Concurso Polícia Penal AC: comissão é formada para realizar seleção

Após contratar a banca que ficará à frente do novo concurso Polícia Penal AC, governo forma a comissão que deverá coordenar a seleção.

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Publicado em:18/01/2023 às 10:15
Atualizado em:18/01/2023 às 10:15

Foi publicada nesta quarta-feira, 18, no Diário Oficial do Acre, o decreto que forma a comissão que ficará responsável pela coordenação do concurso Polícia Penal AC. O documento é assinado pelo governador Gladson Cameli.

Conforme o decreto, caberá à equipe coordenar a realização do concurso público para o provimento de vagas, nos níveis médio e superior, do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen AC).

Além disso, a comissão deverá fornecer todas as informações necessárias, tais como número de vagas, descrição dos cargos, com indicação da lotação, remuneração, requisitos, e, ainda, a legislação atinente ao concurso.

Como o organizador já foi contratado, sendo ele o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), cabe à equipe informar as datas relativas às atividades constantes no contrato, cumprindo assim o respectivo cronograma assinado com o governo.

Com as equipes designadas, após os ajustes previstos, o edital do concurso será publicado. A oferta de vagas ainda não foi confirmada, mas segundo o governador Gladson Cameli, estão previstas 260 oportunidades para a seleção.

"Vamos lançar o edital de concurso para a polícia penal, com 260 vagas, medida que também contribuirá para que possamos melhorar a estrutura penitenciária do estado", explicou.

Em 2007, quando ocorreu o último concurso para o cargo do Iapen AC, era necessário ter o nível médio completo.

Concurso Polícia Penal AC tem 260 vagas previstas (Foto: Agência Acre)
Concurso Polícia Penal AC tem 260 vagas previstas
(Foto: Agência Acre)

Resumo sobre a seleção

  • Órgão: Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen AC)
  • Cargos: policial penal
  • Vagas: 260
  • Requisitos: níveis médio e superior
  • Remuneração: a definir
  • Banca: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC)
  • Edital: previsto para 2023

MP cobra novo concurso Polícia Penal AC

Em 2021, o Sindicato dos Policiais Penais do Acre (Sindapem) cobrou o concurso para a carreira. No entanto, o governo mantinha a posição de que a seleção só seria possível este ano.

Isso porque, segundo o estado, a Lei Complementar 173/20 restringiu a realização de seleções, para a criação de novos cargos, até 31 de dezembro de 2021, o que inviabilizou a abertura da seleção no ano passado.

Considerando a mesma lei, em 2020, o Ministério Público do Acre (MP AC) ingressou com uma Ação Civil Pública (ACP) para a realização do concurso com, pelo menos, 454 vagas em 2022 – oferta que não está prevista no próximo edital.

A ACP foi uma iniciativa do promotor de Justiça Tales Fonseca Tranin, considerando um documento apresentado pelo Iapen AC, que atestou quantidade insuficiente de profissionais nos presídios locais.

Na ocasião, o promotor ressaltou que, diante do déficit de efetivo, os policiais penais realizam apenas os serviços de custódia de presos, não conseguindo desempenhar as demais atividades inerentes à gestão de um sistema prisional, tais como:

  • escoltas judiciais;
  • recambiamento;
  • serviços de inteligência;
  • circuito de monitoramento de câmeras; entre outros.

Concurso Polícia Penal AC é esperado desde 2019

Em dezembro de 2019, a Assembleia Legislativa do Acre aprovou, por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que criou a Polícia Penal no estado.

Desde então, um novo concurso Polícia Penal AC é esperado, já que a última seleção foi realizada há mais de dez anos, em 2007.

Quando a PEC foi aprovada, o então presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre, Beto Calixto, disse que a reformulação do cargo traria uma série de benefícios à categoria. 

"A PEC é a medida que vai acender ainda mais todo o trabalho dos agentes junto ao sistema de Segurança Pública", disse Calixto.

Com a transformação em carreira policial, os agentes penitenciários são equiparados aos membros das demais polícias brasileiras, mas com atribuições específicas, que são reguladas em lei.