) certifica e reconhece as melhores organizações a partir da experiência dos seus colaboradores.
Recentemente, o ranking GPTW premiou as 150 melhores empresas de pequeno, médio e grande porte no Brasil.
São selecionadas organizações que apresentam práticas de excelência para qualidade de vida dos funcionários, políticas para assédio moral, gestão da diversidade e formação de líderes, sendo inspirações e tendências para o mercado.
Pesquisa de clima: É feita a pesquisa Trust Index com funcionários para medir a qualidade do ambiente de trabalho.
Comentários: Funcionários comentam sobre o que faz da sua organização um excelente lugar para trabalhar e como poderia ser ainda melhor.
Práticas culturais: A empresa informa suas práticas culturais juntos aos funcionários.
Material adicional: Rankings temáticos e questionários adicionais para permitir uma análise mais aprofundada sobre temas.
Entre as 40 primeiras de médio porte está a KingHost, empresa de soluções digitais. Folha+ conversou com Fernanda Pauletti, gerente de Recursos Humanos da KingHost para saber o que é preciso para figurar nesse ranking.
Se você tem uma empresa e quer se candidatar à GPTW, continue a leitura.
Como se preparar para participar do GPTW?
Fernanda Pauletti, gerente de RH da
Kinghost (Foto: Arquivo Pessoal)
De acordo com a gerente de Recursos Humanos da Kinghost, a preparação para participar do GPTW consiste em analisar os resultados da pesquisa anterior, criar planos de ações visando melhorias e manter a escuta ativa.
Além de proporcionar um ambiente acolhedor, seguro e com muitas possibilidades de desenvolvimento profissional e pessoal.
“Em síntese: ações para a manutenção de relações de confiança, promovendo relações transparentes e ganha-ganha entre colaboradores e empresa”, detalhou Fernanda Pauletti.
Ela explicou que, todos os anos, a KingHost faz uma análise dos resultados da pesquisa anterior da Great Place do Work. A partir dos dados coletados, elabora um plano de ações para os times e para o corporativo, que são conduzidos pelos gestores, em parceria com o RH.
“Com isso, é possível evoluir em clima, com resultados legítimos de um trabalho consistente realizado durante todo o ano. Ser coerente internamente e externamente”, revelou Fernanda.
Qual a estratégia para figurar entre as primeiras na lista do GPTW?
A estratégia da Kinghost para entrar no ranking da GPTW, segundo Fernanda, se traduz em três principais tópicos:
Criar e manter relações de confiança, promovendo ganha-ganha para todos;
Gestão e RH atuando em conjunto, sendo/sentindo-se responsáveis;
Manter e aprimorar a cultura para a satisfação de todos os envolvidos.
“Norteamos nossas ações em torno desses três principais tópicos, envolvendo nossos colaboradores nessa cultura e relação de confiança”, explicou.
É preciso ter escuta ativa para satisfazer os colaboradores?
Segundo Fernanda Pauletti, escutar os colaboradores é a base para todas as melhorias que a KingHost realiza anualmente. Por meio dos espaços de escuta, são realizadas novas ações de comunicação e endomarketing, inclusão de novos benefícios e práticas.
“O momento também contribui para essas decisões, como por exemplo, oferecer um benefício de apoio psicológico e desenvolvimento pessoal neste ano foi uma decisão tomada pelo contexto de pandemia”, esclareceu a gerente.
Por exemplo, a Kinghost fomenta a cultura People Centric. Isto é, colocar os funcionários no centro das decisões.
“A cultura People Centric está presente em todas as ações que a empresa faz, pensando sempre em manter o humano no centro”, destacou.
A gerente de RH completou: “Estar atento às práticas realizadas e ao mercado externo contribui também para que a empresa ofereça o melhor aos seus colaboradores. O principal "canal" de escuta é a gestão”, destacou Fernanda.
Investimento em pessoal pode ir além do financeiro?
Para a gerente de Recursos Humanos da Kinghost, investir no bem-estar dos funcionários pode ir além do financeiro.
“Além dos espaços de conversa e liberdade que nossos colaboradores possuem, incentivamos as relações de confiança dentro da KingHost. Por exemplo, durante o mês de aniversário, cada colaborador tem um dia off, que chamamos de KingDay, para poder curtir a data com a família ou da forma que preferir”, exemplificou.
Além disso, a empresa fomenta a cultura de inclusão e diversidade. Durante o trabalho home office, por exemplo, ocorreu a prática de yoga, ginástica laboral diariamente via plataforma de videoconferência.
Conforme informado por Fernanda, investir no colaborador faz parte do DNA da empresa. Por isso, a Kinghost não encara os gastos com os funcionários como sendo caros e sim como um investimento.
“Ter uma empresa na qual os colaboradores se sentem motivados, felizes e podem ser quem eles são, é o que queremos para manter um excelente clima e união entre os colaboradores. Ser transparente e buscar o equilíbrio entre pessoas e negócio”.
Dica para uma pequena empresa promover o bem-estar dos funcionários
Para Fernanda, cada empresa tem a sua própria cultura, mas a principal dica é: escutar os seus colaboradores.
Segundo ela, são eles que irão dizer quais práticas, ações e benefícios gostariam de ter, além de serem eles mesmos que irão legitimar tudo isso.
“Aplicar pesquisas para entender seu público interno e desenvolver a liderança também são itens importantíssimos nesse processo. Além disso, estar atentos ao mercado, práticas e ações de outras empresas pode ajudar a ter novas ideias e não ficar desatualizado. Ser transparente e buscar o equilíbrio entre pessoas e negócio”, concluiu.