Concurso PC AM: comissão pede maior número de provas corrigidas

Uma comissão de candidatos do concurso PC AM 2022 pede a ampliação no número de aprovados para as demais etapas. Entenda!

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Publicado em:13/04/2022 às 14:56
Atualizado em:13/04/2022 às 14:56

Uma comissão de aprovados no concurso PC AM quer que o governador do Amazonas, Wilson Lima, e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora, ampliem o número de candidatos que serão habilitados para as demais etapas. 

Segundo o grupo, com base nas notas preliminares das provas objetivas, há risco das vagas não serem preenchidas.

Desta forma e diante do déficit de policiais no estado, os candidatos estão recorrendo aos governantes para ampliar o número de redações a serem corrigidas e, assim, o de aprovados para as demais etapas.

"Serão corrigidas apenas 186 provas discursivas para o cargo de escrivão e 600 para o de investigador (ampla concorrência e candidatos PcD's). Após essa fase, os candidatos seguirão para os exames médicos, avaliação psicológica e Teste de Aptidão Física (TAF), no qual a estimativa de reprovação é de 40% a 60%. Após todas as etapas, existe a possibilidade real de não serem preenchidos nem a metade dos cargos finais ofertados em edital", explicou uma das representantes da comissão, Camila Balman, ao jornal A Crítica.

Na última terça-feira, 12, o deputado estadual Delegado Péricles protocolizou junto à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) um requerimento, solicitando ao Governo do Estado o aumento em 100% no número de provas corrigidas pela FGV, para os cargos de delegado, escrivão e investigador.

De acordo com o deputado estadual, o total de testes corrigidos precisa ser, para todos os cargos, seis vezes maior do que o número de vagas ofertadas, a exemplo do cargo de perito, que já atende a esse quantitativo.

“O que eu defendo aqui é que a quantidade de provas corrigidas seja justa e compatível não só com o número de vagas ofertadas, mas principalmente com a necessidade de fortalecimento do atual efetivo. Precisamos que o número de testes corrigidos seja seis vezes superior ao número de vagas para que se atinja número significativo e, ainda, se forme um cadastro reserva com os aprovados além do número de vagas após todas as provas eliminatórias", explicou o deputado estadual.

Em documento protocolizado junto à Casa e a ser enviado para o Governo do Estado, o parlamentar traça comparativo entre o número de provas a serem corrigidas para o cargo de delegado, o número de vagas ofertadas e a real necessidade da segurança pública no momento.

“Para que todos entendam melhor, anunciaram a correção de 248 provas para delegado, sendo 62 vagas ofertadas pelo concurso. São apenas três vezes mais do que o número de  vagas oferecidas em certame, o que desconsidera as eliminações daqui para frente e ignoram a economia futura de recursos que um cadastro reserva pode proporcionar. Ele sim pode ser um verdadeiro aliado para que novos altos valores não sejam dispendidos para a realização de novo concurso”, continuou.

O deputado estadual reforçou ainda os números da Polícia Civil do Amazonas. Segundo ele, o quadro da instituição é composto por 705 delegados, enquanto a folha mostra 207. Já dos 2.115 investigadores citados em lei, apenas 1.211 estão na ativa, a mesma situação verificada entre os escrivães, que contam com 655 cargos e apenas 265 em exercício.

"São muitos cargos que podem, via cadastro reserva, serem preenchidos futuramente, de acordo com a capacidade da gestão, sem que necessariamente ela precisasse arcar com todo ônus (custos) para a realização de novo certame. Eu defendo esse aumento de provas corrigidas e estou na luta para que isso aconteça", concluiu.

Ainda na última terça, 12, o vereador Caio André usou o plenário da Câmara Municipal de Manaus para sugerir que seja criado um cadastro de reserva com os aprovados no concurso público da Polícia Civil do Amazonas.

Segundo ele, o atual edital prevê a correção de um número de redações aquém daquilo que a Polícia civil poderia receber de futuros policiais. "No decorrer das etapas muitos candidatos serão reprovados e muitos sequer chegarão ao final do concurso, deixando as vagas sem preenchimento e ocasionando prejuízos à população".

Para o vereador, o cadastro de reserva é uma causa digna e eficiente quando se pensa em cortar gastos públicos e afirmou que irá levar até o governador esse pleito.

Concurso PC AM oferece 362 vagas (Foto: Erlon Rodrigues)
Concurso PC AM oferece 362 vagas
(Foto: Erlon Rodrigues)

Concurso PC AM oferece 362 vagas

Publicados em 17 de dezembro, os editais do concurso PC AM trouxeram 362 vagas para os cargos de delegado, investigador, escrivão e peritos.

Para concorrer, é preciso ter o nível superior completo. As carreiras proporcionam salários que chegam aos R$20 mil.

Do total das vagas, 200 são para investigador e 62 para escrivão. Ambas exigem nível superior em qualquer área e oferecem ganhos iniciais de R$12.948,78.

Há, ainda, 62 oportunidades para delegado de polícia, que deve ter o superior em Direito. As remunerações iniciais dos aprovados serão de R$20.449,05.

A seleção também conta com 38 vagas que estão distribuídas para peritos, com salários de R$16.237,85.

As provas objetivas já ocorreram e, no momento, os candidatos aguardam os resultados e as convocações para as demais etapas.