Embora a portaria estabeleça um prazo de até seis meses para a publicação do edital, o Instituto Nacional do Seguro Social já confirmou sua participação na segunda edição do Concurso Nacional Unificado.
Segundo o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), o edital está previsto para ser publicado em julho, com início das inscrições no mesmo período. As provas objetivas estão agendadas para o dia 5 de outubro.
Diferentemente da primeira edição, a prova discursiva não será aplicada no mesmo dia da objetiva. Ela está prevista para dezembro e será destinada apenas aos candidatos habilitados na etapa anterior.
Na última segunda-feira, 2 de junho, o MGI informou que a nova edição do CNU contará com nove blocos temáticos, um a mais que na edição anterior. O aumento se deve à inclusão de dois blocos específicos para cargos de nível médio.
No entanto, ainda não foi divulgado em qual bloco temático o INSS será inserido.
Requisitos e salários do concurso INSS
Para concorrer ao cargo de analista do INSS é necessário possuir nível superior em áreas específicas. A jornada de trabalho pode ser de 30 ou 40 horas, conforme a carga horária atribuída.
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A remuneração é composta por diferentes parcelas:
- o vencimento básico, que é de R$1.820,06 para 40 horas e R$811,58 para 30 horas;
- a Gratificação de Atividade Executiva (GAE), no valor de R$1.731,30 (40h) e R$1.298,53 (30h); e
- a Gratificação de Desempenho de Atividades do Seguro Social (GDASS), que pode chegar a R$3.776,80 (40h) e R$2.776,80 (30h).
Com isso, a remuneração inicial do cargo pode atingir R$7.850,16, para jornada de 40 horas, e R$5.886,91, para 30 horas.
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Após adesão ao CNU 2025, autorização do concurso INSS é oficialmente publicada
(Foto: Agência Brasil)
Vale lembrar que, em abril, o próprio INSS já havia sinalizado o interesse em integrar a nova edição do CNU em 2025. Durante entrevista coletiva, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, juntamente com representantes do MGI, confirmou que a solicitação da autarquia estava em fase de análise.
Na ocasião, o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, também comentou publicamente sobre as tratativas em andamento para garantir a autorização das vagas destinadas ao cargo de analista.
Federação critica adesão do INSS no CNU 2025
Embora represente mais uma oportunidade para o INSS preencher vagas com novos servidores, por meio do CNU, a proposta não foi bem recebida pela Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
A categoria encaminhou um ofício ao presidente da autarquia, Gilberto Waller Júnior, solicitando a publicação de um edital próprio.
Segundo a federação, "a proposta de ingresso via CNU contraria princípios essenciais da carreira do Seguro Social".
Na visão da entidade, "a contratação de novos servidores via CNU fere diretamente o caráter técnico, específico e exclusivo das atribuições da carreira do Seguro Social, não apenas na análise e concessão de benefícios, mas também no atendimento ao público e no manuseio de dados sensíveis de milhões de cidadãos".
Destaca-se que as provas do Concurso Nacional Unificado são aplicadas por blocos temáticos, com questões de Conhecimentos Gerais e Específicos comuns a todas as carreiras agrupadas no mesmo bloco.
"Embora reconheçamos o esforço em reforçar o quadro de pessoal, alertamos que a contratação deve ocorrer por concurso público específico para a carreira do Seguro Social. O ingresso por meio de concurso genérico pode gerar sérias implicações administrativas, jurídicas e funcionais, além de contribuir para o esvaziamento da carreira, num momento em que ela é essencial para a recuperação da imagem institucional do INSS", disse a Fenasps em ofício enviado ao presidente do INSS.
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Último concurso INSS para analista foi realizado em 2015
O último concurso do INSS para o cargo de analista do seguro social foi realizado em 2015, com foco em profissionais graduados em Serviço Social.
Na época, foram ofertadas 150 vagas, exigindo formação superior na área e registro no respectivo conselho profissional.
A organização ficou a cargo do Cebraspe (antigo Cespe/UnB), com taxa de inscrição no valor de R$80.
Os candidatos foram submetidos a provas objetivas, compostas por 120 questões de múltipla escolha, divididas entre Conhecimentos Básicos e Conhecimentos Específicos.
Para ser aprovado, era necessário obter, no mínimo, dez pontos em Conhecimentos Básicos, 21 em Conhecimentos Específicos e um total de 36 pontos no conjunto das provas.
As avaliações foram aplicadas em todas as capitais do país. O concurso teve validade inicial de um ano, com possibilidade de prorrogação por igual período.
