Concurso Inca 2021: novo pedido é enviado ao Ministério da Saúde
O Inca informou que enviou o seu novo pedido de concurso ao Ministério da Saúde, que tem até dia 31 para enviar solicitação à Economia.
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Publicado em:29/05/2020 às 07:45
Atualizado em:29/05/2020 às 07:45
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva confirmou à FOLHA DIRIGIDA que enviou a solicitação para o seu novo Concurso Inca 2021. O pedido foi enviado ao Ministério da Saúde, que deverá encaminhar a solicitação ao Ministério da Economia, até o dia 31 de maio.
Caberá ao ministro da Economia, Paulo Guedes, decidir pela aprovação ou não de um novo concurso Inca. Vale lembrar que o instituto é um órgão auxiliar do Ministério da Saúde e, por isso, as seleções ocorrem por meio de editais publicados pela pasta e não pelo Inca.
As solicitações de novos concursos devem ser enviadas ao Ministério da Economia até o dia 31 de maio. Se aprovadas, elas ocorrerão no ano de 2021. Em 2019, o Inca pediu concurso para este ano, mas não recebeu o aval, enviado assim um novo pedido.
Em resposta à FOLHA DIRIGIDA, o Inca informou que sobre o número de vagas e cargos somente o Ministério da Saúde poderá divulgar. O órgão foi procurado na última quinta-feira, 28, mas até o momento não retornou.
MPF moveu ação para preencher vagas no Inca
Em março de 2019, o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública, com pedido de liminar, para que a União realizasse a alocação e o preenchimento de, pelo menos, 269 cargos do Inca, no Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério Público, a medida tinha como intuito suprir o déficit de pessoal, que colcoava em risco a continuidade dos serviços no instituto. De acordo com o MPF, as vagas deveriam ser ocupadas pelos aprovados e não convocados no concurso do Inca de 2014, cuja validade terminou no ano passado.
Ainda em 2019, no último dia da validade do concurso, o ministro Paulo Guedes autorizou as convocações. Mas o número ficou abaixo do solicitado pelo MPF, sendo chamados apenas 19 aprovados para as carreiras de Ciência e Tecnologia e Previdência, Saúde e Trabalho.
Segundo o Ministério Público, o déficit no Inca decorre da omissão ilegal da União, que, contrariamente à determinação do Acórdão nº 1.193/2006 do TCU, não alocou todas as vagas antes ocupadas por profissionais terceirizados da Fundação Ary Frauzino, que teve o contrato com o instituto extinto em 2015.
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Último concurso Inca ofereceu 558 vagas
Em 2014, o Ministério da Saúde publicou diversos editais, totalizando 743 vagas. Entre eles o concurso Inca, com 558 oportunidades nos níveis médio, médio/técnico e superior. As remunerações iniciais variaram entre R$3.239 e R$14.128,75.
Foram oferecidas vagas para assistente em ciência e tecnologia (nível médio), técnico (médio/técnico) e analista em ciência e tecnologia e tecnologista (superior). A seleção teve a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab) como banca organizadora.
O concurso Inca 2014 contou com provas objetivas e discursivas/redação, além do exame de títulos. A avaliação de múltipla-escolha teve entre 50 e 60 questões, incluindo disciplinas de:
Língua Portuguesa;
Informática Básica;
Ética e Legislação da Gestão Pública;
Política do SUS; e
Conhecimento Específico
Em 2017, tanto o Inca quanto o Ministério da Saúde já tinham preenchido as vagas imediatas. Na época, o instituto chamou excedentes. No Ministério, foram nomeados 185 tecnologistas de nível superior.
Os aprovados tomaram posse, sendo 80 na Secretária de Atenção à Saúde (SAS), 64 na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) e 41 na Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Todas localizadas em Brasília.