O Sindifisco Nacional se manifestou sobre a divulgação do documento e fez duras críticas, comparando com seleções anteriores e a real necessidade do órgão.
Em um editorial publicado, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais tratou de novamente comentar sobre a baixa demanda de vagas, argumentando que houve um decréscimo de quase 40% em 10 anos e que o órgão atua com quase dois quintos a menos da sua força de trabalho.
O Sindifisco fez uma ressalva que essa situação é já levando em conta a quantidade expressiva de auditores contratados no último concurso, realizado em 2014.
"Foram, contudo, as vagas autorizadas por intermédio da Portaria ME/SEDGG nº 5.238/2022, logo a presente manifestação objetivará focar nas falhas grosseiras presentes nas partes do documento que estiveram sob a esfera de governança da instituição."
Vale destacar que o edital do concurso trouxe, na íntegra, a oferta contemplada na autorização. São 699 vagas, sendo 469 para analista tributário e 230 para auditor-fiscal.
Ademais, o Sindifisco ainda condena a equiparação dos editais para ambas as carreiras, dizendo que a própria Corte Constitucional já se manifestou pontuando que são duas carreiras distintas, e que não se confundem.
"A cúpula do órgão, assim, segue desobedecendo de forma flagrante o entendimento da instância máxima do Poder Judiciário nacional, motivando o repúdio desta entidade sindical."
Partindo dessa premissa de carreiras distintas, o sindicato informa que foi uma surpresa negativa um mesmo edital para as duas carreiras, já que durante mais de 20 anos isso aconteceu de maneira separada.
O Sindifisco Nacional ainda fez duras condenação ao formato de realização das provas e seus conteúdos. Segundo o órgão, os últimos dez concursos tiveram três provas, o que se considera pela categoria o número ideal, conforme o alto nível. Mas, nesse serão somente duas.
"Ao utilizar apenas duas provas, ocorre uma redução no número de questões disponíveis por disciplina, ocasionando a esdrúxula situação de termos, no atual concurso, matérias com apenas seis questões."
A categoria critica, ainda, que o edial trouxe um conteúdo programático com praticamente o mesmo conteúdo para as duas carreiras. A retirada de disciplinas também foi pontuada.
Ainda segundo a categoria, somente três matérias (Direito Tributário, Contabilidade Geral e Língua Portuguesa) estiveram presentes em todos os últimos concursos. E, mesmo assim, no atual edital toda tiveram sua relevância reduzida, se comparadas aos anteriores.
Na próxima segunda-feira, dia 12, serão abertas as inscrições para quem quiser participar do concurso da Receita Federal. Os cadastros deverão ser feitos pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), organizadora, bastando preencher o formulário com todos os dados para cadastro.
Em seguida, imprima o boleto bancário e quite a taxa de inscrição, que será de R$115 para o cargo de analista e R$210 para a carreira de auditor.
Concurso Receita: edital soma 699 vagas efetivas
Publicado na ultima segunda, 5, o tão aguardado edital do concurso Receita trouxa a oferta prevista de 699 vagas. As chances são para auditor-fiscal e analista-tributário, ambos de nível superior.
Do total, são 469 vagas de analista tributário e 230 para auditor-fiscal. As carreiras são destinadas a quem possui o nível superior em qualquer área, com ganhos de R$12.142,39 e R$21.487,09, respectivamente. O regime de contratação é o estatutário, com estabilidade.
Todas as oportunidades são efetivas e para contratação imediata. O prazo de validade do concurso será de 24 meses, ou seja, dois anos, que serão contados a partir da data da publicação da homologação do resultado final do concurso no Diário Oficial da União, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.