Na última sexta-feira, 16, a ministra Esther Dweck convocou uma coletiva de imprensa para anunciar a autorização de concursos públicos para provimento de 4.436 vagas em 20 ministérios.
Entre os contemplados neste pacote está o Ministério de Minas e Energia (MME). O órgão superior foi autorizado a realizar concurso público para o preenchimento de 30 vagas para o cargo de administrador.
"A gente usa alguns critérios objetivos para definição da necessidade de concurso como quantitativo de perda de servidores nos últimos anos e idade média dos servidores da ativa. Esses concursos são uma forma de reforço da máquina estatal para oferecimento de serviços públicos como determina o presidente Lula", afirma a ministra Esther Dweck.
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Concurso ANM de 2021 terá mais 24 convocações
(Foto: GOV BR)
Último concurso ANM teve edital publicado em 2021
O último concurso ANM teve seu edital publicado em dezembro de 2021. Na ocasião, a Agência Nacional de Mineração selecionou profissionais para o preenchimento de 40 vagas.
O quantitativo foi distribuído pelos Estados de Minas Gerais (17), Pará (seis), Mato Grosso (duas), Bahia (duas) e São Paulo (duas), além do Distrito Federal (dez).
Todas as oportunidades foram para a carreira de especialista em recursos minerais, que exigiu graduação em Geologia e Engenharia (Geológica, Hídrica, de Minas, Civil, Ambiental ou Florestal).
Os convocados teriam ganhos de R$9.909,30, para atuação em uma das seguintes capitais escolhidas no momento da inscrição: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Salvador e São Paulo.
Vale lembrar que todas as vagas foramo efetivas. Os candidatos nomeados foram subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União (estatutário).
Após concurso, ANM ainda enfrenta déficit
Passados quatro anos desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em Minas Gerais (2019), as atenções se voltaram para o déficit de pessoal nas agências reguladoras do país.
Sem concursos, faltam servidores na fiscalização, e, consequentemente, novos desastres podem ocorrer.
Na Agência Nacional de Mineração, por exemplo, a equipe de fiscalização voltada exclusivamente para as barragens de rejeito sofre hoje com a falta de 40% do seu quadro de servidores.
Os dados do Portal da Transparência, das próprias agências e do Sinagências, revelaram que a ANM atua com pouco mais de 600 servidores, o que significa um rombo de 68,7% em sua força de trabalho.
"Sem dúvidas, estamos diante de um apagão generalizado e, se nada for feito, essas agências vão colapsar", disse ao Estadão o presidente do Sinagências, Cleber Ferreira.
No caso da ANM, um concurso público foi realizado em 2022 (provas e demais etapas). No entanto, as nomeações só foram realizadas no dia 6 de fevereiro deste ano.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou trechos da Lei Orçamentária Anual (LOA) para este ano.
Neste caso, o Planalto lembrou que dispositivos que embasavam aumento de despesa com pessoal na ANM haviam sido vetados em uma lei de 2022.
Pela mesma razão, o presidente vetou a destinação de R$59,2 milhões para reajuste salarial nas carreiras da agência.
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