O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos, voltou a defender a ampliação do efetivo da corporação. Mesmo após a realização de um concurso PF com mil vagas, ele afirmou que o quadro ainda é insuficiente e que o ideal seria dobrar o número de policiais.
Andrei participou da CPI do Crime Organizado nesta terça-feira, 18, no Senado Federal, onde destacou que a PF opera com um efetivo muito aquém do necessário.
Atualmente, segundo ele, a corporação conta com cerca de 13 mil policiais e aproximadamente 2 mil servidores administrativos, totalizando 15 mil profissionais. Para o diretor-geral, porém, o efetivo ideal seria de cerca de 30 mil servidores.
Além disso, Andrei mencionou que está em andamento um estudo técnico de redimensionamento da força de trabalho, com o objetivo de definir o cenário ideal de pessoal para a instituição.
“Em relação ao efetivo, nosso quadro ainda é reduzido. Hoje somos menos de 13 mil policiais e contamos também com cerca de 2 mil servidores administrativos, que contribuem muito para a instituição. Estamos realizando um trabalho de dimensionamento da força de trabalho, um estudo técnico conduzido pela nossa equipe, para definir o cenário ideal de pessoal”, afirmou.
Vale lembrar que a PF realizou, este ano, um concurso com mil vagas na área Policial, contemplando os cinco cargos: agente, escrivão, delegado, perito e papiloscopista.
O diretor também reforçou que o presidente Lula autorizou a formação de 2 mil policiais em 2025, o que deve permitir que a corporação complete o efetivo previsto até o fim de 2026.
A previsão é que a PF inicie, em janeiro de 2026, a primeira turma com os aprovados do concurso, que já se encontra na fase final de etapas.
Confira a fala do diretor-geral da PF:
Os preparativos da corporação já foram iniciados para que a primeira turma comece o curso de formação já em janeiro de 2026. Inclusive, a Academia Nacional de Polícia já iniciou o processo de compra de uniformes e outros itens.
De acordo com o estudo técnico preliminar, acessado pelo Qconcursos Folha Dirigida, a primeira turma deve ser convocada para o curso de formação em janeiro, com previsão de outras turmas em 2026 e do excedente em 2027.
O cronograma prevê a realização do Curso de Formação Profissional (CFP) em duas fases distintas: a primeira será exclusiva para o cargo de agente de polícia, enquanto a segunda abrangerá os demais cargos da Polícia Federal.
O curso para o cargo de agente de polícia está previsto para começar em 26 de janeiro de 2026, com término em 8 de maio.
O CFP para os demais cargos deve iniciar em 18 de maio e terminar em 28 de agosto.
No início deste mês, o diretor-geral reafirmou que serão 2 mil aprovados que serão convocados. Segundo ele, pela primeira vez a corporação conseguirá atingir 100% do seu efetivo.
"Nós já temos o concurso com a parte escrita finalizada e a prova física praticamente concluída. Em janeiro, iniciaremos as turmas da Academia Nacional de Polícia, com a formação de mil policiais no primeiro semestre e mais mil no segundo. Serão, portanto, 2 mil novos policiais. Com isso, pela primeira vez, teremos todos os cargos disponíveis preenchidos", disse Andrei.
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Após concurso PF, diretor-geral fala sobre aumento de efetivo
(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
As 2 mil vagas do concurso PF já eram previstas desde o anúncio da nova seleção, feito em janeiro deste ano, após declaração do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
No início, circulou a expectativa de que a Polícia Federal abriria dois concursos distintos, com mil vagas cada. No entanto, Lewandowski esclareceu que todas as oportunidades seriam reunidas em um único edital — parte destinada ao provimento imediato e o restante reservado para provimento adicional.
"O presidente da República anunciou que pudéssemos fazer um concurso para que ingressassem mil policiais este ano e mais mil policiais no ano que vem, portanto, mais 2 mil policiais federais que serão distribuídos por todo o Brasil, muito importantes no combate ao crime organizado, a segurança das nossas fronteiras e o combate ao crime ambiental", disse o ministro Lewandowski.
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O concurso da Polícia Federal oferece mil vagas nos cinco cargos da área Policial, sendo todas para preenchimento imediato.
Confira como estão distribuídas as oportunidades pelos cargos:
Para qualquer um dos cargos, é necessário possuir diploma de ensino superior e Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no mínimo na categoria "B".
Nos casos de agente, escrivão e papiloscopista, são aceitos diplomas em qualquer curso de graduação.
Já para o cargo de delegado, o requisito é a formação em Direito, além da comprovação de, no mínimo, três anos de prática jurídica ou experiência em atividade policial.
Para o cargo de perito criminal federal, será exigida graduação em áreas específicas, conforme estabelecido no edital.
Além das mil vagas imediatas, está prevista a convocação de outros mil candidatos excedentes ao longo de 2026, totalizando 2 mil nomeações.
As admissões na PF ocorrerão sob o regime estatutário, o que garante estabilidade ao servidor público.
Os cargos de agente, escrivão e papiloscopista proporcionam salários iniciais de R$15.164,81. Já as funções de delegado e perito contam com vencimentos que chegam a R$27.800.
No entanto, a partir de 2026, as remunerações passarão a contar com os seguintes valores:
Os policiais federais ainda receberão diversos benefícios, entre eles, o auxílio-alimentação de R$1 mil, que é pago a todos os servidores do Executivo Federal.
