Concurso PM-PE: governador convoca 500 aprovados para soldados

O governo de Pernambuco confirmou a convocação dos 500 aprovados no concurso para soldados da Polícia Militar (PM-PE), realizado em 2018. O anúncio foi feito pelo governador Paulo Câmara na quinta-feira, 5, após a reunião mensal sobre o Pacto Pela Vida.

Os convocados serão submetidos ao curso de formação de habilitação de Praças (CFHP), última etapa do concurso PM-PE. As aulas terão início no dia 1º de julho e duração total de seis meses. A previsão é de que novos policiais militares estejam nas ruas no início de 2020.

“Aproveitamos a reunião de hoje para anunciar a convocação de 500 militares. A expectativa é de, no início de janeiro, estarmos com novos policiais militares, que vão reforçar unidades do Estado de Pernambuco”, afirmou o governador Paulo Câmara.

Durante o curso de formação, os candidatos receberão bolsa-auxílio R$1.100. Após a conclusão e aprovação, os selecionados terão remuneração inicial de R$2.819,88.

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Para ingressar na carreira foi preciso ter o ensino médio completo, 18 anos na data de ingresso; idade máxima de 28 anos na data de inscrição no concurso; habilitação para a condução de veículos automotores; e altura mínima de 1,65m para homens e de 1,60m para mulheres.

O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, disse que o governo avaliará as áreas com maior necessidade para receber os novos agentes.

“É um anúncio muito importante para a melhoria da qualidade e para o aumento do efetivo da Polícia Militar. Ainda não está definido para onde vão os novos soldados, mas nós observaremos, nos próximos seis meses, onde as áreas mais conflituosas estão e onde o reforço deve chegar com mais rapidez”, explicou Pádua.

PM-PE tem déficit superior a 9 mil soldados

Também presente na reunião, o comandante geral da PM, Ivanildo Maranhão, identificou que atualmente o estado tem 18.900 policiais na ativa. De acordo com ele, o ideal seriam 26 mil. Cerca de 400 soldados se aposentam por ano em Pernambuco.

Dessa maneira, os 500 novos serão apenas para "reposição" e não para reforço no efetivo. Sobre a possibilidade de um novo concurso para Polícia Militar, o governador descartou no momento. Isso porque o Estado está sob o limite prudencial de gastos.

“Não tem nada [concurso] programado, até porque estamos acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós já fizemos o que precisava ser feito nos últimos dois anos. Então, o movimento agora é mais cirúrgico, é mais em cima dos pontos que precisam ser colocados. Essa área de segurança precisava desse reforço de mais 500 policiais”, destacou Câmara.

Segundo dados do portal G1, o limite prudencial é de 46,55% da receita corrente líquida para gastos com servidores. Acima desse limite, o Estado pode sofrer sanções. Assim, Saúde e Segurança foram colocados como prioridade em possíveis contratações.

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