Quem é a FGV e como são suas provas
A Fundação Getulio Vargas é uma banca que possui mais de uma década de atuação no mercado de concursos públicos, conquistando cada vez mais espaço na área jurídica.
Para estudar com foco no TJ RJ, a mentora Iara Antunes (@iara.antunes_) orienta ter uma preparação estratégica.
"A FGV cobra de forma peculiar: exigindo não só conhecimento teórico, mas também interpretação refinada e domínio prático da norma", explica a mentora.
O conteúdo costuma ser cobrado de forma integral, com questões que vão além da simples memorização.
"A FGV cobra o entendimento da aplicação da norma, especialmente em situações contextualizadas. Portanto, estudar com foco apenas em decoreba não basta. É essencial compreender o espírito da lei, especialmente em disciplinas como Direito Constitucional, Administrativo e Processual Civil", reforça Iara Antunes.
A mentora traz as principais características da FGV, são elas:
- Cobrança contextualizada e prática da norma jurídica.
- Alternativas extensas, com redação densa e minuciosa.
- Uso de pegadinhas semânticas e conceitos ambíguos.
- Menor foco em jurisprudência comparado ao Cebraspe, mas crescente nas últimas provas.
- Aparente simplicidade no enunciado, mas com alto grau de exigência na interpretação.
Além desses aspectos, a FGV costuma ter uma abordagem interdisciplinas nas suas questões, além de forte peso em interpretação e análise textual.
O padrão de cobrança da FGV indica que o candidato precisa ter, além do conhecimento teórico, capacidade de análise, raciocínio lógico e gestão de tempo para lidar com a prova no tempo disponível.
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Como se preparar para prova da FGV do concurso TJ RJ
Com a FGV confirmada no concurso TJ RJ, os candidatos devem ajustar sua preparação ao perfil característico da banca.
A recomendação da mentora Iara Antunes é que o candidato resolva questões da própria Fundação Getulio Vargas.
"Isso ajuda o aluno a entender o estilo da banca, que costuma ser literal em alguns pontos, mas também apresenta pegadinhas semânticas e uso de palavras ambíguas que confundem o candidato desatento", explica.
Ela também orienta treinar a gestão do tempo, pois as avaliações da banca costumam ser extensas e densas.
"As alternativas são longas e, muitas vezes, todas parecem corretas, mas apenas uma está alinhada com a literalidade da lei ou com a jurisprudência dominante", destaca.
Para o concurso TJ RJ, ela aconselha:
- Estudo orientado por questões da FGV dos últimos 3 anos, priorizando provas da área jurídica.
- Revisão sistemática dos principais temas do edital, com ênfase nos assuntos com maior incidência histórica.
- Leitura da jurisprudência dos tribunais superiores, especialmente temas pacificados pelo STF e STJ que envolvem Direito Público.
- Uso de materiais objetivos, atualizados e focados no estilo da FGV — PDF enxuto, videoaulas com resolução de questões e flashcards para revisão ativa são boas ferramentas.
- Por fim, cuidar da resistência mental e leitura crítica: o candidato precisa estar preparado para lidar com enunciados longos, textos complexos e alternativas muito semelhantes entre si.

Concurso TJ RJ poderá ser organizado pela FGV
(Foto: Divulgação)
Editais do TJ RJ serão publicados até dezembro
Conforme o cronograma interno do TJ RJ, a previsão é de que ambos os editais sejam divulgados ainda neste segundo semestre do ano, ou seja, até dezembro.
Em abril, o Conselho da Magistratura aprovou a resolução que confirmou que a seleção será para cadastro de reserva. Ou seja, os editais não trarão vagas imediatas, porém formarão um banco de aprovados para convocação durante sua validade.
O concurso contemplará os cargos de técnico e analista judiciário, com e sem especialidade.
A função de técnico exige ensino médio completo e possui salário inicial de R$5.685,54. O valor é composta pelo vencimento básico, a Gratificação de Atividades Judiciárias (GAJ) e o Adicional de Padrão Judiciário (APJ).
Já os analistas judiciários têm a exigência do nível superior, com ganhos iniciais de R$9.363,84, também incluindo o vencimento básico, a GAJ e o APJ.
Para os analistas da especialidade de Execução de Mandados, há ainda o acréscimo de uma verba mensal indenizatória de R$3.242,58, referente à gratificação de locomoção.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro oferece auxílio-transporte e benefícios como auxílio-alimentação e adicional de qualificação, sendo este último não cumulativo, conforme o nível de especialização do servidor:
- 7,5% (em caso de graduação);
- 10% (especialização);
- 12,5% (mestrado); ou
- 15% (doutorado).
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Confira a lista de cargos confirmados
Nível médio
- técnico de atividade judiciária, sem especialidade.
Nível superior
- analista judiciário, sem especialidade, do grupo nível superior;
- analista judiciário especialidade contador, do grupo Gestão;
- analista judiciário especialidade Execução de Mandados, do grupo Judicial;
- analista judiciário especialidade psicólogo, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade assistente social, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso, do grupo Judicial;
- analista judiciário especialidade médico, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade médico psiquiatra, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade analista de negócios, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de infraestrutura de TIC, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de sistemas, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de projetos, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de gestão de TIC, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de inteligência artificial, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de segurança da informação, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade cientista de dados, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade arquitetos de dados, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade engenheiro de dados, do grupo Tecnologia da Informação; e
- analista judiciário especialidade analista de dados sênior, do grupo Tecnologia da Informação.
Veja como foram as provas do último concurso TJ RJ
O último concurso do TJ RJ foi divulgado em 2020 e republicado em 2021. Sob a organização do Cebraspe, a seleção ofertou 132 vagas imediatas para técnicos e analistas judiciários, carreiras de níveis médio e superior, respectivamente.
O concurso TJ RJ avaliou todos os candidatos por provas objetivas. Os candidatos a analista judiciário ainda foram submetidos às avaliações discursivas.
Na parte objetiva, foram cobradas 60 questões, sendo 20 de Conhecimentos Gerais e 40 Específicos.
Veja quais disciplinas foram exigidas por cargo:
Prova objetiva de técnico judiciário - 60 questões
Conhecimentos Gerais - 20 questões:
- Língua Portuguesa;
- Ética no Serviço Público;
- Noções dos Direitos das Pessoas com Deficiência;
- Legislação Especial.
Conhecimentos Específicos - 40 questões:
- Noções de Direito Administrativo;
- Noções de Direito Constitucional;
- Noções de Direito Processual Civil;
- Noções de Direito Processual Penal;
- Legislação.
Prova objetiva de analista judiciário - 60 questões
Conhecimentos Gerais - 20 questões:
- Língua Portuguesa;
- Ética no Serviço Público;
- Noções dos Direitos das Pessoas com Deficiência;
- Legislação Especial.
Conhecimentos Específicos - 40 questões:
- Variáveis de acordo com a área.
