À espera de concurso, Ibama tem aval para 1.659 vagas temporárias
O concurso Ibama é uma demanda por parte do Governo Federal, mas, enquanto não ocorre, uma nova seleção para temporários está autorizada.
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Publicado em:04/05/2021 às 07:30
Atualizado em:04/05/2021 às 07:30
Com concurso Ibamaprevisto e demandas emergenciais no setor, o Ministério da Economia autorizou nesta terça-feira, 4, um novo processo seletivo para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
O aval traz a possibilidade de preencher até 1.659 vagas para o atendimento de emergências ambientais. As oportunidades estão distribuídas pelos seguintes cargos:
alfabetizado: brigadista (1.305 vagas) e chefe de esquadrão (213);
nível médio: chefe de brigada (96);
nível superior: gerente estadual (40) e gerente federal (cinco).
Os requisitos citados acima tomam como base o último edital para temporários do Ibama. No entanto, essas informações serão confirmadas somente no edital.
Na última seleção, os aprovados para as funções de gerente/supervisor tiveram ganhos de R$4.180. O chefe de brigada, por sua vez, teve vencimento de R$2.090.
Já os ganhos para brigadista de prevenção foram de R$1.045, enquanto o chefe de esquadrão recebeu iniciais de R$1.567,50.
Conforme a portaria publicada nesta terça, 4, os profissionais poderão ser contratados já a partir deste mês. Desta forma, o edital pode ser publicado a qualquer momento pelo Ibama.
O prazo de validade dos contratos será de até seis meses, podendo prorrogar até o limite de dois anos.
Resumo sobre a seleção
Órgão: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
Cargos: brigadista, chefe de esquadrão, chefe de brigada, gerente estadual e gerente federal
Já as oportunidades foram distribuídas pelos cargos de:
supervisor de brigada estadual - 25 vagas
brigadista - 656 vagas
chefe de esquadrão - 112 vagas
chefe de brigada - 46 vagas
Além dos salário básicos, os selecionados receberão auxílio-transporte e benefícios como auxílio-alimentação, auxílio pré-escolar (quando couber) e seguro acidente.
As inscrições foram recebidas pelo Ibama e os candidatos às vagas de níveis médio e alfabetizado foram avaliados por meio de análise curricular e Teste de Aptidão Física (TAF).
Os supervisores, de nível superior, tinham uma análise do currículo e também uma prova objetiva de conhecimentos específicos como etapas de avaliação.
Mourão defende concursos Ibama e ICMBio
O vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre os concursos Ibama e ICMBio no “Fórum Bandnews”, onde comentou as medidas que o Governo Federal tem adotado em combate ao desmatamento ilegal na Floresta Amazônica.
"Nós temos tecnologias que foram desenvolvidas pela Polícia Federal, mas não adianta eu observar um desmatamento em região “x” e não ter a equipe necessária para atuar no combate. Tem que abrir um grande concurso público, não jeito. O Ibama e ICMBio atuam com apenas 50% da capacidade. O candidato, inclusive, já deve ficar ciente onde ele vai trabalhar", afirmou.
Embora a área de Segurança marque o comando do país neste momento, há a expectativa do setor Ambiental passar a ser alvo de investimentos.
O motivo é simples: a pressão que o Planalto sofre do cenário político internacional sobre esse tema. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro participou da Conferência sobre o Clima onde foi questionado sobre o combate ao desmatamento ilegal.
Na ocasião, ele disse que a meta é zerá-lo até 2023 e que, para isso, precisará fortalecer os órgãos ambientais.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles 'embarcou' no discurso. Disse que o Orçamento para a fiscalização ambiental seria duplicado, o que certamente ajudaria na autorização dos concursos Ibama e ICMBio e de outros órgãos ambientais no Ministério da Economia.
No entanto, o que aconteceu no Orçamento foi bem diferente. O Ministério do Meio Ambiente teve, na verdade, um corte de 35,4%. O Governo Federal ainda aprovou o uso da Força Nacional para o combate.
A fala de Mourão, portanto, volta a trazer esperanças para uma autorização de concursos ambientais, sobretudo no Ibama e ICMBio.
Isso porque são os dois dos principais órgãos da área que podem ajudar no combate ao desmatamento.
A abertura desses editais se tornou uma possibilidade, após o Governo Federal ter sofrido pressão de investidores para políticas de combate ao desmatamento mais eficientes.
Mas, assim como os demais órgãos vinculados ao Poder Executivo Federal, esses precisam de autorização do Ministério da Economia para contratar servidores.
Segundo Mourão, os ministérios responsáveis por cada um desses órgãos estudam como viabilizar a reposição dos quadros. Depois disso, é necessário o aval do ministro Paulo Guedes.
Este ano, o Ibama ainda não informou quantas vagas vai solicitar. O que se tem por base é o pedido de concurso feito anteriormente, em 2019, quando foram pedidas 2 mil vagas, conforme o quadro abaixo: