Concurso PF: advogado já se organiza para impedir prova no dia 23

Após a realização da prova da PRF, o advogado José Moura Neto diz que vai tentar derrubar o concurso PF com provas e relatos de candidatos.

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Publicado em:10/05/2021 às 11:29
Atualizado em:10/05/2021 às 11:29

A briga por adiar a aplicação das provas da PRF foi perdida, mas, no que depender do advogado responsável, as provas do concurso PF podem não acontecer em 23 de maio. O jurista já se organiza para tentar impedir a aplicação do exame.

José Moura Neto realizou uma live no domingo, 9, horas após o encerramento do exame da PRF.

Ele teve a participação professor Carlos André Támez e ambos falaram sobre o ocorrido. Moura Neto diz que se sentiu abandonado pelos órgãos federais, mas que ainda sim vai tentar não permitir a aplicação das provas da Polícia Federal.

José Moura Neto diz que já tem um grupo em movimento para "encabeçar" essa ação em prol do adiamento das provas da PF. Ele diz que fará de tudo para não permitir que mais um órgãos federal aplique provas nesse nível.

"Essa é a prova de que o concurso da PF não dá para ser realizado. A gente vai tentar conseguir derrubar esse exame. Essa prova é a amostra cabal de que não tem condições de fazer concurso dessa magnitude nacional. Recebi muitas imagens de fila, aglomeração, gente sem máscara, relatos de fiscais despreparados. Não houve separação e organização para entrar primeiro grupo 1, grupo 2..", disse o advogado."

O advogado ainda aconselha a qualquer candidato que tenha consequências na saúde após a realização das provas, que guarde tudo que tiver e procure os direitos.

"Quem pegar Covid, quem tiver qualquer desdobramento na saúde, pega o seu Exame, correlacione e processo o Estado por danos morais. Eles te obrigaram a participar e serem vítimas de um crime. Nem dá para colocar a culpa no Cebraspe, porque não dá para a banca organizar alguns pontos que são de atitude humana, como aglomerações no final da prova."

Até o momento, nenhum processo confirma o pedido de adiamento das provas da PF. Por esse motivo, por ora, as provas seguem mantidas e confirmadas para 23 de maio. Qualquer novidade você confere e acompanha aqui na Folha Dirigida.

(Foto: Divulgação)
Concurso da PF pode ter pedido para adiar as provas do dia 23
(Foto: Divulgação)

Presidente da Fenapef diz que não há previsão de adiar

No início de maio, a reportagem da Folha Dirigida conversou com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luíz Boudens, que disse não haver previsão de um novo adiamento das provas do concurso da Polícia Federal.

Segundo Boudens, os esforços da PF e da Fenapef serão para manter as provas na data prevista - escolhida após o primeiro adiamento.

O presidente da Fenapef ainda comentou que já espera que "haja muitas liminares para prorrogar o calendário do concurso em andamento", disse ele - que descarta qualquer movimentação atualmente para adiar o exame.

 

Ao que tudo indica, a Polícia Federal montará um grande esquema para blindar estes processos e pedidos. Além disso, deve montar um plano nacional para conseguir aplicar as provas e manter todos os estados em plenas condições sanitárias.

Dessa forma, se por um lado a aplicação das provas da PRF reforça para o advogado que não há condições de realizar a da PF, também pode ser um indícios de que a Justiça deve usar como exemplo e justificativas da banca para permitir a aplicação da PF.

É importante lembrar, também, que a realização das provas do concurso da PF e da PRF contam com apoio e permissão do presidente da República, Jair Bolsonaro, e isso pode atrapalhar a ação do advogado.

Como serão as provas da PF?

Os exames serão aplicados nas 26 capitais,  além do Distrito Federal, podendo ter novos locais de acordo com a demanda de inscritos.

A Polícia Federal e o Cebraspe devem realizar um esquema especializado para a aplicação desses exames, muito por conta da pandemia do novo Coronavírus.

Essa primeira fase terá caráter eliminatório e classificatório. Todos os cargos terão provas aplicadas no mesmo dia e horário.

A prova objetiva será composta por 120 questões, contendo disciplinas de Conhecimentos Gerais e Específicos, que variam de acordo com cada cargo.

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O que será cobrado nas provas do concurso PF?

Prova objetiva do agente:

Bloco I, com 60 questões: Língua Portuguesa, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Penal e de Direito Processual Penal, Legislação Especial, Estatística e Raciocínio Lógico.

Bloco II, com 36 questões: Informática

Bloco III, com 24 questões: Contabilidade Geral

Prova objetiva do escrivão:

Bloco I, com 60 questões: Língua Portuguesa, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Penal e de Direito Processual Penal, Legislação Especial, Estatística e Raciocínio Lógico.

Bloco II, com 36 questões: Informática

Bloco III, com 24 questões: Contabilidade Geral e Arquivologia

Prova objetiva do papiloscopista:

Bloco I, com 60 questões: Língua Portuguesa, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Penal e de Direito Processual Penal, Legislação Especial, Estatística e Raciocínio Lógico.

Bloco II, com 36 questões: Informática.

Bloco III, com 24 questões: Biologia, Física e Química.

Será aprovado na objetiva do agente, escrivão e papiloscopista o candidato que obtiver pelo menos 48 pontos na prova, além de, no mínimo, seis pontos no bloco I, três no bloco II e dois no bloco III. 

Para o delegado serão 120 questões objetivas de Direito Administrativo Direito Constitucional, Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Empresarial, Direito Internacional Público e Cooperação Internacional, Direito Penal, Direito Processual Penal, Criminologia, Direito Previdenciário, Direito Financeiro e Tributário. 

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