Sem concurso, CVM tem 181 vacâncias e 67 aposentadorias previstas
Previsto para ser autorizado pelo governo, concurso CVM é necessário diante do quadro de cargos vagos e aposentadorias da autarquia.
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Publicado em:27/04/2023 às 14:57
Atualizado em:27/04/2023 às 16:59
A Comissão de Valores Mobiliários busca a autorização para o seu novo concurso CVM. O aval, esperado para este ano, irá amenizar o déficit de empregados na autarquia, que já conta com mais de 180 cargos vagos.
Conforme dados publicados no painel de Acesso à Informação do Governo Federal, pela própria CVM, em março deste ano, 181 cargos estavam vagos, sendo eles nos seguintes cargos:
agente executivo (101 vacâncias);
analistas (53); e
inspetores (27).
Ainda segundo a Comissão de Valores, para os próximos quatro anos, mais 67 desligamentos estão previstos, sendo 21 analistas, 12 inspetores, 16 agentes e 18 auxiliares.
Atualmente, a CVM solicita aval para o preenchimento de 127 vagas, em cargos dos níveis médio e superior.
Desse total, 50 são para a carreira de agente executivo, que exige o nível médio dos interessados e conta com remuneração inicial de R$7.647,98, já com o auxílio-alimentação de R$458.
O pedido inclui ainda 27 vagas para inspetores e 50 para analistas. A primeira carreira exige o nível superior em qualquer área, enquanto a segunda requer a graduação em área específica.
No último concurso CVM, realizado em 2010, as chances foram para graduados em Contabilidade, Recursos Humanos, Arquivologia e Biblioteconomia. Ambos os cargos contam com remuneração de R$19.655,06, já com o auxílio-alimentação.
Concurso CVM tem autorização prevista
O concurso CVM está previsto para ser autorizado na segunda leva de anúncios do Governo Federal. A primeira etapa era esperada para o último dia 10, mas, até o momento, não foi realizada pelo executivo.
A previsão de autorização do concurso da Comissão de Valores Mobiliários foi passada na última segunda-feira, 24, pelo assessor especial da ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Celso Cardoso Júnior.
Segundo o assessor, isso ocorre porque a primeira leva de autorizações será composta por órgãos da Administração Direta e por entidades que atuam na máquina estatal.
A reunião com o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores da CVM (SindCVM), Osvaldo Molarino Filho, contou ainda com dirigentes de outras categorias e do presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas do Estado (Fonacate), Rudinei Marques.
Presidente esperava por aval até junho
O presidente da Comissão de Valores Mobiliários, João Pedro Barroso, chegou a afirmar que acreditava na autorização do novo concurso CVM até junho deste ano.
No entanto, com a previsão de anúncio apenas na segunda leva, é possível que o aval fique para o segundo semestre de 2023.
Vale lembrar que, em ofício encaminhado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em março (confira aqui), a CVM solicitou uma ampliação do orçamento discricionário e limite orçamentário para movimentação de pessoal.
No ofício, que é assinado pelo presidente da autarquia, o pedido de ampliação do limite orçamentário, para os exercícios de 2023 e 2024, parte do pressuposto de que o concurso da CVM será autorizado em 2023.
"E que daremos posse aos novos servidores no primeiro semestre de 2024. A ampliação do limite seria, portanto, para permitir que os funcionários movimentados não retornem às empresas cedentes antes da chegada dos aprovados no concurso", disse a CVM no ofício.
Até o momento apenas uma autorização foi publicada no Diário Oficial da União, sendo ela a do Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação (MTCI), com 814 vagas para analista, tecnologista e pesquisador.
Confira detalhes do último concurso CVM
O último concurso CVM perdeu sua validade em 2014. Ou seja, desde então não são contratados novos servidores efetivos. E isso só poderá ser feito quando um novo edital for homologado.
Aberta em 2010, a seleção contou com 150 vagas para os cargos de inspetor, analista e agente executivo.
No caso de analista, as oportunidades foram distribuídas pelas seguintes especialidades: Contabilidade, Recursos Humanos, Arquivologia e Biblioteconomia.
Com a organização da Esaf, os candidatos foram avaliados por meio de provas objetiva e de redação. Já as disciplinas variaram de acordo com a escolaridade.
Para o nível médio, por exemplo, foram cobradas questões de:
Língua Portuguesa;
Estrutura do Mercado de Valores Mobiliários;
Conhecimentos Básicos de Administração;
Conhecimentos Contemporâneos; e
Administração Pública.
Enquanto as provas de nível superior tiveram perguntas sobre:
Língua Portuguesa;
Língua Inglesa;
Matemática Financeira;
Estrutura do Mercado de Valores Mobiliários;
Contabilidade;
Auditoria; e
Funcionamento do Mercado de Valores Mobiliários e Economia, entre outras matérias.