Sem edital de concurso Correios há 13 anos, a Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect) teme que o PDV proposto pela empresa esvazie ainda mais o quadro de funcionários.
De acordo com o sindicato, a proposta traz diversos problemas e incertezas, além da falta de garantia e baixo incentivo para os trabalhadores.
O Programa de Demissão Voluntário (PDV) foi confirmado pelo presidente Fabiano Silva e as inscrições estão abertas até esta terça-feira, 24 de setembro.
O objetivo do programa é estimular os funcionários a pedir demissão por iniciativa própria, oferecendo, em troca, um apoio financeiro com caráter compensatório.
"O PDV também compromete o futuro dos Correios. Desde 2011, a empresa não realiza concursos públicos, resultando em uma redução significativa na força de trabalho. A adesão de mais trabalhadores ao PDV pode agravar ainda mais essa situação", disse a Findect.
O sindicato ainda critica a falta de reposição adequada de pessoal. De acordo com a Findect, a demora em realizar contratações compromete a capacidade operacional da empresa e diminui a qualidade dos serviços prestados.
Além disso, volta a reforçar que as 3.468 vagas anunciadas pela empresa são insuficientes para compensar a perda de trabalhadores, haja vista o crescente déficit.
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Embora tenha havido um atraso na escolha da banca organizadora, cujo anúncio estava previsto para agosto, os Correios mantêm a previsão de divulgar o edital em setembro.
O objetivo da empresa é cumprir esse prazo de publicação para que as contratações ocorram ainda este ano.
Essa previsão de ingresso, inclusive, consta no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), assinado pelo presidente em 13 de setembro. O documento assegura que as contratações sejam realizadas até dezembro.
Quanto à aplicação das provas, os Correios ainda não divulgaram uma data, mas é certo que os exames serão realizados ainda este ano.
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Sem concurso Correios há 13 anos, sindicato critica demora e proposta de demissão
(Foto: Pablo Le Roy/MCom)
A banca organizadora do novo concurso Correios será o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), cujo contrato já foi assinado na última semana.
O documento que registra a contratação da banca traz a previsão de taxas de inscrição nos seguintes valores:
Outra confirmação após a escolha da banca é sobre a aplicação das provas. O modelo a ser seguido deverá ser a estrutura de múltipla escolha, e não certo ou errado como previu inicialmente o primeiro projeto básico.
O próximo concurso dos Correios contará com 3.468 vagas para cargos de níveis médio e superior, incluindo a função de carteiro. Além disso, as cidades onde serão aplicadas as provas já foram confirmadas.
Essas informações estão detalhadas no novo projeto básico preparado para a escolha da banca organizadora.
Das vagas disponíveis, 10% serão reservadas para candidatos com deficiência e 20% para candidatos negros.
Confira abaixo a distribuição das vagas por região do país:
Nível médio:
Nível superior:
O projeto básico também reforça que o concurso será destinado a cargos de nível médio (agente de Correios) e superior (analista de Correios).
A empresa já anunciou que serão publicados dois editais, um para cada nível de carreira.
Os aprovados receberão salários iniciais de R$2.429,26, para cargos de nível médio, e R$6.872,48, para os de superior.
No caso dos agentes de Correios, a função de carteiro será o foco principal, mas outros cargos, como o de atendente comercial, também poderão ser incluídos.
Segundo o presidente dos Correios, Fabiano Silva, o concurso será voltado principalmente para a área Operacional.
Para o nível superior, as vagas de analista de Correios incluirão oportunidades para advogado, analista de sistemas, assistente social e engenheiro.
Salário
Até R$ 6.872,48Cargos
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