Concurso Bacen lotação: saiba onde os aprovados podem trabalhar
Você sabe onde são lotados os aprovados no concurso Bacen? FOLHA DIRIGIDA listou os principais locais de trabalho dos servidores. Confira!
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Publicado em:19/06/2020 às 04:00
Atualizado em:31/07/2023 às 04:30
Os aprovados no concurso do Banco Central do Brasil (BCB/Bacen) podem ser lotados em dez municípios diferentes. A maior concentração é em Brasília. Mais de 42% dos servidores trabalham na capital federal.
Além disso, há chances para lotação em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém. De acordo com a instituição financeira, dos 3.589 aprovados no concurso Bacen até hoje, 18,4% atuam em São Paulo, por exemplo.
Na tabela abaixo, veja a porcentagem de servidores por lotação:
3.589 servidores no Banco Central (dados de abril/2020)*
As porcentagens são referentes aos três cargos efetivos da estrutura do Banco Central: técnico (nível médio), analista (nível superior) e procurador (nível superior em Direito). Mas, os editais do concurso Bacen são regionalizados e trazem as vagas distribuídas por região?
A última seleção para ingresso no BC, realizada em 2013, teve o número de oportunidades dividido por praça de lotação. Dessa forma, a inscrição deveria ser feita para um local em específico.
As provas, na época, foram aplicadas nas dez capitais com possibilidade de lotação. Os candidatos a técnico e analista foram avaliados por provas objetiva e discursiva, além de avaliação de títulos (apenas para analista) e programa de capacitação.
O Banco Central enviou um pedido ao Ministério da Economia para autorização de novo concurso público. A instituição, porém, não revelou para quais localidades há maior carência de servidores.
De acordo com o último levantamento divulgado, o Bacen registra 2.881 cargos vagos, sendo 2.334 para analistas, 401 para técnicos e 136 para procuradores.
A solicitação para novo concurso Bacen é de 260 vagas para preenchimento em 2021. O número foi confirmado com exclusividade à FOLHA DIRIGIDA pela Assessoria de Imprensa do Banco Central. Agora, o pedido está em análise pelo Ministério da Economia.
Das vagas pleiteadas, 30 são para técnicos, 200 para analistas e 30 para procuradores. Esse é mesmo número solicitado pelo Banco Central em 2019, ao qual foi negado pelo governo federal.[tag_teads]
Em resposta ao pedido, o Ministério da Economia apontou “a indisponibilidade de autorização de novos concursos públicos em face da atual situação fiscal do país”. Ainda assim, o Departamento de Gestão de Pessoas do BC afirma que a instituição está comprometida com a recomposição mínima do quadro de servidores.
“O Banco Central enviou nova solicitação equivalente à do ano passado (200 vagas para analistas, 30 para técnicos e 30 para procuradores), mas permanece considerando baixa a probabilidade de atendimento, dado o cenário fiscal. O BC continuará mantendo o Ministério da Economia constantemente atualizado quanto à necessidade mínima de reposição de seus servidores”, consta em nota enviada à reportagem.
A carreira de técnico do BC tem como requisito o ensino médio completo. Os salários são de R$7.741,31, incluindo o auxílio-alimentação de R$458. Já o cargo de analista exige o nível superior em qualquer área de formação. As remunerações são de R$19.655,06.
Para ser procurador do Banco Central é necessário ter Bacharelado em Direito e exercício comprovado de dois anos de prática forense. Após a aprovação em concurso, os ganhos são de R$21.472,49 por mês.
No aguardo da autorização do Ministério da Economia para realizar concurso, a autonomia do BC pode ser uma saída favorável para o novo edital. Uma vez que a instituição financeira não dependeria mais do governo federal para suprir a vacância de servidores.
Tramitam no Congresso Nacional dois projetos de lei que propõem a independência do Bacen. O mais avançado é o projeto de lei (PLP 19/2019), protocolado no Senado pelo senador Plínio Valério. O texto teve aprovação no dia 18 de fevereiro, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.
Dessa maneira, segue com pedido de urgência para análise do Plenário. O projeto poderia ser votado em março, como informou Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.
Com a pandemia do Coronavírus, no entanto, a discussão em Plenário foi adiada, sem data para retomada. Essa pauta já esteve na Ordem do dia do plenário de 3 de março. Em caso de aprovação pela maioria, o texto será enviado para apreciação na Câmara dos Deputados.