Quase não há conteúdo na internet sobre o trabalho da Abin, e isso é de se esperar: é um quadro pequeno e de pessoas que normalmente entram lá e nunca saem (não porque é um tipo de Hotel California, mas porque é uma boa carreira).
Eu trabalhei 6 anos na Abin, um ano como agente de contrainteligência e 5 como assistente do Diretor Adjunto, o segundo na hierarquia do órgão, responsável pelas decisões sobre a atividade-fim (produção de conhecimento e operações).
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Aqui estão algumas coisas que eu aprendi:
- Nem todo mundo que trabalha na Abin é secreto, mas convém que você não saia falando pra todo mundo que vai prestar o concurso;
- O cargo de Oficial de Inteligência, especialmente, é para quem gosta de escrever;
- É um órgão cada vez menos militarizado (que bom);
- Você poderá ter porte de armas, mas arma não é ferramenta de trabalho do profissional da carreira;
- Você aprenderá muitas coisas que provavelmente só aprenderia lá;
- É um órgão muito hierarquizado;
- Para quem trabalha em operações, o rolê é 95% espera e 5% ação;
- É possível ser bem realizado lá desde que você chegue com a mentalidade certa;
- É importante que você saiba e queira lidar com pessoas;
- O órgão tem muita necessidade de gente BOA pra trabalhar;
- Se você tiver disponibilidade, viajara bastante a trabalho;
- Especialmente como oficial Área 1, você terá possibilidade de lotação no Brasil todo;
- A remoção é possível mas, como em todo órgão, tem suas dificuldades;
- A infraestrutura da sede é incrível.
Fernando Mesquita
Especialista em concursos públicos, diretor de mentorias no Qconcursos.