O Ministério da Educação (MEC) anunciou, na última semana, a realização de uma Prova Nacional Docente (PND), que vem sendo chamada de CNU para professores.
Mas como vai funcionar essa seleção? Em resposta ao Qconcursos Folha Dirigida, o MEC trouxe essa explicação.
Os entes federativos, como estados e municípios, poderão usar a Prova Nacional Docente como uma etapa de seus concursos para admissão de professores na rede pública.
Primeiro, o MEC abrirá um prazo para a adesão dos estados e municípios. Em seguida, as redes publicam os editais de seus concursos, explicando como será o processo de seleção.
Os editais devem determinar se apenas a nota da PND será usada e se terão etapas adicionais, como a prova prática.
O passo seguinte será a inscrição na Prova Nacional Docente, pelo site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a divulgação da lista de redes que aderiram.
Em seguida, os candidatos realizarão as provas e terão os resultados divulgados.
"O professor que realizar a prova poderá usar sua nota para concursos que tenham a Prova Nacional como etapa. Após adesão pactuada com estados e municípios, as redes têm autonomia para usar os resultados (classificatório, eliminatório, ou complementar à prova prática)", disse o MEC, em resposta à reportagem.
MEC explica funcionamento da prova unificada para professores
(Foto: Luis Fortes/MEC)
A prova não terá um novo de vagas e aprovados pré-definido. Cada professor poderá usar a nota como etapa dos concursos participantes.
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O Ministério da Educação já disponibilizou o cronograma da Prova Nacional Docente de 2025. A aplicação ocorrerá no mês de novembro, em todo o país.
Confira as datas divulgadas para cada etapa do processo:
A PND é um dos eixos do Programa Mais Professores para o Brasil, lançado pelo Governo Federal para incentivar a docência e promover a valorização e a qualificação dos professores no país.
Na visão do Ministério da Educação, a prova nacional auxiliará na seleção de professores mais qualificados para as redes de ensino.
"É menos dispendioso e a seleção, a nível nacional, com a matriz do Enade Licenciaturas, garante a qualidade do exame", afirmou o MEC.
A Prova Nacional Docente não consistirá em uma certificação para o ofício da docência, mas uma porta de entrada adicional para as redes de ensino.
O programa busca estimular a realização de concursos públicos, com a redução de custos para a aplicação das provas e também para garantir uma maior qualidade dos professores.
De acordo com dados do MEC, 63% dos municípios não realizaram concurso público nos últimos cinco anos. Em média, os concursos ocorrem a cada 7,5 anos, nas redes municipais, e a cada cinco anos, nas redes estaduais.
A estimativa é de que mais de 1,8 milhão de professores se inscrevam na prova até o ano de 2030. Uma portaria a ser publicada pelo Ministério da Educação (MEC) regulamentará a PND.
De acordo com o MEC, a PND será feita por meio do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) licenciaturas, que passou a ser anual, desde 2024.
"A ideia é que o Enade possa ser a prova de seleção de ingresso da docência", confirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, durante o lançamento do programa Mais Professores para o Brasil no dia 14 de janeiro.
A prova do Enade Licenciatura é dividida em dois componentes:
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é o organizador da prova do Enade e, agora, também da Prova Nacional Docente.
Um dos desafios do Ministério da Educação será convencer docentes mais experientes a fazerem o Enade. Isso porque a prova é tradicionalmente ligada aos estudantes de cursos de licenciatura.
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