Aprovados no último concurso TJ RJ realizaram uma manifestação na terça-feira, 12, em busca da prorrogação do prazo de validade da seleção. Eles se reuniram em frente à sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e depois foram até a Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).
De acordo com Hellen Karine, aprovada no cadastro de reserva para o cargo de analista de execução de mandados da Capital, que esteve presente na manifestação, o apoio da Alerj foi unânime.
“Todos manifestaram apoio, tanto nos gabinetes, quando receberam a comissão, quanto na sessão plenária”, disse Hellen.
Os candidatos foram informados que o presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar, se reunirá nesta quarta-feira, 13, às 17h, com o presidente do TJ RJ, desembargador Ricardo Cardozo, para tratar sobre o assunto.
Alguns parlamentares já manifestaram publicamente que são a favor da prorrogação do concurso.
“Nós conversamos com o presidente Rodrigo Bacellar que, prontamente, solicitou uma reunião com o presidente do TJ, que irá acontecer na quarta-feira, às 17h”, afirmou o deputado Vitor Junior Bissonho, em sessão plenária de terça, 12.
Ele também solicitou, formalmente, que o TJ do Rio renove, por dois anos, o concurso. "Acredito que é mais econômico e eficiente do que fazer outro concurso para preencher o quadro de pessoal", pontuou o deputado.
Candidatos fazem ato em prol da prorrogação do último concurso TJ RJ
(Foto: Arquivo Pessoal/Hellen Karine)
A validade do concurso TJ RJ termina no dia 31 de março, podendo ser postergada por mais dois anos. Porém, segundo decisão do presidente, o concurso de 2020/2021 para técnico e analista judiciários não será prorrogado.
O presidente ainda afirmou que, caso haja número expressivo de vacâncias nos próximos meses, poderá determinar a abertura de novo concurso.
Ao mesmo tempo, cerca de mil aprovados, no cadastro de reserva do último concurso TJ RJ, aguardam nomeações.
Desde que a posição do presidente do TJ RJ de não prorrogar o concurso foi divulgada, diversos candidatos protestam que essa decisão seja revista.
Ana Carolina Queiroz, aprovada em primeiro lugar na lista de cotas raciais e em sexto lugar na classificação geral do cargo de assistente social do 8 NUR (Angra dos Reis), esteve na manifestação de terça, 12, e contou os detalhes à Folha Dirigida por Qconcursos.
“Tivemos um dia de muita luta, no qual fizemos um ato na porta do tribunal, contudo, não fomos recebidos por nenhum representante do TJ RJ. Em seguida, ocupamos a galeria da Alerj e recebemos apoio de vários deputados, tendo como consequência o agendamento de uma reunião no dia de hoje (13), entre o presidente da Alerj e o presidente do Tribunal”, disse.
Ela completou: "Nossa esperança hoje consiste num retorno positivo dessa reunião, vislumbrando a prorrogação e uma convocação expressiva para os cargos de assistentes sociais e psicólogos. Não adianta prorrogar e não convocar. A luta é pela prorrogação e convocação".
Flávia Mattos, aprovada no concurso para o cargo de analista Assistente Social, concordou com essa posição.
"Acrescentamos ainda que, o fato de não haver um cadastro de reserva à disposição do Tribunal, inviabiliza a recomposição do quadro atual de servidores, que já se encontra com equipes reduzidas. Muitos estão adoecidos pela sobrecarga de trabalho, além dos que já estão em condição de aposentadoria. Os próprios documentos da Corregedoria e das Equipes Técnicas sinalizam esse déficit", argumentou.
A reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos já entrou em contato com o Tribunal de Justiça para verificar os motivos que levaram a não prorrogar o concurso. Porém, uma resposta oficial ainda não foi enviada.
Por outro lado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já autorizou um novo concurso TJ RJ, para o ingresso de analista Judiciário, com foco em Tecnologia da Informação (TI).
Os trâmites para realização do concurso já estão em andamento, mas ainda não chegaram na etapa de escolha da banca organizadora.
Apesar disso, o Instituto Selecon e o Idecan se anteciparam e enviaram convite formal ao tribunal para participar do processo de escolha da banca.
O envio foi para formalizar o interesse em participar do processo, a fim de serem consultados no futuro, quando for o momento de apresentar propostas.
Uma instituição será contratada para receber as inscrições do concurso, viabilizar e aplicar as etapas, como as provas objetivas.
O TJ do Rio de Janeiro também confirmou que a oferta do próximo concurso será para formação de cadastro de reserva. Ou seja, os aprovados formarão um banco que poderá ser utilizado pelo tribunal durante o prazo de validade da seleção.
Isso significa que o órgão poderá convocar os aprovados conforme a necessidade de novos servidores na área. Questionado sobre o prazo para a publicação do edital e realização das provas, o TJ disse que não há como estimar neste momento.
A autorização do concurso é para provimento nos cargos de analista judiciário nas seguintes especialidades:
O novo concurso recebeu aval em meio à proximidade do fim da validade do último edital da área de Apoio, aberto em 2020 e republicado em 2021 por conta da pandemia.
O analista do TJ RJ tem como requisito nível superior completo. Os ganhos mensais são de R$11.513,84, conforme consta no Portal da Transparência do tribunal.
Esse valor inclui R$3.121,28 de vencimento básico, R$3.121,28 de Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ), R$3.121,28 de Adicional de Padrão Judiciário (APJ), R$1.710 de auxílio-alimentação e R$440 de auxilio-locomoção (R$24 por dia útil, considerando 22 dias úteis).
Os valores já consideram os reajustes salariais de 2024 e a atualização de valores dos benefícios de 2023.
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O edital do último concurso TJ RJ para servidores foi publicado inicialmente em 2020. Entretanto, a seleção ficou suspensa por mais de um ano devido à pandemia de Covid-19.
A princípio, foram disponibilizadas 160 vagas, porém, o tribunal precisou readequar a oferta para 132 oportunidades mediante as necessidades do momento pandêmico. O edital foi republicado em 2021.
As 132 vagas imediatas foram para técnicos e analistas judiciários, carreiras dos níveis médio e superior. A banca organizadora foi o Cebraspe.
As oportunidades foram distribuídas entre as 11 regiões administrativas judiciárias do estado, como Rio de Janeiro, Niterói, Petrópolis, Duque de Caxias, Volta Redonda, Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Cabo Frio, Teresópolis, Angra dos Reis e Itaperuna.
Os candidatos aos cargos de analista judiciário foram avaliados por meio de provas objetivas (60 questões) e discursivas. A estrutura foi a seguinte:
Prova objetiva de analista judiciário - 60 questões:
Conhecimentos Gerais - 20 questões
Conhecimentos Específicos - 40 questões
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