Concurso Polícia Penal SP: PEC que regulamenta carreira chega à Alesp
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 04/2021, que regulamenta a Polícia Penal de São Paulo, está em tramitação na Assembleia Legislativa.
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Publicado em:18/03/2021 às 16:00
Atualizado em:18/03/2021 às 16:00
A regulamentação da Polícia Penal de São Paulo está prevista na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 04/2021, que está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp). Ao todo, 36 deputados assinam o texto.
De acordo com a proposta, o quadro de servidores da Polícia Penal será preenchido por meio de concurso público. Além da transformação dos atuais agentes penitenciários e agentes de escolta e vigilância penitenciária em policiais penais.
A atribuição da Polícia Penal será garantir a segurança dos estabelecimentos penais, a custódia, o transporte e a escolta de presos. No momento, a PEC está em análise na Comissão de Constituição e Justiça.
“Esta inovação, até pelo maciço número de votos que a aprovou no Congresso Nacional, traduz a importância de se conferir a estas carreiras a proteção e o peso de uma instituição policial”, consta na justificativa da PEC.
Em dezembro de 2019, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional 104 que instituiu a Polícia Penal como órgão responsável pela segurança dos estabelecimentos prisionais dos estados.
Conforme o texto, os agentes penitenciários serão transformados em policiais penais e a regulamentação do cargo depende de cada estado.
A PEC estadual será a primeira etapa para a regulamentação da nova instituição, que precisará ainda ser estruturada em lei orgânica. Em alguns estados brasileiros, a Polícia Penal está em processo de regulamentação e tem concursos previstos.
Como por exemplo, em Minas Gerais, Alagoas, Ceará e no Acre.
Criação da Polícia Penal SP e o impacto nos concursos
Com a transformação dos agentes penitenciários em policiais penais, eles serão equiparados aos integrantes das demais polícias brasileiras. Entretanto, com atribuições específicas, que serão reguladas em lei.
Transformação dos cargos de agente penitenciário em policial penal;
Equiparação dos agentes penitenciários aos policiais (poder de investigação, salários e benefícios, por exemplo);
Segurança dos estabelecimentos penais e escolta de presos (liberando a PC e PM dessas atividades).
O último concurso para agente penitenciário, em São Paulo, ocorreu em 2017. A oferta foi de 1.034 vagas, sendo 934 para homens e 100 para mulheres. Para se inscrever foi necessário ter o ensino médio completo.
Os candidatos foram avaliados por prova objetiva, prova de condicionamento físico, avaliação psicológica, investigação social e comprovação de conduta. Na época em que o edital foi publicado, o salário inicial da carreira era de R$3.548,27.
Concurso Polícia Penal SP: comece já seus estudos
Com a regulamentação da Polícia Penal de São Paulo, novos concursos poderão ser abertos para preencher o quadro de pessoal da corporação. Por isso, a recomendação é iniciar os estudos para aumentar suas chances de aprovação.
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Parlamentares são favoráveis à PEC da Polícia Penal
No último dia 15 de março, o deputado Altair Moraes (Republicanos) se reuniu com representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários de São Paulo (Sindasp), Renato Araújo da Cruz e Luiz Fernando Piva Cruz.
Os representantes sindicais solicitaram apoio do parlamentar para regulamentação da Polícia Penal de São Paulo. Altair Moraes prestou seu apoio à categoria.
"Vamos trabalhar junto aos nossos pares na Assembleia Legislativa para que a PEC 4 seja aprovada e seja feita justiça a essa importante classe de servidores", concluiu o parlamentar.
Já o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) questionou sobre a demora em avaliar a PEC da Polícia Penal. "O Estado mais rico da federação, que tem o maior sistema prisional da América Latina, não dá sinal de regulamentar sua Polícia Penal. E nós sabemos por quê", afirmou.
Gianazzi completou: "A Constituição agora deixa claro que a segurança penitenciária é de prerrogativa exclusiva do Estado, com todos os seus quadros preenchidos por concurso público. E isso se choca com o projeto de privatizar os presídios".