Concurso PF: 'não há previsão de adiar', diz presidente da Fenapef

O presidente da Fenapef, Luís Boudens, afirmou que a PF mantém esforços para provas no dia 23 de maio e não há previsão de adiamento.

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Publicado em:04/05/2021 às 11:18
Atualizado em:04/05/2021 às 11:18

Após a liminar que suspendeu as provas da PRF, começaram as especulações acerca do concurso PF. Com provas previstas para 23 de maio, o presidente da Fenapef, Luís Boudens, diz que não há previsão de adiar.

Em conversa com a reportagem da Folha Dirigida na manhã desta terça-feira, 4, o representante da federação dos policiais federais explicou a situação.

Boudens comentou que os esforços da PF e da Fenapef serão para manter as provas na data prevista - escolhida após o primeiro adiamento.

O presidente da Fenapef ainda comentou que já espera que "haja muitas liminares para prorrogar o calendário do concurso em andamento", disse ele - que descarta qualquer movimentação atualmente para adiar o exame.

Dessa forma, ao que tudo indica, a Polícia Federal montará um grande esquema para blindar estes processos e pedidos. Além disso, deve montar um plano nacional para conseguir aplicar as provas e manter todos os estados em plenas condições sanitárias.

(Foto: Izaias Medeiros)
Boudens garante que provas da PF não devem ser adiadas
(Foto: Izaias Medeiros)

Até o momento, a Polícia Federal e o Cebraspe, banca organizadora, não se manifestaram oficialmente sobre o assunto.

Por que as provas da PRF foram suspensas?

Toda a especulação começou lá no final de abril e início de maio, após as ações populares e pedidos para novo adiamento da prova da PRF. Isso porque os exames da polícia rodoviária estavam marcadas para 9 de maio.

A justificativa dada na ação popular foi, justamente, a pandemia da Covid-19. E, na última segunda, 3, a decisão do magistrado saiu à favor do adiamento.

Ele diz que, de fato, não houve essa melhora esperada e que, por isso, permanecem os mesmos motivos que teriam acarretado no primeiro adiamento.

"Assim, o que se verifica é que, de acordo com os dados oficiais, não houve melhora significativa na situação da saúde pública de modo a justificar que uma prova adiada em 12 de março de 2021 seja aplicada em 9 de maio de 2021."

Ainda na decisão, fica descrito que diariamente é possível constatar que:

"... enquanto algumas unidades da federação registram tendência de queda no número de mortes, outras revelam estabilidade e há ainda unidades que indicam alta no número de mortes. Isso porque, também de acordo com boletim epidemiológico disponível no sítio eletrônico do Ministério da Saúde, “no decorrer das semanas epidemiológicas do ano de 2020 até a SE 16 de 2021, os casos e óbitos novos relacionados à covid-19 se mostraram heterogêneos entre as diferentes regiões do país”

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Edital de abertura previa prova da PF em março

Caso a PF não consiga manter esses esforços e a Justiça decida por, também, suspender as provas do dia 23, este será o segundo adiamento. Vale lembrar que o edital de abertura previa provas em março.

O comunicado de adiamento foi divulgado pelo Cebraspe, o organizador da seleção.

A partir do dia 14 de maio, a previsão é de que o Cebraspe possa liberar os locais de prova para os exames do dia 23. Para agente, escrivão e papiloscopista as avaliações serão no turno da tarde. A duração será de quatro horas e 30 minutos.

Candidatos inscritos para delegado serão avaliados pela manhã (prova objetiva, com três horas e 30 minutos de duração) e à tarde (discursiva, com cinco horas de duração).

Como serão as provas da PF?

Os exames serão aplicados nas 26 capitais,  além do Distrito Federal, podendo ter novos locais de acordo com a demanda de inscritos.

A Polícia Federal e o Cebraspe devem realizar um esquema especializado para a aplicação desses exames, muito por conta da pandemia do novo Coronavírus.

Essa primeira fase terá caráter eliminatório e classificatório. Todos os cargos terão provas aplicadas no mesmo dia e horário.

A prova objetiva será composta por 120 questões, contendo disciplinas de Conhecimentos Gerais e Específicos, que variam de acordo com cada cargo.

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O que será cobrado nas provas do concurso PF?

Prova objetiva do agente:

Bloco I, com 60 questões: Língua Portuguesa, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Penal e de Direito Processual Penal, Legislação Especial, Estatística e Raciocínio Lógico.

Bloco II, com 36 questões: Informática

Bloco III, com 24 questões: Contabilidade Geral

Prova objetiva do escrivão:

Bloco I, com 60 questões: Língua Portuguesa, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Penal e de Direito Processual Penal, Legislação Especial, Estatística e Raciocínio Lógico.

Bloco II, com 36 questões: Informática

Bloco III, com 24 questões: Contabilidade Geral e Arquivologia

Prova objetiva do papiloscopista:

Bloco I, com 60 questões: Língua Portuguesa, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Penal e de Direito Processual Penal, Legislação Especial, Estatística e Raciocínio Lógico.

Bloco II, com 36 questões: Informática.

Bloco III, com 24 questões: Biologia, Física e Química.

Será aprovado na objetiva do agente, escrivão e papiloscopista o candidato que obtiver pelo menos 48 pontos na prova, além de, no mínimo, seis pontos no bloco I, três no bloco II e dois no bloco III. 

Para o delegado serão 120 questões objetivas de Direito Administrativo Direito Constitucional, Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Empresarial, Direito Internacional Público e Cooperação Internacional, Direito Penal, Direito Processual Penal, Criminologia, Direito Previdenciário, Direito Financeiro e Tributário.