À espera de concurso até junho de 2021, Funai tem 2 mil cargos vagos

Com concurso Funai projetado para o primeiro semestre de 2021, órgão tem mais de 2 mil cargos vagos.

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Publicado em:20/07/2020 às 06:54
Atualizado em:20/07/2020 às 06:54

O concurso Funai está no radar do Governo Federal. Isso ficou claro após, na última semana, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, confirmar que os concursos de órgãos ambientais, como a Fundação Nacional do Índio, precisam ser retomados em virtude da necessidade de combate ao desmatamento.

Mourão chegou a mencionar que as aposentadorias recentes de servidores da Funai, Ibama, ICMBio e Incra atrapalham as ações projetadas pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal. "A única saída é pedir concurso", destacou Mourão.

No caso da Funai, o órgão está adiantado na pauta. Já solicitou concurso público e tem data prevista para que possa lançá-lo.

Em nota enviada à reportagem da FOLHA DIRIGIDA, em maio, a Fundação Nacional do Índio confirmou que encaminhou pedido de concurso com 826 vagas e projetou a abertura para o primeiro semestre de 2021.

enlightened Todo ano os órgãos vinculados ao Poder Executivo Federal devem encaminhar, até 31 de maio, um pedido de concurso caso queiram reforçar seus quadros. Esses pedidos são avaliados pelo Ministério da Economia, que é responsável por observar se o órgão cumpre os requisitos para fazer as contratações e conceder ou não o aval.


Para que o edital seja publicado, no entanto, ainda será necessária a autorização do Ministério da Economia. A pasta, de acordo com Mourão, vai receber do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e de outros ministérios envolvidos um estudo para viabilizar as contratações.

Enquanto isso, o órgão indigenista soma 2.222 cargos vagos em seu quadro efetivo. FOLHA DIRIGIDA questionou a Funai sobre o déficit em cada carreira, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria. 

É possível, no entanto, ter uma ideia da situação do quadro a partir do pedido de concurso realizado. A demanda prevê o preenchimento de 826 vagas em cargos de níveis médio e superior. 

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Resumo do concurso Funai

Vagas: 826
Escolaridade: níveis médio e superior
Remuneração: R$5.349,07 a R$6.420,87
Previsão: até junho de 2021
Status: aguardando autorização

Funai
Mourão quer concurso Funai, que já tem 2,2 mil cargos vagos
(Foto: Mário Vilela/Funai)

Saiba os detalhes sobre o pedido de concurso Funai

O pedido de concurso foi encaminhado ao MJSP, a quem a Funai é vinculada, no final de abril. A solicitação visa o preenchimento de 826 vagas distribuídas entre carreiras de níveis médio e superior, conforme listado abaixo. 

De acordo com a Fundação, as lotações dessas vagas estão distribuídas entre as unidades descentralizadas em todo o Brasil; além do Museu do Índio, no Rio de Janeiro; nas Frentes de Proteção Etnoambiental, que abrange Amazônia Legal e outros locais; e na sede da fundação, no Distrito Federal.

As vagas solicitadas no nível médio são para o cargo de agente em indigenismo. A remuneração inicial é de R$5.349,07 mensais. Já para o nível superior as vagas solicitadas são nos seguintes cargos:

  • Administrador
  • Antropólogo
  • Arquiteto
  • Arquivista
  • Assistente Social
  • Bibliotecário
  • Contador
  • Economista
  • Engenheiro
  • Engenheiro Agrônomo
  • Engenheiro Florestal
  • Estatístico
  • Geógrafo
  • Indigenista Especializado
  • Médico Veterinário
  • Pesquisador
  • Psicólogo
  • Sociólogo
  • Técnico em Assuntos Educacionais
  • Técnico em Comunicação Social e Zootecnista.

Para essas carreiras, segundo dados de junho de 2019, o ganho mensal é de R$6.420,87. A Funai não divulgou a distribuição das vagas entre os cargos.

Último concurso Funai foi realizado há quatro anos

último concurso Funai foi realizado em 2016 com oferta inicial de 220 vagas. Mas segundo informações do órgão, foram convocados todos os aprovados e mais 50% dos classificados excedentes.

As oportunidades eram todas de nível superior, em cargos de contador, engenheiro agrônomo, engenheiro (agrimensor e civil) e indigenista especializado. A seleção já teve prazo de validade expirado. 

Os candidatos foram avaliados por meio de provas objetiva e discursiva. As disciplinas abrangiam Conhecimentos Gerais (Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e Quantitativo, Direito Constitucional e Administrativo, Legislação Indigenista, Informática Básica e Administração Pública) e Conhecimentos Específicos do respectivo cargo. 

As provas foram aplicadas em todas as capitais, além de alguns municípios como Tabatinga (AM), Dourados (MS), Sinop (MT), Ji-Paraná (RO) e Altamira (PA). 

O concurso foi homologado em janeiro de 2017 e depois teve sua validade prorrogada até janeiro de 2019. Portanto, não há mais como aproveitar aprovados até realizar novo concurso para suprir o déficit de pessoal.

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