Concurso ANTT 2022 pode ter 412 vagas de níveis médio e superior

O concurso ANTT 2022 será pedido com 412 vagas em cargos de níveis médio e superior. Solicitação dependerá de aval do Ministério da Economia

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Publicado em:25/05/2021 às 16:04
Atualizado em:25/05/2021 às 16:04

O concurso ANTT 2022 será solicitado ao Ministério da Economia com 412 vagas.

A informação é da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que promete protocolar o pedido junto à pasta que autoriza concursos até o próximo dia 31 (prazo limite estabelecido pelo Governo Federal).

Se autorizada, a seleção da autarquia contará com oportunidades em cargos dos níveis médio e superior.

As remunerações podem chegar a R$15.516,12, e o regime de contratação é o estatutário, com estabilidade.

A distribuição das vagas solicitadas pela ANTT é a seguinte:

Nível médio

Técnico administrativo - 88 vagas - R$7.474,67
Técnico em regulação - 220 vagas - R$7.846,37 

Nível superior 

Analista administrativo - 36 vagas - R$14.265,57 
Especialista em regulação - 68 vagas - R$15.516,12

Concurso ANTT: tudo sobre o cargo de técnico em regulação

As informações constam de resposta da agência reguladora no sistema Acesso à Informação do Governo Federal. 

Folha Dirigida já está em contato com a autarquia para confirmar se a solicitação já foi protocolada na Economia.

O novo pedido de concurso já era esperado, conforme revelado pelo gerente de Gestão de Pessoas da ANTT, Cléber Dias, em entrevista à Folha Dirigida em março.

Para 2022, a solicitação conta com um número de vagas maior do que o apresentado 2020, para 394 vagas. As carreiras são as mesmas e a ANTT segue priorizando os cargos mais específicos, ou seja, da área da regulação.

Gestão de Pessoas otimista por autorização do concurso ANTT

A ANTT tem otimismo para contar com uma autorização do Governo Federal.

De acordo com o gerente de gestão de pessoas, Cleber Dias, foram elaborados todos os estudos e argumentos necessários para sustentar a necessidade e a importância da seleção. Por isso, ele afirma que as expectativas são, sim, positivas. 

“O concurso é urgente. Entendemos que o momento é difícil, mas também entendemos que a realidade da ANTT exige esse olhar bastante cauteloso. Nós somos responsáveis por uma parcela significativa do desenvolvimento de infraestrutura do país."

Assista entrevista com o gerente de Pessoas da ANTT [VIDEO id="9573"]

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Mais da metade dos cargos estão vagos

O que pode pressionar o governo a conceder uma autorização é o cenário do quadro de pessoal da ANTT. A lei de criação da agência prevê um quadro de pessoal com um total de 1.705 servidores. Porém, de acordo com Cleber Dias, quase metade desses cargos estão desocupados atualmente. 

São apenas cerca de 55% das vagas preenchidas, ou seja, cerca de 938 cargos. Outros 767 estão desocupados e só poderão ser preenchidos quando houver um novo concurso público. 

Não bastasse a carência por si só, o gerente de gestão de pessoas ainda destaca que ela é calculada a partir de uma projeção antiga.

Acontece que a lei que criou os 1.705 cargos da ANTT é de 2004 e, portanto, baseada nas necessidades daquela época. Hoje, mais de 17 anos depois, as coisas mudaram bastante. 

“Em 2004 a ANTT tinha uma realidade. Hoje é outra. Se tínhamos cerca de quatro concessões para dar conta naquela época, hoje são mais de 20. É um desafio muito grande. Temos feito nossa parte, óbvio, mas isso gera uma demanda alta dos servidores. A gente precisa desse reforço, de mais servidores dispostos para, cada vez mais, entregar resultados ainda melhores para sociedade.”

A ANTT administra atualmente 22 concessões de rodovias, totalizando aproximadamente 10.355 quilômetros. Quilômetros esses que demandam fiscalização e, portanto, um bom número de profissionais atuando. Essa razão de existir da agência também pode ajudar no processo de autorização.

Último concurso ANTT aconteceu há oito anos

Publicado em 2013, o último concurso para a ANTT ofereceu 135 vagas nos níveis médio e superior. Foram concorridas dez vagas de técnico administrativo, 45 de técnico em regulação, 17 de analista administrativo e 63 de especialista em regulação. 

A maior parte das vagas era para lotação em Brasília. Mas outros municípios como Boa Vista/RR, Rio Branco/AC e Porto Velho/RO também contaram com chances.

Sob organização do então chamado Cespe/UnB (hoje Cebraspe), os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas abrangendo Conhecimentos Básicos e Conhecimentos Específicos. 

Também foram aplicadas provas de redação; avaliação de títulos (para os cargos de nível superior) e curso de formação para especialista. Os exames foram aplicados em todas as cidades para as quais os candidatos concorreram.