'Concurso PF sem perito é completamente equivocado', diz APCF
O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais falou nas redes sociais sobre a ausência de peritos criminais no pedido.
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Publicado em:07/08/2020 às 11:32
Atualizado em:07/08/2020 às 11:32
Com os quatro cargos da área policial confirmados em um próximoconcurso PF, anunciado, inclusive, pelo presidente Jair Bolsonaro, ficou de fora apenas o perito criminal. E para o presidente da APCF, Marcos Camargo, essa é uma medida completamente equivocada.
A fala de Camargo foi registrada em um vídeo publicado no Instagram da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).
"Fazer concurso da Polícia Federal sem contemplar a perícia criminal federal é completamente equivocado", afirma o presidente da APCF, Marcos Camargo
Marcos Camargo relembra que o anúncio foi feito com 2 mil vagas pelo presidente e pelo ministro André Mendonça, tanto para servidores policiais como para servidores administrativos, e comenta que não é surpresa para ninguém que há um déficit na Polícia Federal.
Mas, Camargo destaca que esse déficit é em todas as categorias, incluindo a carreira de perito criminal federal. E, com isso, todas precisam de concurso público.
"Isso é inegável. Os peritos criminais federais também precisam, pois estão incluídos nas categorias funcionais da Polícia Federal."
O presidente comenta que tem recebido inúmeras mensagens dos candidatos que sonham em ser perito falando sobre a ausência da carreira no pedido. Quer saber por quê? A gente te explica!
O presidente da associação se mostrou bem enfático na sua posição contrária quanto a esse pedido sem a contemplação do perito criminal. Segundo ele, isso está sendo um grande equívoco da corporação.
"A posição da APCF é de que trata-se de um grande equívoco, um grande erro deixar peritos criminais de fora de um concurso. Obviamente que esse concurso ainda depende de autorização do Ministério da Economia, mas pelo simples fato de já haver um planejamento que não contempla os peritos já nos causa um certo espanto."
Dessa forma, a APCF comenta ainda que enviou uma solicitação ao Ministério da Economia para que haja uma demanda com cerca de 200 vagas para o cargo de perito criminal.
Mas, é importante ressaltar que em todas as falas, planejamentos e anúncios dessa semana o cargo de perito não é mencionado. Portanto, a luta da associação será grande para que haja essa contemplação dos cargos.
Distribuição das vagas do concurso PF área de apoio
Área administrativa
Administrador - 21 vagas
Arquivista - oito vagas
Assistente social - 10 vagas
Bibliotecário - uma vaga
Contador - nove vagas
Economista - três vagas
Enfermeiro - três vagas
Engenheiro - uma vaga
Estatístico - quatro vagas
Farmacêutico - uma vaga
Médico - 65 vagas
Nutricionista - uma vaga
Odontólogo - 11 vagas
Psicólogo - cinco vagas
Técnico em assuntos educacionais - 13 vagas
Técnico em comunicação social - três vagas
Agente administrativo - 349 vagas
O que precisa ter para concorrer no próximo concurso PF?
Carreira
Requisitos
Remuneração
Agente
Nível superior em qualquer + CNH
R$12.441,26
Escrivão
Nível superior em qualquer + CNH
R$12.441,26
Papiloscopista
Nível superior em qualquer + CNH
R$12.441,26
Delegado
Nível superior em Direito, experiência de três anos + CNH
Edital do concurso PF pode sair ainda este ano, confirma diretor
Uma notícia animadora pegou todo mundo de surpresa na noite da última quinta-feira, 6. O diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre, confirmou que há a possibilidade e que pretende publicar um edital ainda este ano.
A informação foi passada em live realizada junto à Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) na noite da última quinta-feira, 6.
"Se der tudo certo, ainda este ano divulgaremos o edital do novo concurso, e se tudo der certo, com o curso de formação iniciado no final do ano que vem, já que nosso concurso é longo, um ano em razão das etapas, mas entraríamos em 2022 com o maior efetivo da história da Polícia Federal"
Rolando Alexandre ainda falou na conversa com representantes da ADPF sobre a intenção de realizar concursos periódicos, a cada dois anos, tendo em vista que a duração é extensa em função das etapas de seleção. Ele ainda comenta sobre a criação de um projeto de lei para que essa regularidade seja ainda mais reforçada.
“Tivemos conversas com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para tentar realizar concursos a cada dois anos. Teríamos concursos menores, mas permitindo uma oxigenação continua no efetivo da PF."
Rolando ainda comentou que reforçar o efetivo é uma constância e desejo de todos os órgãos. O chefe da PF ainda destacou que o pedido de 2 mil vagas já foi confirmado pelo presidente da República Jair Bolsonaro e que isso fará com que a PF chegue a um número significativo de policiais.
"Nós vamos atingir o maior quantitativo histórico da Polícia Federal, em razão desses que estão entrando agora (500 que já entraram mais os 500 agora da ultima turma) com mais esses dois mil, nós vamos atingir um quantitativo histórico. Não posso entrar muito em números aqui porque é um dado que a gente mantém sigiloso, mas posso garantir que vai ser disparadamente o maior efetivo da Polícia Federal da história dela. Claro que mesmo com esses dois mil entrando nós ficaríamos ainda com poucos cargos vagos."
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