A retomada de concursos públicos foi anunciada, em fevereiro, pelo novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O novo edital pode contemplar cargos dos níveis médio e superior.
Pelo Plano Estratégico de Cargos e Salários da instituição, o BNDES apresenta apenas um cargo com a exigência de ensino médio completo: técnico de suporte administrativo.
Os salários iniciais são de R$4.794,50, podendo chegar a R$14.373,36 com as progressões na carreira.
As atribuições dos técnicos de suporte administrativo são: executar atividades técnicas, administrativas e especializadas relacionadas à sua área de atuação, prestando suporte aos estudos e execução de projetos e realizando rotinas administrativas de organização e arquivamento da documentação do Sistema BNDES.
De acordo com o último edital para o cargo, os técnicos têm jornada de trabalho de 35 horas por semana. Eventualmente pode haver a necessidade de trabalho noturno, extraordinário ou a ser realizado em finais de semana e/ou feriados.
Os funcionários do BNDES também têm direito aos seguintes benefícios:
Além do técnico de suporte administrativo, o novo concurso BNDES pode ter vagas para profissional básico, cargo de nível superior.
Nesse caso, a oferta deve ser distribuída entre as áreas de Administração; Análise de Sistemas - Desenvolvimento; Análise de Sistemas - Suporte; Arquitetura; Arquivologia; Biblioteconomia; Ciências Contábeis; Comunicação Social; Direito; Economia; Engenharia; Geologia; Psicologia.
Ainda não há informações sobre quais áreas serão contemplados no próximo edital. O profissional básico recebe inicialmente R$15.048,69 por mês, chegando a R$35.043,22 com as progressões.
A jornada de trabalho, conforme o último edital, também é de 35 horas semanais. Eventualmente, pode haver a necessidade de trabalho noturno, extraordinário ou a ser realizado em finais de semana e/ou feriados.
Depois de assumir a presidência do BNDES, em fevereiro, Aloizio Mercadante destacou a intenção de retomar os concursos públicos para a instituição. "Retomaremos concursos que não ocorrem há mais de dez anos, com cotas", disse.
Em resposta à Folha Dirigida, o banco explicou que a seleção será negociada diretamente com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A pasta é a responsável por analisar os pedidos e autorizar os concursos federais durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A gestão do BNDES ainda se compromete a aplicar a Política de Cotas no próximo edital.
"O processo de novo concurso para o BNDES será negociado com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. De toda forma, o compromisso da nova diretoria do Banco é que seja um concurso com cotas", consta em nota enviada à reportagem.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não precisa de aval do Governo Federal para realizar concursos. Ele tem independência para preencher seu quadro de pessoal mediante aval da presidência do próprio órgão, como o Banco do Brasil.
Porém, a contratação de novos funcionários deve ser acordada com o Ministério da Gestão. Além de respeitar os limites e dotações orçamentárias para cada exercício.
Assim, ainda que não seja obrigatória a autorização para o novo concurso, é necessário ter uma interlocução com o Governo Federal.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, já se mostrou sensível em analisar as propostas de concursos e recomposição de pessoal em diferentes órgãos.
Em 2012, foi aberto o último concurso para o BNDES, cuja validade foi expirada em meados de 2015. O edital, na época, trouxe oportunidades em cadastro de reserva para funções dos níveis médio e superior.
No nível médio, as vagas foram para o cargo de técnico administrativo. Já para nível superior, as inscrições foram para profissional básico, nas áreas de: Administração, Análise de Sistemas (Desenvolvimento e Suporte), Arquitetura, Arquivologia, Biblioteconomia, Comunicação Social, Contabilidade, Direito, Economia, Engenharia e Psicologia.
A banca organizadora foi a Fundação Cesgranrio. Os concorrentes foram submetidos a provas objetivas e discursivas, ambas de caráter eliminatório e classificatório.
Os inscritos de nível médio tiveram que responder a questões sobre Língua Portuguesa (25), Matemática (25), Língua Estrangeira (oito), Conhecimentos Específicos sobre o BNDES (seis) e Conhecimentos Gerais (seis).
A prova discursiva foi em uma redação. Os candidatos poderiam somar até 40 pontos na avaliação.
Para candidatos de nível superior, o exame objetivo exigiu 50 questões. Os itens foram distribuídos pelas disciplinas de Língua Portuguesa (20), Língua estrangeira (10) e Conhecimentos Específicos (20).
Já a prova discursiva teve cinco questões de Conhecimentos Específicos. A avaliação valia até 50 pontos.
